Edgar me olhou com uma cara de quem aplicava para que eu não tocasse no assunto do primo na presença dos seus pais, julgo que eles desconhecem essa história.
Enquanto ele levava o seu pai para o escritório, eu fiquei com Lúcia, a minha sogra.
Lúcia: Está feliz?
Leandro: Oi? Sim, Sim! Estou muito feliz.
Lúcia me investiga da cabeça aos pés, não sei se porque não concordou com o casamento ou algo assim.
Lúcia: Pergunto isso porque após analisar a sua impressão facial, senti que estava triste.
Leandro: É que eu tive um dia muito cheio, deve ser por isso.
Foi um grude a semana toda, quer dizer, não sei se era sincero ou algum papel que aquela senhora estava interpretando, mas ela quis ser mais de uma sogra para mim, parecendo querer ser uma amiga. Isso me acompanhou para o trabalho, sendo fofa, mostrando o álbum de fotos da família e até saindo juntos para o shopping, até que era bom sim.
Bom, até o momento que um acidente com ela ocorreu, estávamos em um parque quando do nada Lúcia caiu no lago e quase se afogou.
Só sei que depois disso, ela evitou sair de casa, eu, me sentindo bastante culpado, busquei de várias formas para tirar esse trauma que ficou naquela senhora, mas até agora não tive sucesso. Edgar me aconselhou esquecer sua mãe e deixar que ela se cure sozinha e no tempo certo, me garantindo que já havia acontecido de Lúcia se privar do mundo e pouco tempo depois melhorar, juro que espero que seja assim agora.
Odeio me sentir culpado.
Assim como muitas pessoas famosas daqui da cidade, peguei uma noite fria e fui levar agasalhos novos e usados que essa família quase não usa para os mais necessitados.
Yan: É tão lindo esse ato seu.
Leandro: É ajudar para ser ajudado, então.
Yan me ajuda tanto quanto Edgar, somos três voluntários preocupados em atender todos esses moradores de rua, o frio dessa semana está intenso.
Edgar: Obrigado por ser lindo assim.
Leandro: Obrigado você por me mostrar que é.
Edgar: Você que é o responsável.
Edgar me abraçou um pouco e continuou do meu lado atendendo as pessoas que faltam.
Em casa, eu procuro Lúcia.
Leandro: Tudo bem sogra?
Lúcia: O que você acha? Quer dizer, tudo que eu faço me lembra aquele dia em que quase perdi a vida naquele largo.
Eu disse, CULPADO!
Voltando para sala, eu estou com a cabeça baixa, triste e desanimado com o que acabo de ouvir. Edgar que saia do escritório me visa aqui e vem até a mim.
Edgar me toca no pulso com delicadeza.
Edgar: Ei! O que foi? Aconteceu alguma coisa?
Leandro: É que eu não aguento mais.
Me viro, e desabo a chorar no peito do Edgar.
Edgar: Mas…. Calma, me diz o que você tem.
Edgar me abraça e acaba aceitando o meu silêncio.
Sentado no sofá, fico mais calmo e a vontade para dizer o que houve.
Leandro: É a sua mãe, ela ainda melhorou e eu sei, eu sei que você me disse para esquecer sua mãe; mas me dá tanta pena lhe vê assim, trancada, sem ânimo.
Edgar me pega nas mãos e depois ergue o meu queixo.
Edgar: Deixa que eu vou resolver esse assunto.
Edgar se levanta e parece ir atrás de sua mãe. Aproveitando sua saída, Noah vem no mesmo caminho e senta no lugar de Edgar.
Noah: Olha, Leandro… eu queria lhe dizer que você não tem que se preocupar com a Lúcia, pois ela é uma atriz e confia em mim quando digo que ela está bem.
Leandro: Está?
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Ariel.mmk.90
ja prevendo q essa sogra vai da trabalho aff
2024-08-01
2
Claudia Ribeiro
nossa a mulher e falsa
2024-08-01
0
Lucia Moura
nossa que família de doidos
2024-07-31
0