8. Capítulo

No meu quarto.

O que Edgar acabou de me falar me deixa com uma confusão de pensamentos negativos, quer dizer, eu não julgo nenhum tipo de amor, seja ele qual for, mas esse nem é o caso, Edgar transava com o primo e só parou por causa de mim, o que me faz pensar se ele estaria atrás de mim naquela noite em que o vi no corredor.

Com medo de estar em perigo nessa casa, eu junto às minhas coisas em uma mala e tento ir embora, quer dizer, pensei em tentar, desistir assim que passei pela a porta do meu quarto.

Edgar no seu quarto pensa de um jeito de me mostrar que fala sério e que só quer saber de mim agora.

Yan: Aconteceu alguma coisa? Leandro parecia abalado quando passou por mim. Você bateu nele?

Edgar se levanta da cama e bate a porta na cara de Yan.

Yan vai até o meu quarto.

Yan: Esta tudo bem?

Leandro: Você sabia… sabia e não me contou.

Yan: O que eu não contei?

Irritado me levanto e bato a porta na cara de Yan.

Sento no chão e encosto minha cabeça na porta, não há lágrimas e nem dor, quer dizer, eu acredito nele quando me disse que não está mais mantendo um caso com o seu primo Murilo, como disse antes; o meu medo é que esse primo esteja ressentido comigo.

O meu celular toca.

Pego o celular e vejo que é o Luca, não estou com cabeça por isso recuso a ligação, mas quer saber? Eu precisava sair um pouco, mas tenho medo do que Edgar vai pensar.

Sem querer saber de nada, me levantei e fui para fora daquela mansão esnobe. Pego um cigarro e acendo. Estou muito nervoso e bastante desconfiado, quer dizer, como Murilo iria entrar em uma mansão tão bem vigiada? E porque Edgar não pensou nisso? Ele teria uma chave ou Yan o ajudou?

Ao entrar, vou parar na porta do quarto do Edgar, coloco a minha mão na porta, pensando se bato ou não. O que eu não sabia era que ele tinha visto a sombra do meu pé, se aproximou da porta e também colocou sua mão sobre ela, ele pensou em abrir, mas não queria discutir comigo se fosse por isso que eu estava atrás.

A porta de entrada se abre e uma voz alta toma os nossos ouvidos. Quando dei por mim, era novamente o inversor e eu estava certo, ele veio por mim, sem tempo para me esconder no quarto do meu marido, corro para o meu quarto, mas não consigo fechar a porta, por isso ele entra e me agrediu com uma ferramenta que carregava nas mãos. Perdi a consciência, mas antes pude ver vários homens entrando no meu quarto e um deles era o Edgar.