Capítulo 15

Augusto

Sei que fui um babaca e que continuo agindo como um, não sei que sentimento é esse que me faz perder o controle e a cabeça quando estou perto de Nina, e mandar a razão pro inferno quando a vejo com Felipe.

Meu objetivo indo até a casa de Dona Marília era pedir desculpas e resolver tudo isso, tinha muitas coisas em mente para dizer mas nada saiu conforme planejado, sou muito estúpido mesmo.

Entro no meu quarto batendo a porta e me jogo na cama, o que essa mulher tem que me deixa assim? E o que aquele peão é dela? Eu sinto vontade de socá-lo só de pensar nele.

Não saio para o jantar, permaneço em meu quarto vigiando a estrada para ver a que horas eles retornam, para o meu completo desespero não há sinal de que seja essa noite.

Reconquistar a confiança de Nina é meu principal objetivo, mesmo sabendo ser muito difícil.

Me rendo ao cansaço e vou dormir, inconformado com a audácia de me deixarem só naquela varanda, eu vou tomar Giovana para mim, esse peão não vai pôr as mãos no que é meu.

O sentimento de posse domina meu corpo e minha mente, o que era para melhorar após uma noite de sono fica ainda pior, ouço a maldita camionete vermelha entrando e caminho até a varanda para ter certeza.

Espreito os dois e daqui posso ver que ele desce e lhe acompanha até a porta mas não entra, maldito! Esbravejo meu ódio dando um soco no parapeito, minha vontade é ir até lá e enxotá-lo das minhas propriedades, porém se eu fizer isso Nina vai me odiar ainda mais.

Visto- me e quando desço para tomar café dona Marília me encara com um olhar de decepção, nunca a vi dessa forma, sei que ela está com a razão, magoei sua única filha.

— Me perdoa, não sei o que deu em mim! — Peço enquanto sirvo um café.

— Não sou eu quem deve perdoá-lo, mas posso te dar um aviso de mãe — dona Marília me fala séria — Não machuca o coração da minha menina ou quem não vai responder pelos próprios atos será eu.

Engulo meu café em silêncio enquanto dona Marília sai da cozinha com uma tigela nas mãos.

Pego meu chapéu e apesar de ter me programado para ficar no escritório pela manhã, caminho até o curral, encontro Fabrício e Joaquim organizando seus materiais de trabalho, não demora para que Nina se junte à equipe.

Espero que todos saiam restando apenas eu e Nina, tento me aproximar dela e conversar, mas a garota está irredutível.

Tento algumas vezes e nada do que eu diga tem resultados, deverás ela tem razão, não posso esperar que ela já naturalmente depois de tudo que a fiz passar, contudo não precisa ficar me ignorando desta maneira.

Sem expectativas de conseguir um diálogo, deixo os trabalhos de campo e retorno ao escritório, embora o planejamento seja de que eu passe apenas a manhã e acabei permanecendo o dia todo.

Fecho os olhos e respiro fundo, meu corpo está cansado, mas toda tensão quando a imagem de Giovanna se fica em minha mente com um sorriso magnífico.

Deixo tudo como está e saio para tentar encontrá-la, em frente a varanda encontro-a sentada no banco com pensamentos longes, contemplo todo encanto do momento por algum tempo e então decidi chamá-la.

— Nina? Nina! — Chamo sua atenção, mas ela parece não me ouvir.

— Que isso Augusto? Perseguição? — ela pergunta irritada e revirando os olhos.

— Você me evitou o dia todo, me perdoa, por favor! — Apelo.

— Não há o que perdoar, já falei que está tudo certo. Fica com sua consciência tranquila, porém é você no seu canto e eu no meu. — Responde firme.

— Nina!— Dou um passo e para em sua frente, fico observando ela com verdadeiro fascínio.

— Augusto… — Nina me olha nos olhos e me chama em um sopro.

Nos encaramos por alguns segundos, sinto que minha respiração está pesada e a voz de Nina está falha. Inclinamos levemente nossas cabeças para frente e quando nossos lábios fica a milímetros de se tocar ouço uma voz de taquara rachada me gritando.

— Augusto! — Olho na esperança de que meus ouvidos estejam me traindo e infelizmente. A insuportável da Vitória está aqui e interrompeu um momento que eu estou desejando a muito tempo.

—O que você quer? Ou melhor, o que está fazendo aqui? — Pergunto irritado, principalmente por ver que Nina se afastou.

— Seu pai me pediu que eu viesse lhe chamar. — Ela fala e eu a sigo contrariado.

Nina me olha com desprezo, toda vez que tento consertar essa situação eu acabo piorando.

Por que as coisas precisam ser tão complicadas assim? Seria tudo mais fácil se as coisas acontecem quando e como nós planejamos.

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Comments

🧚🏻 Rô

🧚🏻 Rô

Garotas tipo Vitória e Vanessa existem, infelizmente 🙂‍↔️🙂‍↔️

2025-01-13

0

Vó Ném

Vó Ném

Que peste essa guria....só atrapalha essa oferecida

2024-10-09

2

Denise

Denise

😡😡🤬🤬Mais uma vez VITÓRIA aparece pra atrapalhar a situação. 😡😡

2024-09-28

1

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