Emily - Meu Deus!
Aidan - Vamos, não pare!
Emily - Droga, ele ficou com o meu caderno!
Ela ainda tenta parar, mas vê que não há outra opção além de tentar sair daquele lugar o mais rápido possível. Depois de muita correria, chegam ao local onde desceram do metrô, mas não havia ninguém e continuam a jornada de sair sem serem pegos pelo bandido. Subindo as escadas, finalmente chegam à rua movimentada por carros e alguns pedestres.
Emily - Espere, preciso recuperar meu fôlego!
Ela disse, exausta, com o corpo inclinado, apoiando as mãos nos joelhos, depois de correr sem pausa por um longo tempo.
Aidan - Vamos andar um pouco mais, estamos perto da entrada da estação.
Ele estava bastante preocupado, olhando em volta e tentando entender o bairro em que estavam, pedindo informações a uma pessoa aleatória:
- Desculpe senhor, que bairro é esse?
Homem - Sei lá cara! Não enche!
Aidan fica sem reação e logo ele se aproxima de Emily, que estava encostada no muro se protegendo da chuva.
Aidan - Tudo bem?
Ela o olha e acena que sim.
Aidan - Agora estamos sem dinheiro, celular e documentos.
Emily - Eu...
Ele a encara, esperando que ela complete o que pretendia dizer, mas Emily acaba desistindo.
Aidan - Qual é o seu nome?
- Meu nome é Emily. E o seu?
Ele sorri com os lábios fechados e responde:
- Aidan!
Emily - Eu tirei algumas fotos dele. Poderíamos ir à polícia.
Aidan - Certo, primeiro precisamos encontrar um telefone e ligar para alguém.
Ela franze os lábios sem outra opção e caminham lado a lado, sem se importar com a fina chuva que os atingia levemente. Durante todo o percurso até a primeira lanchonete que encontram, não trocam uma palavra.
Eles se sentam em uma mesa afastada e uma garçonete se aproxima com um bloco em branco nas mãos.
Garçonete - Boa noite, o que vocês gostariam de pedir?
Emily olha para Aidan, que arqueia as sobrancelhas, já que eles não tinham dinheiro para comprar nem um copo de leite quente. Ele abaixa a cabeça e sorri com a situação constrangedora.
Garçonete - Então?
Emily - Nós entramos aqui só para nos proteger da chuva, e...
A garçonete revira os olhos com tédio e coloca o bloco de pedidos dentro do bolso do avental, junto com a caneta, e sai sem dizer nada, retornando para atrás do balcão e folheando uma revista de fofocas.
Emily - Acho que ela não gostou muito da nossa presença aqui sem consumir nada.
Aidan - Talvez.
Emily fita pela janela a melancolia da noite e a chuva ficando cada vez mais forte lá fora. Ela observa por alguns segundos até voltar a atenção para Aidan, que assiste atentamente a um noticiário na televisão da lanchonete.
Emily - Como você apareceu lá? Quer dizer, o lugar onde aconteceu o episódio com o bandido ficava numa área afastada e desativada.
Aidan - Eu vi um movimento nos trilhos e decidi averiguar.
Ele decidiu esconder o motivo real, afinal, não tinha como explicar que ele a observava todas as vezes no vagão.
Emily - Eu perdi meu caderno!
Nesse momento, Aidan lembra que ela tinha esquecido seu diário no assento do vagão na hora em que correu para explorar o desconhecido. Ele havia pegado para devolver a ela e guardado na sua bolsa. No entanto, acabou ficando com o maldito bandido.
Aidan - Vejo que era algo muito importante para você.
Emily - Sim, tenho há um tempo e escrevo nele todos os dias.
Aidan - Estou pensando em uma maneira de sairmos daqui. Tudo aqui é longe. Parece que os táxis não passam por aqui com frequência. Estou olhando a rua e, até agora, não vi nenhum.
Emily - Vamos pedir à garçonete para nos permitir fazer uma ligação.
Aidan - Vamos então!
Eles se levantam e se aproximam do balcão. A garçonete os olha por cima dos óculos de grau e estoura uma bolinha de chiclete na boca.
Garçonete - O que vocês querem?
Ela pergunta com um tom de desdém, apoiando o cotovelo no balcão e colocando a mão no queixo.
Emily - Podemos usar o telefone da lanchonete? Fomos assaltados e precisamos fazer uma ligação urgente.
Garçonete - Vocês consumiram alguma coisa? Se não, a resposta é não.
Emily - Você nos ouviu, você...
Aidan - Calma!
A garçonete sorri debochadamente e estoura outra bolinha de chiclete na boca. Isso deixa Aidan com raiva, pois ele detesta pessoas que mascam chiclete com a boca aberta e ainda estouram as bolinhas.
Aidan - Você é uma pessoa mal-educada ao extremo, uma péssima profissional. Continue assim e não terá um grande futuro pela frente.
Garçonete - Saiam daqui, já estou cansada de vocês.
Aidan - Vamos, não vale a pena discutir com essa garota.
Emily coloca o casaco molhado pela chuva no corpo e eles saem. Antes de saírem, a garçonete dá uma risada que faz eles pararem e a olharem.
Garçonete - Cuidado lá fora, vocês vão precisar! (risos)
Emily - Vá para o inferno!
Ela sai batendo a porta com força e eles retomam o caminho pelas calçadas.
Aidan - Droga, tudo aqui é distante. Não podemos ficar no meio da rua a essa hora neste bairro, parece perigoso.
Emily - O que vamos fazer?
Ela perguntou, tremendo de frio, colocando as mãos dentro do casaco. Já eram passadas da meia-noite e o temporal estava cada vez mais forte. Não havia muito o que fazer, além de procurarem um abrigo imediatamente.
Ele pega na mão dela e a guia, atravessando a rua e caminhando na calçada. Eles param em uma parte coberta e ficam lá até que a chuva amenize e possam continuar.
De repente, Aidan tem uma crise de riso. Ele não consegue acreditar em estar como um sem-teto na rua sem dinheiro no bolso. Se pelo menos chegassem a um caixa eletrônico 24 horas, poderia sacar algum dinheiro usando sua digital e tudo se resolveria.
Emily acha engraçado o comportamento dele e dá de ombros, encolhendo-se um pouco por causa do frio.
- Realmente é uma situação patética!
Aidan - A vida é assim. Se fosse tudo monótono e certo, seria chato.
Ela o olha nos olhos, mas logo desvia o olhar para o chão, um pouco envergonhada.
Emily - Você tem razão. Lembraremos desse dia no futuro. Tenho certeza!
Ele olha para Emily, mas logo seu sorriso desaparece ao perceber que ela não parece compartilhar nenhuma alegria. Pelo contrário, está triste e com os olhos lubrificados por algum motivo que o deixa intrigado.
...
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Atualizado até capítulo 134
Comments
Suzy Bolos
Rafa,de tanto me falarem desse livro resolvi ler ,menina vc gosta de um suspense e amo seu jeito de escrever nos prende de um jeito, parabéns, parabéns de verdade, amo seus livros é apaixonante,nos amedronta tbm kkkkkk mas sabemos o final sempre será magnífico 🥰👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
2024-05-10
0
Jeane Campos Campos
me dá uma agonia vê as pessoas mastigando de boca aberta 😒
2024-05-10
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Anita Alves
Rafa sua linda vc e 10/Drool//Drool//Drool//Drool//Drool//Drool//Drool//Scowl//Drool//Drool//Drool//Drool/
2024-04-25
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