Amanheceu, e ali estava eu… arrumando todas as minhas coisas, ansiosa para minha nova fase de vida. Assim que terminei olhei para o quarto vazio, neste momento senti um certo aperto no peito. Estava muito triste de sair de casa, afinal passei dois anos incríveis aqui.
Porém, sabia que estava mais do que na hora dessa lobinha sair de seu covil e viver sua própria vida. Foi com essa certeza, que me despedi do meu pai adotivo, pedi um motorista por aplicativo e segui para a mansão que foi um dia dos meus pais de sangue.
Após alguns minutos de viagem, finalmente cheguei à enorme propriedade. Assim que meus olhos avistaram os enormes portões do local, foi inevitável as lembranças daquela noite fatídica em que descobri a verdade.
"Naquele dia achei que tinha descoberto a verdade… Porém, aquilo era apenas a ponta do iceberg. É incrível como as pessoas são uma caixinha de surpresa, quando pensamos que sabemos o suficiente da nossa vida é aí que estamos completamente enganados"
O carro para e somos recebidos por um dos seguranças da mansão. Sai do carro, com a carta de meu pai em mão e fui até o segurança.
— Senhorita, essa é uma propriedade privada o que está fazendo aqui? — falou ele bastante sério.
— Eu sei disso, mas essa propriedade é minha me deixe passar.
— Você só pode ter bebido… Está no endereço errado! Vá embora antes que chame a polícia — fala em tom de ameaça.
— Meu nome é Aura Winter, sou filha de Lara e Ramon Winter, o alfa do clã da lua nova. Me diga, como uma mulher qualquer embriagada poderia saber de tudo isso?! Me deixe passar — falei firme.
— Isso é impossível, Lara e Ramon não tiveram filhos! — arregalou os olhos de tão surpreso que estava.
— Se não acredita, tenho esse documento escrito com sua própria letra afirmando isso. Deixe-me passar! — falei firme me impondo diante dele.
— Está… está bem Senhora Winter… — fala ele gaguejando de tão nervoso que estava.
Voltei para o carro ao mesmo tempo que o segurança autorizou minha entrada. Os portões então são abertos e o motorista pode passar sem problemas.
Após mais alguns segundos estava finalmente na entrada, o carro para então sai. Assim que coloquei meus pés para fora vi o jardineiro da mansão e uma mulher bem vestida na entrada, me olhando com certa estranheza. Eles se entreolharam sem entender o que estava acontecendo.
A mulher então vem até mim, caminhando rapidamente mas ainda sim andava de forma elegante com os saltos altos que estava usando.
— Me chamo Silvia, sou a governanta da mansão Winter. Quem permitiu sua entrada? — perguntou ela visivelmente preocupada.
— O segurança do portão…
— Você tem hora marcada com Sr. Luciano?
— Não, mas tenho um assunto urgente para tratar com ele.
— Lamento, mas vou pedir que se retire. Ele não recebe ninguém sem hora marcada. Peço que ligue para a secretária dele e marque uma data, então será recebida.
— Ele vai ter que me receber!
— Eu queria poder fazer alguma coisa, mas não posso. Por favor, estou te pedindo que se retire — fala ela educadamente.
— Aura Winter é meu nome, sou filha e herdeira legítima de Ramon Winter. Seu chefe precisa me receber! — falei firme.
— Uma filha do alfa?! Não acredito que Ramon foi capaz de trair Lara — ela leva uma das mãos à boca.
— Ele não fez isso, sou filha tanto de Ramon quanto de Lara.
— É impossível, Lara não podia gerar filhos!
— Eu poderia explicar isso para você, mas neste momento preciso cuidar de um assunto urgente. Vai me ajudar sim ou não?
— Claro! Venha rápido, antes que ele saia para a reunião com os sócios.
Silvia me guia pela enorme mansão, ela me leva até um corredor com apenas uma porta no fim. Ela abre a porta bruscamente, assustando a secretária que estava organizando alguns papéis sobre sua mesa.
— O que significa Silvia?! Está ficando louca entrando assim? — gritou a secretária irritada.
— Essa moça precisa falar com ele urgente — falou Silvia me apresentando.
— Ela tem horário marcado?
— Não…
— Então já sabe a resposta, pode chamar os seguranças e pedirem para conduzir… a moça para fora — fala ela me olhando com desprezo.
— Você não entende… — Tenta argumentar Silvia.
— Para de me encher sua velha! Seu emprego já está por um fio, assim como aquele jardineiro imprestável e preguiçoso! — grita ela com a Sílvia.
Ao ver a atitude arrogante da secretária, entrei no meio para interferir.
— Não vale assim com ela!
— E quem é você queridinha para me dizer o que devo ou não fazer?! — respondeu a secretária.
— Se fosse você tomaria cuidado com as palavras! — respondi trincando os dentes.
— Olha ela… Acha mesmo que vou sentir medo de você, vê se te enxerga! Pelas suas roupas, não passa de uma morta de fome! Vou te dar duas opções, ou você sai daqui com suas duas perninha de vareta ou sairá arrastada daqui pelos cabelos!
— O que você disse?!
Neste momento meu sangue ferveu, e não pensei. Levei minhas mãos até os cabelos ruivos da mulher e puxei com toda minha força. A secretária grita de for e se debate na tentativa de se soltar das minhas mãos, enquanto isso Silvia corre até o telefone e liga para alguém.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Fátima Ramos
Levou o que mereceu, mulher arrogante e má, tratar as pessoas com desprezo
2024-12-10
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Rosaria TagoYokota
kkk adorei issso ser pega pelos cabelos kkk
2025-03-24
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sandra helena barbosa
Pediu por isso 🤣🤣🤣🤣
2024-12-27
0