7. Capítulo

No dia Seguinte, me sinto mais acostumado com essa casa e esse CASAMENTO, quer dizer, já sei onde é tudo e também estou podendo conhecer um pouco mais do Edgar, como ele me passa proteção. 

No trabalho o Luca vem conversar comigo sobre coisas que não são de trabalho, aqui, longe dos olhos de Edgar sinto que está tudo bem conversar com um colega.

Edgar por outro lado aproveitou que sair para trabalhar para chamar Yan para uma conversa a portas fechadas em seu escritório, receio que o motivo ainda é o mesmo de antes "O inversor de anteontem" 

Yan: Senhor, o senhor pagou por esse casamento, não tem porque se sentir envergonhado em revelar essa história. Pelo menos faria Leandro sossegar.

Edgar bate na mesa.

Edgar: Acha que meu marido é idiota ou algo do tipo? Revelar uma história dessa só iria fazer com que ele investigue quem é o meu primo e porque ela não me supera, quer dizer, ele vai achar que estou traindo ele.

Yan: É um risco que o senhor tem que correr.

Edgar: Eu sei! Eu sei! 

Edgar sai para o trabalho e Yan aproveita para me ligar, porque estou trabalhando, recuso a ligação, fico a me perguntar o que ele teria para falar comigo.

Se o dia estava lindo, a noite estava muito melhor, havia um clima romântico no ar.

Edgar me fez surpresa aparecendo no meu local de trabalho e pedindo para Luca um número do cardápio, fico sem entender se ele está aqui para me prestigiar ou para me investigar. Tenho receio de perguntar e parecer suspeito. 

Na volta para casa, eu fiquei calado a viagem toda, acho que não tenho o que conversar com Edgar ainda e também sei que quando abro minha boca, eu não sei como parar de falar depois.

No amanhecer seguinte, eu quis me levantar de forma diferente, quer dizer, antes de me levantar, sentei na cama e fiz uma oração, pedir a Deus para me guardar e me guiar. Terminando, fui tomar um banho rápido. 

Yan: Bom dia!

Edgar: Bom dia… e o Leandro? 

Yan: Acho que está descendo já.

Edgar: Yan?!

Yan: Oi! 

Edgar: Sabe o significado de um consultor e um assistente?

Yan: Sei o que quer dizer, mas precisa compreender que é a primeira semana do rapaz na casa, preciso ser sutil.

Edgar: Não por muito tempo, Ok?

Leandro: Bom dia! Tem café aqui?

Mais uma vez sinto um clima diferente no ar, Yan está mais vivo e presente, mas ainda com aquele ar de que sabe de algo.

Leandro: Preciso ir agora, tchau rapazes.

Edgar: Bom trabalho! 

Leandro: Obrigado! 

Do lado de fora me lembro da ligação de Yan ontem, mas prefiro não tocar no assunto, vai que Edgar ficar com ciúmes disso também.

Em um passar de horas, estava Yan me ligando de novo. Porque estava atendendo uma mesa, precisei recusar novamente, mas se eu evitei falar com ele de um lado, Edgar queria uma explicação do outro. 

Edgar: Posso saber porque está querendo falar com o meu esposo?

Yan fica sem palavras na presença do seu chefe.

E por mais uma vez estava Edgar me visitando no trabalho e pedindo o mesmo número, mas agora comigo.

Leandro: O que foi aquilo? 

Edgar: Aquilo o que? 

Leandro: Indo no meu emprego ontem e hoje. Parede está me investigando.

Edgar: Não estou.

Leandro: Então me diz qual é o problema. 

Edgar estaciona o carro em uma farmácia. 

Edgar: Preciso te falar uma coisa.

Leandro: Estou ouvindo.

Edgar: O invasor tem nome e motivo para invadir a minha casa naquela noite.

Leandro: Você o conhece? 

Edgar: Sim, ele é o meu primo Murilo. 

Leandro: Por que o seu primo teria que invadir a casa e não entrar pela porta como um convidado?

Edgar parece culpado. 

Edgar: Acontece que no passado ele e eu vivemos uma relação de incesto.

Leandro: Como? 

Edgar: Sim, eu transava com o meu primo. Ano passado eu terminei de fazer isso porque iria me casar, mas aconteceu que ele não aceitou muito bem.

Leandro: Entendi! E você tem algum sentimento por ele? 

Edgar me pega novamente pelas mãos. 

Edgar: Juro que não, o que tive com ele ficou no passado como um erro. Agora eu o vejo apenas como um parente, me importo com você e quero criar sentimentos por você, o meu marido.

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