Capítulo 4

Aidan chega diante de seu prédio um pouco encharcado pela chuva e entra cumprimentando todos que encontra pelo caminho, como o zelador que estava fazendo a limpeza e o porteiro que estava concentrado ouvindo música na rádio noturna.

Aidan - Boa noite!

Porteiro - Boa noite, senhor.

Sem perder tempo, ele segue adiante e chama o elevador, que chega rapidamente e entra. No entanto, uma moradora também corre em sua direção.

Moradora - Por favor, segure o elevador!

Ela exclama com pressa. Aidan já estava dentro, então ele apenas põe a mão para que o sensor detecte a presença. A moradora era extremamente atraente e passa pelo porteiro exalando um aroma de flores de laranjeira. O homem acaba fechando os olhos e suspira, sentindo o frescor em suas narinas.

Ela para diante do elevador e fica envergonhada ao perceber quem estava segurando.

Moradora - Obrigada!

Aidan apenas sorri com a expressão surpresa dela e tira o braço, dando espaço para a mulher entrar.

Aidan - Qual é o seu andar?

Moradora - Oi?

Ela pergunta um pouco nervosa. Aidan era um dos homens mais desejados de Nova York, influente na alta sociedade, devido ao seu sobrenome de peso, já que sua família era uma das mais ricas.

Aidan - Perguntei qual é o seu andar.

Ela sorri envergonhada.

Moradora - Décimo terceiro!

Aidan morava no vigésimo quinto andar. Um silêncio tomou conta do trajeto até chegar no andar da moradora, e o elevador abrir. Ela o olhou.

- Meu nome é Rose!

Aidan - Prazer, eu sou...

Rose - Bem, eu sei o seu nome!

Ambos sorriram e o elevador fechou. Aidan ficou um pouco decepcionado ao saber que ela já o conhecia. Era frustrante e desanimador. Por um momento, ele pensou até na possibilidade de conhecê-la melhor, convidá-la para tomar um drink, quem sabe? Mas Sara não saía da sua cabeça.

Ele chegou ao seu andar e entrou em seu gigantesco e luxuoso apartamento. Tirou o casaco molhado e o jogou em uma cadeira. Ficou parado, olhando para os lados, sentindo a solidão momentânea.

- Aidan\, é você?

Uma voz suave tirou sua atenção do vazio.

Aidan - Oi Emma, você ainda está aqui? Pensei que já tinha ido para casa.

Emma - Não, filho, queria esperá-lo!

Ele sorriu e se aproximou da senhora, que tinha cerca de 50 anos. Beijou sua testa e a abraçou com força, apoiando o queixo no topo de sua cabeça. Dona Emma era sua governanta há anos.

Aidan - O que eu faria sem você? (risos)

Emma - Torço para você encontrar uma moça à sua altura, filho! Não estou falando de dinheiro, mas de coração.

Aidan - Eu já encontrei!

Emma - Quem? Aquela piranha de Sara? Ela não é uma mulher para você, Aidan.

Ele se afastou da senhora e se sentou no sofá, chateado com o comentário.

Emma - Onde está Sara agora? Ela é egoísta!

Aidan - Ela está morando em Londres.

Emma - E rejeitou seu pedido de casamento? Por que você está chorando por ela? Dê uma chance ao seu coração.

Aidan - Vou tomar um banho!

Emma - Ouça o que vou te dizer. No dia que você encontrar uma mulher para amar, essa tal de Sara pode aparecer e querer se meter entre vocês. Nesse momento, você precisará ter sabedoria e seguir a voz de seu coração.

Irritado, Aidan se levantou do sofá e se dirigiu ao seu quarto.

Emma - Está me ouvindo, Aidan? Não deixe escapar a certa!

Emma disse um pouco mais alto para que ele pudesse ouvir, enquanto pegava o casaco molhado dele para lavá-lo.

...

Depois de chegar em casa, Emily tomou um banho quente para se aquecer e vestiu um vestido confortável. Ela fez um chocolate quente na cozinha e entrou no seu laboratório de fotografia. Embora tivesse tecnologia à sua disposição, como a impressora de fotos instantâneas, a maioria das vezes ela preferia revelar as fotos da maneira antiga.

Emily bebeu metade do chocolate quente e colocou o copo na mesa enquanto retirava as películas para a revelação. Embora pudesse parecer primitivo, essa forma a fazia esquecer todos os seus problemas e angústias.

Em seguida, ela mudou para uma luz vermelha que iluminava todo o laboratório e começou o processo de revelação. Depois de reveladas, Emily colocou as fotos em um envelope e saiu do ambiente, seguindo para a sala.

Ela se sentou no sofá, ligou a televisão e colocou o clipe de sua música preferida, "Bette Davis Eyes", para tocar no telão. Enquanto assistia às fotos urbanas expressivas, uma a uma, Emily não conseguiu se controlar e começou a cantar em voz alta.

Emily - 🎵 "Her hair is Harlow gold.

“Seu cabelo é dourado como o de Harlow

Her lips, sweet surprise.

Seus lábios são uma doce surpresa

Her hands are never cold.

Suas mãos nunca são frias.

She's got Bette Davis eyes.

Ela tem os olhos de Bette Davis.

She'll turn the music on you.

Ela vai tocar sua música em você

You won't have to think twice.

Você não terá que pensar duas vezes.

She's pure as New York snow."

Ela é pura como a neve de Nova York."

...

Emily deixa as fotos em cima da mesa de centro e continua cantando, se levanta e abre as portas de vidro que dava para a sacada e se aproxima do parapeito. Depois da morte do James, todos os dias era um desafio vencer a fobia de altura, mas aos poucos estava conseguindo. Então, estava só esperando a hora certa para pular de paraquedas e cumprir com a promessa que fez a ele, vencer o medo.

A chuva fina continuava caindo com delicadeza, era um tempo tão gostoso que provavelmente Emily ficaria a noite inteira deitada debaixo das cobertas assistindo filmes antigos.

Ela fecha os olhos e estica as mãos para ter um contato direto com a chuva, isso lhe arrancou um sorriso quase imperceptível. Não era sempre que tinha vontade de sorrir e isso já era um avanço para Emily.

- Que noite bonita!

Ela se animou e pegou a câmera para tirar algumas fotos da cidade iluminada com o complemento especial, a fina chuva que ganhava força a cada minuto.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***