Capítulo 07

Diana

Eu não imaginei que o meu dia fosse esse misto de loucuras todas, de uma hora para outra me vi em meio a uma briga infantil que foi parar na diretoria, desempregada e em questão de segundos com um emprego novamente. Esse dia com certeza daria um livro.

A senhora me faz prometer que eu vá até a sua mansão cedinho para iniciarmos o dia juntas e nos conhecermos melhor, o seu neto não parece muito contente, mas já percebi que a senhora Abby é muito arteira e acredito que até o arrogante metido a besta deva concordar que a mulher tem que ter uma companhia.

– não precisa eu posso ir daqui sozinha, sua vó precisa de cuidado – eu digo quando novamente o bonitão se oferece para me levar. Eu sinto uma vontade incontrolável em lhe desobedecer, eu não me reconheço mais.

– nada disso minha querida – dona Abby protesta sendo amparada pelo neto que está abraçado a senhora que é alta, eu me considerava alta com meus um e setenta, mais eles parecem uns gigantes perto de mim, dona Abby parece ter uns dez centímetros a mais que eu – vá querido acompanhe a nossa jovem até a sua casa, e amanhã o meu motorista vai buscá-la.

Ela diz e aponta para um homem vestido elegantemente assim como o senhor Brandon o mordomo, me pergunto se terei que me vestir elegantemente também, pois se isso acontecer eu vou perder mais um emprego. Assim que eu os vi eu encarei a minha calça jeans que já viu dias melhores mas vergonha foi a ultima coisa que passou pela minha cabeça.

Warren me encara como se implorasse para eu não negar a oferta da senhora em me mandar um motorista porque aparentemente a dona Abby é tão teimosa quanto ele. Nos despedimos e vamos até a SUV do bonitão, dessa vez eu vou na frente.

O caminho pareceu dez vezes mais longo pois o trânsito a essa hora já não ajudava e o silencio era ensurdecedor. De vez enquanto volto o meu olhar para ele e suas roupas, ele usa uma combinação toda preta, diferente dos ternos ele usa jeans camisa e jaqueta de couro. Os seus músculos são os mais fortes que os meus olhos já tiveram o prazer de conhecer, os seus ombros largos o fariam representar um deus grego em filmes ou series perfeitamente.

– Eu conheço toda a sua vida Diana Cristine Taylor então não tente aprontar nada com a minha vó, ela nunca pode se machucar, fique de olho nela o máximo que puder – ele começa a falar assim que o carro para eu arregalo os olhos por ele saber todo o meu nome, e como ele conseguiu a informação se em algum momento eu falei?

– sim senhor, se conhece toda a minha vida então deve saber que eu sou honesta e que eu preciso muito desse emprego, farei o impossível para que eu me saia bem – digo o encarando nos olhos tempestuosos, ele parece gostar da minha resposta e então abre a porta do carro permitindo que eu saia.

– eu passarei o seu endereço para o motorista da minha mãe assim como o seu número de celular, John virá buscá-la as sete horas – avisa eu apenas concordo não fazendo questão de saber como ele descobriu até o numero do meu celular.

Ando até a minha casa, assim que eu entro no portão do prédio que o carro dele se afasta, corro subindo as escadas ainda me sentindo confusa sobre o dia de hoje e entro em casa notando que o meu irmão ainda não chegou, a tarde ele sempre fica na casa da vizinha ao lado brincando com o filho dela da mesma idade.

Tomo um banho gelado pois o aquecedor do prédio quebrou, então o meu banho é rápido, assim que eu saio do banheiro tem uma mensagem de Mag perguntando se eu estou bem, eu respondo que sim e vou fazer o jantar.

– eu te amo sua chata – meu irmão diz me abraçando assim que eu me dou conta de sua presença tomo um susto mais eu o abraço de volta. Essa sua declaração é só porque eu estou fazendo lasanha de presunto e queijo sua comida preferida.

O meu irmãozinho ainda sofre muito com o abandono da nossa mãe, eu tento lhe dar todo o amor que eu possuo, mas tenho ciência de que não é o suficiente

– como foi o seu dia? – pergunto mas ele parece não querer fazer questão de falar sobre isso, ele nunca quer, antes era um menino alegre, aos dez anos era um menino doce, gostava de conversar e de dividir o quarto comigo quando ainda tinha pesadelos fugia para a minha cama, dividimos o mesmo quarto, hoje ele mantém a máxima distância possível de todos nós. Nosso pai disse que está fazendo um bico na oficina e que em meia hora chegará para o jantar, as vezes ele tem esses picos de querer deixar a bebida, mas nem sempre consegue se manter afastado. – o meu dia foi muito confuso e agitado – começo chamando sua atenção ele parece está curioso – eu fui demitida e depois contratada de novo por uma senhora muito legal.

– vai ser aquelas meninas que passeiam no parque com os velhos? – indaga e eu não aguento e começo a gargalhar o meu irmão me acompanha e em pouco tempo o nosso pai chega do trabalho e passa a conversar conosco explico como funcionara o meu trabalho a partir de hoje.

O meu pai diz algo que faz com que eu chore um pouco antes de dormir ele diz que se orgulha de mim e que mais uma vez vai tentar se manter sóbrio para me ajudar porque ele ver o quanto eu me esforço por nossa família.

Eu só queria que ele conseguisse, que ver que sem ajuda de um tratamento ele não melhora, e agora eu espero ter condições de pagar um tratamento para ele. Antes de dormir os olhos azuis escuros de certo arrogante permeia os meus pensamentos.

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