Capítulo 11

— Igor, que bela netinha você me deu, querido... — Disse Paola sentando-se com ele na varanda.

— Ela é linda mãe, eu me apaixonei por ela assim que a vi. -Disse sorrindo.

— Só não se apaixonou pela mãe dela, não é querido? — Perguntou Paola séria.

— Não quero falar sobre Rafaela.

— Mas, você vai falar sobre Rafaela, porque percebi que o grau de hostilidade entre vocês é altíssimo. — Disse Paola o fitando. — Se você não fosse tão orgulhoso e...

— Ela é errada nisso tudo, devia ter me procurado, devia ter me dito que estava grávida, eu jamais a abandonaria se soubesse disso. — Explodiu ele.

— Você é tão errado quanto ela, não se usa uma mulher e a manda embora Igor...

— Não...

— Eu ainda não acabei, estou tendo essa conversa com você e vou ter uma com ela também, essa situação vai ter que mudar, eu sei exatamente o porquê de você agir assim meu filho, sei como se sentiu ao saber que era pai e que não participou do crescimento de Clara, mas, agora você está com ela aqui, precisa esquecer o passado Igor... — Pegando a mão dele. — Você já é um homem, um adulto, está na hora de esquecer o passado, eu estou a seu lado agora, não descarregue na mãe da sua filha toda a mágoa do nosso passado querido... — Enxugando uma lágrima dele. — Te amo como se tivesse te gerado Igor... — O abraçando forte.

— Eu também te amo mãe... — A abraçando forte.

— Não esconda esse Igor carinhoso e amável, atrás de uma armadura de ferro, se dê a chance de ser feliz meu bem... — Dando-lhe um beijo e saindo.

Igor ficou pensando em tudo que conversou com Paola, o passado ainda influenciava muito nos atos do presente, parte da vingança que ele arquitetará contra Rafaela tinha grande influência da sua história no passado.

"Sei que devo esquecer o meu passado, mas, ela errou e não posso esquecer isso facilmente… ".

— Vovó! — Gritou Clara dando um susto em Paola.

- Nossa você me assustou, em sapequinha... — Pegando a neta no colo. — Posso falar um minuto com você Rafaela?

— Claro, Paola... — Respondeu ela estranhando.

- O seu papai está sentado ali na varanda meu amor, vá até lá e lhe dê um belo susto... — A descendo.

Paola e Rafaela dirigiram-se até a sala de músicas, Rafa estava tensa, com medo do rumo da conversa, se sentaram e Paola pediu um café para as duas, Rafa bebeu o café todo de uma vez de tanto nervosismo.

— Não precisa ficar tão nervosa, Rafaela... — Disse Paola sorrindo.

— Eu... Não estou nervosa só... — Derrubando a xícara na bandeja. — Um pouquinho tensa... — Ajeitando o cabelo.

— Quero conversar um pouco com você, saber o que você gosta, o que te aflige tanto... — Olhando os olhos dela. — Ou talvez, a quem ame tanto que tenha até certo medo... — Reparando o nervosismo dela.

— Amo a minha filha, somente a ela... — Disse Rafaela olhando pra baixo.

— Sim... Tente se convencer disso... — Disse Paola sorrindo pra ela. — Não sou sua inimiga, muito pelo contrário, confie plenamente em mim... — Bebendo um gole de café. — O que houve depois que Igor a abandonou?

— Não entendo o que quer com tudo isso Paola? — Perguntou Rafa tensa. — Até um cego pode ver que eu não estava morando em uma mansão e comendo caviar. — Disse ela zangada.

— Não precisa agir assim, só quero saber o que levou Igor a culpá-la tanto assim...

— Pois devia perguntar a ele, porque é o que eu mais quero saber... — Se levantando.

— Eu sei que ele também errou, mas, tem muitos motivos pra ser tão amargo...

— Você pensa que o seu filho é um santo, Paola? — Perguntou Rafaela séria.

