capítulo 12

Amanheceu, o dia estava ensolarado, porém um silêncio ensurdecedor tomava conta da casa dos meus pais. Desde que entreguei o corpo da minha mãe para meu pai adotivo, ele simplesmente não falou mais comigo e para me evitar fica trancado em seu quarto.

As horas do dia avançam, e não demora muito para casa encher de pessoas, amigos e familiares que vieram dar o último adeus a Patrícia Oliver, boa amiga, ótima esposa e excelente mãe.

Finalmente o caixão chega, mas fica por poucas hora, logo vamos diretamente ao cemitério. Durante o enterro, as pessoas olham para mim e para meu pai com certa estranheza. Eles simplesmente não entendiam o porque, justamente nessa hora difícil estavamos divididos.

Enfim de volta em casa, todos vão embora deixando apenas a mim e meu pai adotivo.

Estava preparando o jantar, quendo ele aparece na cozinha. Me virei e vi que ele segurava uma estaca de prata em uma das mãos.

— O que está fazendo papai? — perguntei assutada.

Ele nada respondeu, apenas ergueu a estaca e mirou em meu coração. Minha respiração ficou ofegante e meu coração disparou, estava com bastante medo com que ele faria. Porém, inesperadamente jogou os objetos o mais longe possível e caiu em lágrimas.

— Eu não consigo fazer isso... — falou ele soluçando muito.

— Papai... — falei enquanto olhava para ele apreensiva.

— Me desculpe Aura, não sei o que deu na minha cabeça... Eu simplesmente joguei toda a culpa da morte dela em suas costas, mas eu sei que você fez o possível. Além do mais sabíamos dos riscos de ter adotado um lobisomem como filha... Só queria que ela estivesse aqui... — fala ele enquanto chorava.

Vejo as pernas dele bambas não suportarem o peso de seu corpo, ao poucos ele vai caindo ao chão, chorando e soluçando muito. Simplesmente não me contenho e vou abraça-lo. Enquanto estamos ali, ele acaricia mês cabelos negros e me pede desculpas sem parar.

A noite avançou e ele acabou caindo no sono. Levei para cama e o cobri com uma coberta, caminhei em direção a porta, mas antes de sair olhei para trás e olhei com tristeza o lugar vazio ao lado dele. Após isso fechei a porta e segui para meu quarto.

Chegando lá fechei a porta do meu quarto e olhei diretamente para lua, naquele momento me lembrei da última conversa que minha mãe e eu tivemos antes dela morrer.

" Eu devo enfrentar meu passado, seja lá o que ele me reserve... Por ela..."

Fui para cama e me deitei para dormir.

No dia seguinte acordei, tomei banho e fiz o café da manhã, em seguida fui para meu trabalho. Assim que cheguei, adona Ju, me olhou espantada.

— Meu Deus Aura, o que está fazendo aqui? Não deveria estar guardado luto pela sua mãe? — perguntou ela.

— Está enganada dona Ju, estando aqui estou honrando muito mais a memória dela do que estando em casa. Preciso fazer uma coisa...

— O que exatamente? — perguntou curiosa.

— Aquele advogado veio ontem aqui?

— Sim, mas contei a sua situação para ele. Então me deixou esse cartão e pediu para te entregar e ligar assim que possível — fala ela enquanto tira o cartão de visitas do bolso e me entrega.

— Obrigada... — abriu um sorriso discreto de gratidão.

Sai da loja, tirei meu telefone da bolsa e liguei para o número que estava no cartão.

— Alô quem fala? — perguntou o advogado no outro lado da linha.

— Bom dia, sou a moça que está procurando. Onde podemos nos encontrar?

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Comments

Maria Sobrinho Lima

Maria Sobrinho Lima

Nossa ela está sofrendo, mas a história é ótima estou adorando /Drool/

2025-02-08

0

sandra helena barbosa

sandra helena barbosa

Estou adorando essa história 🌹🌹🌹🌹😍😍😍😍

2024-12-27

0

Rosaria TagoYokota

Rosaria TagoYokota

amando a historia

2025-03-24

0

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Atualizado até capítulo 75

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