Nas últimas duas semanas, Emily foi a trabalho para outros lugares, por isso não estava pegando o metrô naquela estação, e não sabia se iria novamente, apesar de gostar bastante de tirar fotos daquela área da cidade. Acabou pegando uma gripe forte e ficou alguns dias em casa. Hoje, ela estava se sentindo bem melhor.
Estava deitada no sofá, olhando fixamente para o teto, fechou os olhos e viajou para o passado, especificamente para a noite do acidente de James.
De volta ao passado...
Depois de desmaiar no hospital, Emily acordou deitada em uma sala vazia. Olhando para o lado, percebeu que estava em um leito. Levantou-se bruscamente, um pouco tonta, e abriu a porta. Uma enfermeira se aproximou com a intenção de impedir que ela saísse.
Enfermeira - Por favor, moça, volte para o quarto!
Emily - Não! Cadê ele?
Enfermeira - Tenha calma!
Emily - Calma? Você só pode estar brincando comigo.
Ela começa a correr pelo corredor longo e branco do hospital, mas é impedida pelo policial Tony, amigo do seu namorado.
Emily - Me solta!
Tony - Tente se acalmar, Emily. Você não pode ficar assim.
Emily - Cadê ele? (Choro)
Ela para de tentar empurrar Tony e o encara, com lágrimas rolando pelo rosto. De repente, o silêncio predomina e Emily olha ao seu redor, várias pessoas a observando de longe com um semblante triste. Isso a machuca profundamente.
Emily - Não, não, não...
Ela começa a gritar, batendo no peito de Tony, que nada fez além de deixar e abaixar a cabeça. Ele sente uma culpa imensa por ter convencido o amigo a ir ao bar.
Emily escorrega sobre ele, caindo sentada no chão, chorando desesperadamente e chamando a atenção de todos no andar, que saem dos quartos para ver a dor insuportável de uma jovem que acabou de perder o namorado.
Uma enfermeira se aproxima com um copo de água na mão, oferecendo-o, mas Emily bate a mão no copo e sai correndo do hospital.
Tony - Espere, Emily. Você não pode sair assim!
Ele corre atrás dela, passando por seus colegas de profissão que acabaram de chegar, sem escutar o que eles têm a dizer. Ele estava com medo do que Emily poderia fazer.
Tony chega à entrada do hospital, olha para todos os lados e não a encontra. Ele anda algumas quadras e não a vê. Parecia que ela havia evaporado.
Tony - Que droga!
Ele volta para o hospital e um táxi para na frente, onde desce sua “ficante”, Jena. Eles mantinham um relacionamento esquisito há pouco mais de três anos, mas Tony nunca considerou começar algo sério com ela. Hoje, ele sentiu o coração apertar ao vê-la.
Jena já estava entrando no hospital quando Tony gritou pelo seu nome, fazendo-a parar e olhar para ele. Ele corre até ela e a abraça com força, chorando em seu ombro.
Tony - Me perdoe, por tudo! Você é a mulher que sempre esteve ao meu lado e eu nunca dei o devido valor.
Ela sabia que ele estava sensível devido à morte do amigo, mas aquelas palavras não pareciam forçadas. Jena não respondeu nada, apenas o abraçou e tentou confortá-lo.
Depois da trágica morte e do doloroso velório, Emily continuava desaparecida, ninguém conseguia encontrá-la ou tentar falar com ela. Até o dia do sepultamento. Ela apareceu toda vestida de preto segurando flores, e todos a olharam com uma expressão triste.
Emily estava muito abalada e cansada, ela colocou as flores sobre o caixão, enxugou as lágrimas e saiu andando devagar sem falar com ninguém. Parecia querer sair dali o mais rápido possível, mas no meio do caminho alguém segurou seu braço.
Tony - Sinto muito!
Jena se aproximou.
Emily - Tudo bem, não se preocupem comigo, eu ficarei bem.
Tony - Eu me sinto tão culpado por tudo o que aconteceu, talvez se eu não tivesse convencido ele...
Emily o interrompeu no mesmo instante.
- Não foi sua culpa! James era o tipo de pessoa que entraria em uma briga para separar e promover a paz\, ele faria isso num bar ou em qualquer outro lugar.
Jena - Eu o conhecia e sei que o culpado nesta história é o tal bad boy, ele sim, agiu covardemente e merece prisão perpétua.
Emily suspirou fundo e olhou para o céu azul ensolarado, fitando as nuvens em formas enigmáticas. O calor dos raios de sol batiam em sua pele sensível e esse contato fez com que ela percebesse que a vida continua, mesmo sendo difícil.
- Bom\, já vou indo!
Tony - Espere!
Ele correu para alcançá-la novamente e colocou a mão no bolso, retirando uma pequena caixa preta de veludo.
Emily - O que é isso?
Perguntou ela, um tanto confusa, mas pela forma da caixa já tinha uma ideia do que seria e lágrimas brotaram de seus olhos.
Tony - Eu sei que não é o momento ideal para entregá-la, mas eu não quero perder essa oportunidade.
Ele estende o braço, entregando a caixinha. Emily, com receio, ainda fica em dúvida se abriria ou não, mas acaba abrindo e encontra um lindo anel com uma pedra brilhante.
Tony - Ele iria pedi-la em casamento naquela noite!
Um frio no estômago e com uma pitada de angústia a pega mais forte. Emily não consegue se controlar e começa a chorar. Jena se aproxima e as duas se abraçam por alguns minutos. De longe, é possível ver que o sepultamento chegou ao fim e Emily não estava preparada para falar com a mãe de James agora, pelo menos não neste momento.
Emily - Ok! Preciso ir.
Tony e Jena confirmam com a cabeça e se despedem de Emily, que já estava caminhando distante na frente.
...
Dias atuais...
Aidan chega em casa, toma um banho e veste uma roupa para sair. Ele combinou com o primo e um amigo de curtir a sexta-feira, pois Nova York tem muitas opções de diversão noturna. Dessa vez, estava decidido de que não abriria mão de uma bela noite de prazer com alguma mulher interessante. Finaliza com umas borrifadas de perfume no colarinho da camisa e nos pulsos, depois pega a chave do carro.
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Atualizado até capítulo 134
Comments
maiana silva
Nossa que dor tadinha da Emily 😭😭😭
2024-05-07
3
Cacá
aí chorei muito
a dor dela é palpável
2024-04-23
3
Chrys Sousa
😭😭😭😭😭
2024-04-09
0