— Não, mas, não é o diabo que você pinta Rafaela... — Pegando a mão dela. — Tente ser mais compreensiva com ele Rafa, as coisas não precisam ser assim...

— Não é comigo que você tem que falar. — Saindo da sala.

— Deus do céu, cada qual é mais cabeça dura que o outro... — Disse Paola sentando-se no sofá.

Rafaela saiu da sala transtornada, e deu de cara com ele, os seus olhares encontraram-se, ela transmitia o amor e ódio, ele a mágoa e o ressentimento. Clara os deixou a sós indo até à avó.

— Me odeia não é mesmo? — Perguntou ela séria.

— É você quem diz isso a cada minuto pra mim... — Disse ele também sério.

— Você não me da motivos pra pensar o contrário... — Disse ela o mirando no fundo dos olhos.

— A partir de agora, vou te dar motivos pra isso... — A pegando pela cintura e dando-lhe um beijo terno e suave. — Podemos ser amantes Rafa e não rivais. — Acariciando os cabelos dela. — Está linda...

— Obrigada... — Sentindo a carícia. — Igor... -Sussurrou fechando os olhos.

— Você ainda sente alguma coisa por mim, não é mesmo? — Perguntou ele passando as mãos na cintura dela.

— Não... — Sussurrou ela abaixando os olhos.

-Está mentindo... — Levantando o rosto dela. — Diga que me ama Rafa, eu sei que sou irresistível...

— É impossível erguer a bandeira branca pra você, Igor... — Se separando dele. — Você chega a ser ridículo...

— Não era o que parecia a alguns segundos atrás... — Com um sorriso cínico.

— Talvez você tenha razão, eu ainda sinto alguma coisa por você... — Chegando bem próxima dele.

— O que você sente doçura? — Fitando a boca dela.

— Ódio, desprezo... — O empurrando.

— Não é isso que eu vejo nos seus olhos... — A puxando pelos cabelos. — Se eu tocar o seu corpo, você vai derreter em minhas mãos... — Devorando a boca dela.

Um beijo sagaz e envolvente, Igor a segurava firme pelos cabelos saboreando os lábios dela com gana, Rafa queria fugir, mais se entregou por completo a todas as sensações que ele lhe provocava. Igor parou o beijo e a soltou bruscamente a deixando sozinha.

"Até quando vai isso, meu Deus... Até quando vou poder esconder o meu amor".

Rafaela passava os dedos nos lábios, ainda podia sentir o corpo se aquecer, as mãos que prendiam os seus cabelos e, ao mesmo tempo lhes acariciava. Igor entrou no seu quarto e bateu a porta com toda força, a desejava tanto que às vezes perdia a razão.

"Uma combinação explosiva, raiva e desejo... Vou terminar louco desse jeito".

Paola, Rafa e Clara, passaram a tarde passeando pela mansão, havia um haras nos fundos, muitas árvores e uma cachoeira num local mais afastado, Clara ficou encantada com a paisagem, corria e jogava comida aos patinhos da lagoa. Rafa e Paola conversaram muito. Rafa explicou a situação da família a Paola, explicou tudo que ocorreu após o rompimento com Igor, ficaram muito íntimas depois dessa conversa franca. Igor recebeu e fez telefonemas o dia todo, avisou a elas que ia ter que sair por alguns instantes, e que voltaria para jantar com a irmã.

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Comments

Gisselda Corral

Gisselda Corral

quando a pessoa e muito humilhada como ela foi perde a capacidade de raciocinar direito tem dificuldade de acreditar nas pessoas

2024-04-13

1

Luzia Ribeiro

Luzia Ribeiro

essa mulher não sabe conversar a sogra toda delicada tentando arrumar as coisas e ela nestas birrinhas infantil com quatro pedras na mão mulher tem que usar de sabedoria não de birras

2024-03-13

4

Mara Roseli Sgorlon

Mara Roseli Sgorlon

Claro babaca, imbecil ela deve estar sem transar desde que engravidou da Clara ninguém é de ferro

2024-03-07

0

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