James estava saindo do departamento de polícia por volta das 17:40 da tarde, em direção a sua moto com o capacete na mão. Uma voz abafada pelo vento grita o seu nome e ele olha para trás fitando seu amigo apressando os passos para acompanhá-lo.
- Vamos tomar uma cerveja no bar do Joe?
James - Não vai dá cara, hoje é a formatura da minha namorada e eu não posso me atrasar.
- Qual é James\, hoje é meu aniversário\, é só uma cervejinha\, eu prometo!
James olha a hora no relógio em seu pulso e fica bastante confuso, não queria dizer não para o amigo, ao mesmo tempo não queria se atrasar mais um vez e chatear a namorada. Mas ele viu que se passasse somente quinze minutos no bar e bebesse com o amigo não iria afetar o horário marcado.
James - Ok Tony! Te dou quinze minutos, começando a contar agora.
Tony - (risos) Vinte!
Ambos sorriem e cada um sobe em suas respectivas motos a caminho do bar do Joe. Chegando lá, eles entram no local e sentam nas banquetas próximas ao balcão.
Joe - E aí? O mesmo de sempre rapazes?
Tony - Sim, é uma saideira, pois estamos de passagem.
Joe - É pra já!
Tony olha para o amigo que não estava nem um pingo interessado com o que acontecia ao seu redor. Observando que James segurava uma caixinha preta e a olhava fixamente.
Tony - Tudo bem, irmão?
Perguntou-lhe dando umas batidinhas nas costas para chamar sua atenção desinteressada.
James - Sim, eu só estou pensando…
Ele simplesmente não completa a frase e abre a caixinha aveludada mostrando ao amigo do que se tratava sua falta de atenção.
Tony - Sério? Vai pedi-la em casamento?
James sorri com a expressão surpresa do amigo, que mais parecia decepcionado por perder seu parceiro de farra de vez.
James - Sim, eu a amo muito!
Tony - Quer saber? Você está certo, encontrou uma mulher linda e legal. Digamos que você é um filho de uma mãe sortudo.
Ambos sorriem com o comentário e tomam o chope, Tony vira todo o copo ingerindo de uma vez só, e finaliza batendo o copo de vidro grosso no balcão.
- Bem\, já vou indo\, Joe\, quanto eu devo?
James - Pode ir cara, eu pago!
Tony - Valeu irmão, boa sorte lá!
Ambos sorriram e se despediram um do outro. James toma o restante da cerveja e tira uma nota colocando em baixo do copo e se levanta para ir embora. Olha para trás e ver começar uma discussão no fundo do bar com dois homens, com vozes alteradas, empurrões, socos e palavrões.
Joe - Que droga, de novo não! Esse bad boy desgraçado vai acabar com meu bar.
James - Deixa comigo!
Ele se encaminha para o meio do tumulto em passos largos e tenta separar a briga, mas acaba levando um empurrão caindo por cima da mesa em cheio.
Bad boy - Não se mete, cara!
James - Parou!
Ele grita mais algumas vezes e dá um soco no valentão que acaba tombando para trás e quebrando o nariz.
James - Eu disse parou, porra!
Ele saca sua arma de fogo apontando para os arruaceiros, tira o distintivo de polícia o mostrando.
James - Vou levar todos em cana se não pararem com essa baderna.
Ele aponta para o bad boy que também estava armado, mas nada poderia fazer, pelo fato de James ser um tira.
Bad boy - Calma cara, já estou saindo!
Disse ele com as mãos levadas para o alto, caminhando lentamente até a porta de saída.
O silêncio predominava no bar e todos se olhavam esquisitos.
Joe - Valeu James, você é o cara!
James - Pois é, contínuo com a fama de apaziguador. (risos)
Ele volta até o balcão, pega o capacete e sai do lugar em direção a moto. O que ele não percebeu foi que o bad boy estava no escuro, o observando atentamente com uma expressão maligna. James liga a moto e sai.
No meio do caminho ele nota que três motos o seguia, com as luzes dos faróis fortes ligados em cima dele. Eles acabam o cercando, dois de um lado e um atrás o fazendo encostar.
Motociclista - Encosta!
Irritado, James encosta no canteiro da estrada e tira o capacete para confrontá-los, entretanto, não deu tempo nem de falar uma palavra. O bad boy saca a arma apontando para James que arregalou os olhos tentando um movimento desesperador. Um disparo ecoa pela rua quase vazia e ele cai para o lado e tudo escurece.
...
Emily estava olhando pela a janela o zero movimento na rua, de vez em quando olhava a hora pelo celular e nada do namorado chegar.
- Ele se atrasou novamente!
Ela funga e solta um suspiro se sentando no sofá e tentando uma ligação sem sucesso.
Emily - Não é possível que irei me atrasar para minha formatura.
Indagou ela se cobrando atitude, então Emily se levanta e coloca o celular na pequena bolsa de festa e pega a chave do carro na mesinha de centro. Abre a porta e pega seu carro se dirigindo para o evento um tanto quanto decepcionada. No meio do trajeto ela recebe uma ligação.
Emily 📱- Olá! Quem é?
Ela freia o carro bruscamente na rua.
Emily 📱- O, o que você disse? Não, não, não...
Perguntou ela com uma voz falha e trêmula, entre o susto e o desespero do momento.
Emily 📱 - Em que hospital ele está?
Ela finaliza a ligação jogando o celular para qualquer lugar no carro e sai em alta velocidade para o hospital. Quinze minutos depois chega e sai do veículo sem ao menos fechar a porta, com vestimentas de festa, praticamente desorientada.
Adentra o hospital sem rumo, queria chegar a qualquer lugar e encontrá-lo bem. Abre mais uma porta e aquela claridade a fez fechar os olhos por conta das paredes brancas a deixando zonza e sem fôlego. Tudo em sua volta rodava, visão fica turva, e lentamente vai perdendo os sentidos até desmaiar.
Em seu subconsciente se passavam flashes da noite tórrida de hoje, como se fossem pedaços de pesadelos que se juntavam como um quebra-cabeça.
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Atualizado até capítulo 134
Comments
Elenilda Soares
não acredito que ele vai morrer que dó dela /Frown//Frown/
2024-12-03
1
Alexandra Mara
Que triste, Jesus vai morrer🥲
2025-02-03
0
Eyshila Fernandes
o vey eu tava tão feliz 😔😔
2024-12-05
0