capítulo 17

Joguei a vadia com violência no chão e abriu bem minhas mãos e comecei a dar vários tapas bem ardidos em seu rosto.

— Socorro, alguém me ajuda, essa mulher ficou louca! — gritava ela desesperada enquanto tentava se defender.

Neste momento escuto o barulho de portas abrindo, tanto a porta que estava atrás de mim quanto a que estava em frente se abriram de forma simultânea. Quando menos espero a sala fica cheia de seguranças, que me tiram de cima da secretária.

Um homem surge na sala, em poucos segundos a secretária corre atrás dele como se fosse um cachorro voltando para casa com o rabo entre as pernas.

— Alguém pode explicar o que está acontecendo aqui? — falou ele sério.

— Senhor Taylor, essa louca apareceu aqui junto com a Sílvia e ela me espancou por nada!

" Mas que mentirosa!"

— Eliana, quantos anos você tem? Não estamos no primário! — falou ele sério enquanto olhava para ela.

— Me desculpe senhor — falou ela de cabeça baixa.

— Quanto você Silvia, esperava profissionalismo. Por isso mantive seu emprego, mas agora vejo que com a idade você ao invés de ficar mais experiente age como se fosse uma adolescente. Se não consegue entender o que disse vou resumir em poucas palavras… Está remetida.

— Por favor, senhor, não faça isso! Eu não sei como vou conseguir sobreviver sem esse emprego — suplicou ela.

O homem mantém seu olhar gélido, demonstrando que não mudaria de ideia. Silva então baixa a cabeça e tenta controlar as lágrimas.

— Quanto a você… — fala ele olhando para mim — Tirem ela daqui. Preciso trabalhar, tudo resolvido agora preciso de silêncio então saiam da minha frente. Agora!!!

Os seguranças começam me arrastar para fora da sala, porém eu os surpreendo me livrando deles e corri em direção ao homem.

— Espere um momento você não pode se livrar de mim! — falei olhando em direção aos olhos castanhos dele.

— Você é a invasora aqui, acha mesmo que tem o direito de reclamar de algo? — respondeu ele olhando dentro dos meus olhos.

— Não sou a invasora aqui, e sim você!

— Isso é a coisa mais idiota que já ouvi. Agora sai, você é uma perda de tempo e dinheiro.

Ele se vira de costas me ignorando. Foi neste momento que resolvi revelar quem era e reivindicar meu direito.

— Sou filha de Lara e Ramon Winter. Sendo assim é melhor arranjar tempo para falar comigo, agora! — falei firme.

— Isso é impossível…

— Já ouvi isso várias vezes desde que coloquei meus pés aqui, então por favor poderia mudar o disco? Eu tenho um documento que prova isso!

Levo minhas mãos até o bolso da minha calça, pego carta de meu pai e exibo para ele.

— Isso é falsificado… Acha mesmo que vou cair nesse golpe?! — fala ele tentando pegar a carta.

— Nada disso Edward, esse nome lhe parece familiar?!

— Esse é o advogado da minha empresa — fala com os olhos arregalados.

— Melhor dizendo, advogado da minha empresa!

— Saiam todos daqui agora! Preciso… Falar com a senhorita…

— Aura — estreito meus olhos e cruzo meus braços.

Todos saem da sala, deixando apenas a mim e Luciano Taylor completamente sozinhos.

" Ok Aura, você chamou atenção dele. Agora tome cuidado, não sabemos com quem estamos enfrentando."

— Pensei que Ramon e Lara, nunca pudessem ter um filho… Há não ser que eles contrataram uma barriga de aluguel — lançou um olhar malicioso que me deu um certo frio na espinha.

— Nada disso, sou filha legítima deles. Como? isso não importa! O que importa aqui é que vim atrás do que é meu, há mansão, a empresa e o comando da alcateia por favor.

— Claro… A mansão e tudo que está na conta, incluindo os ganhos da empresa. Mas, gostaria de lhe dar um conselho… sobre a empresa da família Winter.

— Fale!

— Não acha melhor deixar, que alguém com experiência assuma o cargo de ceo. Quer dizer… Olhe para você, é muito jovem para assumir tal responsabilidade.

— Nada disso, se meu pai confiou a mim essa responsabilidade sou eu que irei ser a CEO da empresa.

— Isso é um absurdo! Colocar o destino de todo o dinheiro nas mãos de uma criança?

— Vai me questionar? Sou a dona por direito — lancei um olhar firme em sua direção.

— Está bem… — falou ele recuando.

— Quanto a alcatéia? Quero conhecer todos os lobos e assumir o posto de alfa.

— Querer e poder são coisas completamente diferentes.

— O que quer dizer? Vai me negar o meu direito de alfa?

— Venha comigo e vai entender — fala ele caminhando até sua sala.

Caminho lentamente e ao mesmo tempo atenta a qualquer coisa. Assim que entramos na sala, vejo logo quatro quadros pendurados atrás da mesa dele.

— Vê, esses são os antigos alfas da lua nova, olhe para eles e me diga o que eles têm em comum?

Olho atentamente para os quadros e noto que todos eles carregavam o símbolo da minha família. Mas o que isso tem haver com o fato de não poder assumir alcateia?

— Todos são meus parentes?

— Não, eles são machos. Nunca uma loba fêmea se tornou alfa no clã lua nova. O motivo disso? Aconteceu agora a pouco, vocês simplesmente brigam por qualquer coisa, são frágeis, falsas, traiçoeiras. Como os lobos da alcateia podem seguir um alfa assim?

— Está dizendo… que não posso ser uma alfa, simplesmente por ser fêmea?! — trinquei os dentes e lancei um olhar mortal para ele.

— Esqueci a parte que vocês não entendem o óbvio — fala ele zombando.

— Está errado! Vou me tornar a alfa da lua nova queira ou não!

— Você pode se tornar a alfa claro, mas primeiro precisa derrotar o alfa em exercício… no caso eu. Uma tarefa impossível, visto que tem suas limitações físicas.

— É o que nós veremos!

Taylor simplesmente me ignora, e caminha em direção a saída da sala.

— Eu e a alcatéia vamos te esperar para o desafio hoje a noite na cachoeira. Isso se tiver coragem de aparecer — abre um sorriso malicioso.

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