Capítulo 15

"Algumas semanas haviam passado e desde a vez que Ruan andou na casa de Madalena, ele não voltou mais lá. Ela encarava a porta, esperando que Ruan passasse por ela, para que ela pulasse no seu pescoço e o enforcasse até a morte, mas infelizmente Ruan não apareceu.

Madalena lembrou-se que teria que ir trabalhar, aquele era um dos dias que tinha que estar no restaurante servindo, porque haveria uma festa de aniversário da filha do prefeito, e era muito importante.

Mas não poderia sair, já que tinha dois cães de guarda do lado de fora. Madalena lembrou que dentro de suas coisas, tinha um calmante e na geladeira uma jarra de suco, e pôs em prática tudo que pensou em fazer.

Madalena imediatamente se arrumou, e quando estava pronta, abriu a porta e convidou os dois homens para tomar um suco. No começo eles negaram. Porém, Madalena com sua boa lábia, conseguiu convencê-los a tomar o suco, eles despejaram tudo na boca, e não demorou mais que dez minutos para caírem no chão.

Vendo que tudo estava ok! Madalena pegou a bolsa e saiu. Pegou um táxi que a deixou no local de trabalho. Ali havia mais de quinhentas pessoas espalhadas, e Madalena deu graças a Deus por não conhecer nenhuma delas.

Madalena estava junto à sua equipe, para começar a servir as pessoas que estavam ali, então ela pegou uma bandeja com alguns canapés e foi servindo. Um homem que estava distraído, pegou um canapé de sua bandeja, e só depois prestou atenção na pessoa à sua frente.

Madalena engoliu em seco quando viu Ruan na sua frente, e estava acompanhado por uma mulher ruiva, que sorria animadamente para ele, e Ruan não ficava atrás. Aquela mulher ficou um pouco atordoada, por ver Ruan encarando Madalena, e o puxou para continuar a andar. Madalena ficou parada no lugar, não acreditava no que viu, e nunca pensou que seu coração fosse ficar dilacerado e morrendo de ciúmes.

Ela continuou a servir alguns casais por ali, e coincidentemente passou perto da mesa que Ruan estava sentado com aquela mulher. Porém, Madalena não deu atenção, caminhou sem olhar para trás, até que encontrou seu novo amigo Liebert, que a cumprimentou e lhe deu um beijo na bochecha.

Ruan olhava tudo, e estava incomodado com tudo aquilo. Tanto, que seus olhos se encheram de raiva. Madalena havia percebido, e para provocar, começou a beijar Liebert, e não estava se importando se ela fosse expulsa de seu único trabalho.

Madalena percebeu que Ruan levantou-se de seu assento, e saiu para fora. Parece que a qualquer momento iria explodir. Ela continuou ali conversando com Liebert e por fim, foi continuar seu trabalho. Já no final do aniversário, todos já haviam ido embora, Madalena ainda ficou na cozinha organizando algumas coisas com a equipe.

— Amiga, vá descansar! Não se preocupe que eu faço seu trabalho.

— Obrigada Maria.

Madalena se despediu de sua colega de trabalho. Mas antes de ir pra casa, Madalena caminhou pelo corredor e entrou no toalete feminino, olhou-se no espelho e quando ia pegar um batom, mãos fortes a agarraram, e sua boca foi tapada por um beijo cheio de raiva.

— Porque me provoca dessa maneira?

— Não provoquei nada Ruan.

Ruan estava descontrolado, ele volta a beijar Madalena mas algumas vezes, e depois a olha.

— Esses beijos são pra poder tirar o gosto daquele merda de sua boca, e é pra você saber que é minha, de qualquer maneira. Mesmo eu não querendo e te falando isso, você é minha e de mais ninguém.

— Me solta Ruan, está me machucando.

— Desculpas, eu não queria fazer isso com você, mas não deu pra controlar.

Ruan solta Madalena, e passa as mãos nervosas por seus cabelos, ele sabia que teria que se acalmar. Ingeriu vários copos de bebidas e poderia cometer uma besteira facilmente, e não queria fazer isso, não com Madalena.

— E a propósito! Como fugiu de sua casa?

— Eu dei meu jeito, vou embora.

Madalena passa por Ruan, mas foi impedida de continuar.

— Madalena, venha comigo.

— Quantas vezes vou dizer que não?

— Eu não tou pedindo Madalena, eu estou dando ordens, eu estou afirmando que você virá comigo e acabou, não tou te dando direito de escolha, dessa vez não.

Ruan se aproxima de Madalena, deixa um beijo instalado em seu rosto, e quando ele abre a porta, um de seus seguranças entra, coloca um pano em seu nariz e ela desmaia.

Para Ruan, aquela era a única maneira de ter Madalena, e a levaria sem dar direito de escolhas a ela, a queria por perto. Ruan entrou no carro luxuoso, e seu segurança vinha logo atrás, e colocou Madalena no banco de trás onde Ruan estava sentado.

A viagem foi bem longa, e só depois de algumas horas que Madalena acordou, observou a sua volta e percebeu que não estava em sua casa, mas em um quarto branco e marrom, organizado a gosto masculino.

Madalena lembrou-se de ontem, e levantou para abrir a porta, mas estava trancada, e foi com mais raiva ainda. Uma voz masculina soou atrás de suas costas, e então ela pôde olhá-lo.

— O que fez?

— Eu? Nada meu anjo, trouxe você pra casa, disse tanto que não queria, e acabou vindo.

— Não porque eu quis, então não vim. Você me obrigou a vir, me trouxe a força.

— Sim. Trouxe você, é tão teimosa e cabeça dura que não quis vir por bem.

Madalena engoliu em seco, vendo Ruan apenas enrolado na toalha. Seu corpo bem desenhado estava à mostra, e ela subitamente, não pôde controlar a pressão que deu em sua intimidade. Apertou bastante a perna na outra, mas foi impossível, ainda mais vendo o modo na qual ele a olhava e a devorava com os olhos.

— Não tente disfarçar la mia vita, sei o quanto está excitada, faz bastante tempo que não te toco, que não te tenho em minhas rédeas.

Madalena estava parada no lugar, enquanto Ruan a rodeava falando suas vontades e desejos, o que gostaria de fazer com Madalena, e quanto mais ele provocava, Madalena se desmanchava só em pensar no prazer que ele poderia lhe proporcionar.

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