Capítulo 20

Diana

Ainda com as pernas bambas vou direto para o banheiro do quarto de hospedes no andar de cima. Oh céus, onde eu estava com a cabeça?

Me agarrar dessa forma com o neto da minha chefe, mas se bem que foi ele quem me agarrou. Porém eu deveria ter negado quando me deu a chance, eu tinha certeza de que assim que provasse dos seus lábios seria impossível não desejar mais, eu estava para implorar por mais.

Ver como a sua boca ficou ainda mais vermelha com os nossos beijos me deixou muito mais úmida, claro que ele deve ter notado a minha falta de experiencia, mas eu já havia beijado antes, não tanto, foram apenas dois garotos e quando eu tinha quinze e o outro quando eu tinha dezessete anos.

E com nenhum chegou a ser tão intenso, delicioso, eu nunca havia desejado por mais, se ele quisesse mais se ele quisesse se afundar em mim eu com certeza não iria me opor, porque sim eu queria mais.

Toco os meus lábios ainda tentando sentir mais um pouco do seu gosto, seria loucura me entregar a ele sabendo que depois ele iria correr para os braços de outra, outra com o mesma condições que ele, ou outra mais experiente.

Ele parece um deus grego, com certeza seria o mais lindo de todos como eu poderia dar prazer a ele? Como eu, uma simples mulher poderia ser capaz de conquistar um homem como ele? Com certeza só quer brincar comigo, e eu não estou disposta a ser só mais uma na vida de quem quer que seja.

Diferente da minha mãe, eu não sou aventureira, eu sou romântica e sim, eu quero um homem para vida toda, posso me frustrar com essa minha decisão? Sim, mas é o que eu sou, não vou mudar isso em mim por conta de um desejo arrebatador.

– Querida você está bem? – ouço dona Abby perguntando da entrada do quarto, me olho no espelho do banheiro e arregalo os olhos, misericórdia, eu estou uma bagunça, os meus cabelos estão revoltos, só de pensar no seu agarre forte e poderoso me arrepio toda e as minhas pernas voltam a ficarem bambas.

– e.e.e.eu estou bem – grito do banheiro, só então me dando conta de que ela está preocupada provavelmente achando que eu passei mal de novo, ainda não entendi a razão do que aconteceu mais cedo, porém por sorte passou.

Eu estava me sentindo bastante enjoada com o estomago revirado, mas após o banho nos braços do Louis, melhorei e principalmente com ninguém usando perfume não senti mais nada, o fato é que me preocupou apenas um pouco e eu jamais aceitaria que pagassem um médico atoa.

Olhei no dr.google e vi que eu posso estar ansiosa por conta da situação do meu pai, e alguns casos de ansiedade podem ocorrer vomito, pelo menos é essa explicação que encontrei, e encontrei também gravidez, mas como estar gravida sendo virgem? A ciência explicaria será? Ou os livros clichês que eu leio poderiam explicar.

– Nossa filha que alivio – diz dona Abby assim que eu sai do banheiro após passar um pouco de agua em minha nuca para ver se parava de queimar onde Warren tinha tocado, eu ainda me sentia em brasas, principalmente sabendo que a blusa que eu estou usando é dele.

Eu sou desastrada por natureza e a camisa que eu havia trazido na sexta eu havia levado de volta, mas por sorte tinha uma calça ainda, quando eu fiquei de olhos arregalados Savanah a auxiliar da cozinha falou que o “senhor Warren” não iria se importar que eu pegasse uma de suas camisas.

– Desculpe por isso, eu não quis assustá-la novamente – se bem que eu não a achei assustada eu até pensei que ela estava feliz, bom deve ser coisa da minha cabeça

– Vamos para a biblioteca tomar um chá e ler? – pergunta e eu não tenho como negar, são duas coisas que eu amo fazer.

– Claro, seu Warren não vai se importar em ficar sozinho? – indago enquanto saímos do quarto e ela nega bufando descontente.

– Aquele desnaturado saiu às pressas – diz fazendo um carinho em minha mão enquanto se apoia para descermos as escadas.

É claro que saiu as pressas “ironizo”

Sabia que seria assim, e por mais que eu tenha saído correndo primeiro não deixo de sentir um apertinho em meu peito. Oque será que ele queria conversar comigo? Agora talvez seja ele quem não quer conversar comigo, principalmente depois que eu fugi como uma ladra do banheiro.

Fecho os olhos tentando conter a vergonha eu devo ter corrido muito feio porque eu sentia as minhas pernas bambeando, mais uma vergonha na qual eu devo ter passado.

Será que ele foi atras de alguma mulher que soubesse realmente oque fazer e contivesse o seu desejo enorme, e quando eu falo de enorme eu não estou exagerando, isso porque estava com uma calça de moletom e eu não pude ver e me deliciar com a visão que deve ser.

– Está bem mesmo, você está tão vermelha – Abby indaga quando chegamos no último degrau da escada – está vermelha, será que não está com febre?

Nego mais discretamente eu rio e me repreendo, eu pensando em sacanagens com o neto dela e ela preocupada comigo, misericórdia, eu sou uma cobra da pior espécie.