Capítulo 17

Augusto,

Estou a um fio de tocar os lábios de Nina, é como se conseguisse sentir o sabor da felicidade nesse momento, mas tudo acaba com um balde de água fria.

A voz irritante de Vitória me chamando nos rouba o momento que espero desde o dia em que coloquei os olhos em Geovanna.

Perco o fio da meada, e acompanho a insuportável sem falar nada com Nina que me olha com visível chateação, para piorar Vitória enrosca os braços dela com os meus.

Entro em casa e papai está reunido com seu João Arruda no escritório, vou em direção a porta mas sou interrompido por Vitória.

— Vovô está em uma reunião particular com seu Jorge, na verdade fui a sua procura pois não queria ficar só. — Mal creio nas palavras que saem da boca dessa garota insolente.

— Você não tem senso? — Pergunto tentando não perder a pouca educação que me resta.

— Não seja grosso Augusto, até porque a minha companhia pode ser muito mais interessante do que a daquela sua peoazinha sem sal— Ela fala e caminha até mim e alisa sua mão em meu peitoral.

Dou um passo para trás a fim de impedi-la, nesse momento a porta do escritório é aberta e seu João sai acompanhado de meu pai.

— Boa noite, seu João. Oi papai! — Cumprimento-os.

— Boa noite Augusto, vejo que você tem se entrosado bem minha neta, saiba que faço muito gosto— João Arruda fala e eu rio constrangido.

— Marília, sirva um café aos convidados, por favor! — Papai pede e eu me sento visto que ficarão por mais um tempo.

Dona Marília volta com a bandeja servindo a todos, me lança um olhar reprovador e se volta ao meu pai.

— Os convidados ficam para o jantar?

— Claro! — Vitória responde mais que depressa.

Marília nos deixa a sós e discorremos sobre as intenções de seu João em vender suas propriedades, inclusive as que fazem divisa com a fazenda Soledade.

A compra dessas terras é bastante interessante aos projetos da fazenda, mas algo me diz que tem um Interesse oculto neste anúncio.

— Senhores se me dão licença vou subir e me tomar um banho antes do jantar, a lida hoje foi extensa— Aviso e fujo para meu quarto mais rápido que consigo.

Tiro minha roupa e entro no box do banheiro, deixo a água cair no meu corpo, a imagem de Nina penetra em minha mente fazendo meu corpo enrijecer.

Saio do banho e visto uma cueca Boxer preta, entro no quarto secando o rosto na toalha e sinto meu corpo ferver com a visão que tenho.

Vitória está deitada em minha cama e vestida apenas de lingerie.

— Você tá louca? Coloque sua roupa e suma daqui! — falo jogando a toalha sobre ela e pegando as peças que estão no chão e entregando para ela.

— Não seja careta Augusto, podemos nos divertir bastante até o casamento— Ela sorri e vem e tenta se aproximar.

— Saia daqui Vitória! — Falo entre dentes.

Ela se veste e sai, minha paciência com essa garota já acabou faz muito tempo, se eu pudesse proibia a entrada dela nesta propriedade.

Visto um jeans com camiseta e desço juntando toda paciência possível para aguentar o jantar com educação. Cada segundo é uma tortura, a voz de Vitória me irrita.

Quando finalmente resolvem se despedir, respiro aliviado. Papai os acompanha até a porta e eu me sento aguardando.

— Papai, precisamos conversar! — me levanto assim que ele retorna.

— Claro meu filho, sobre o que? — meu pai pergunta em uma junção de mãos.

— Sobre Vitória! É impressão minha ou o senhor também está de acordo que eu tenha algo com ela? — Pergunto sem rodeios.

— Augusto, não seja ingênuo. Você sabe que ela tem uma queda por você e seu João está em maus lençóis, unir o útil ao agradável nos fará ter vantagens nas negociações. — Meu pai fala e eu fico pasmo.

— Fora de cogitação, eu não tenho nada a ver com ela. — Exclamo indignado.

— Não seja radical meu filho, você é solteiro, ela também. E há de convir que ela é uma formosura.

— Não, Jorge Barros! Eu não quero um relacionamento arranjado, em que século estamos?

Encerro a conversa dando as costas e subindo para o meu quarto, sem ao menos contar o episódio que precedeu o jantar.

— Augusto volte aqui, a conversa não terminou! — Ele me chama mas eu ignoro.

Deito-me na cama e fico olhando para o teto pensando na ideia estapafúrdia de meu pai. Meu telefone toca e para minha tranquilidade é minha mãe, atendo e no meu oi ela vê que há alguma coisa me incomodando, o sentido de mãe é impressionante.

Desabafo sobre tudo que está acontecendo e em como sente falta do colo dela, dos conselhos e da paz.

—Ah mãe, confesso que em alguns momentos me arrependo de ter voltado!

— Não fala assim meu filho, isso é importante para você, agora escuta o que eu disse e faz, na hora certa o que for seu chega até você, agora vai dormir e descansar, amanhã é um novo dia.

— Agradeço todos os dias por ter uma mãe tão sabia, obrigada por tudo.

— Eu sou sua mãe e sua melhor amiga, não precisa me agradecer.

— Te amo mãe!

— Também te amo meu filho.

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Comments

Rosely Catini

Rosely Catini

Será q o quarto dele n tem tranca não ?

2025-01-20

0

Denise

Denise

1° foi VANESSA na cama do AUGUSTO e agora foi a VITÓRIA. .Ainda bem que AUGUSTO falou com o pai, e pra piorar a situação, o pai dele quer um casamento pra unir forças.😡🤬

2024-09-28

1

Silvana Tomaz

Silvana Tomaz

mimada Nina,e mimado Guto!🤔🤭🤔🤭

2024-01-22

4

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