Capítulo 8

Um beijo quente e exigente, Rafaela o empurrava, mas, de nada adiantava, o beijo era tão avassalador que chegava a machucar, ela separou-se de Igor e lhe deu um tapa, a boca dela sangrava.

"Porque tenho que ser tão agressivo com ela... Não me importa… ".

— Me deixe em paz Igor... — Pediu Rafaela com lágrimas nos olhos.

— Não queria ter machucado você, mas, você me descontrola...

— Não se aproxime de mim, por favor... — Pediu ela indo até à filha.

Clara dormia como um anjinho, estava abraçada a seu ursinho preferido.

" Minha anjinha... Como eu te amo, minha filhinha".

Rafa se deitou ao lado da filha e acabou adormecendo, acordou escutando Clara lhe chamar sorrindo.

— Acoda mamãe... — Dizia a menina a sacudindo.

— Já acordei, meu amor... — Sorrindo pra filha.

- Meu papai me deu sovete... — Disse ela pulando sentada na cama.

— Que delícia... — Fazendo cócegas na filha.

— Pala mamãe... — Pedia a garotinha gargalhando.

— O carro está nos esperando... — Disse Igor entrando no quarto.

— Papai, puquê voxe nunca beza minha mamãe na minha fente? — Perguntou Clara sorrindo.

— Como? — Perguntou Rafaela assustada.

— É que eu nunca vi voxe e o meu papai bezando...

— Bom é que... É que... — Gaguejou Igor sem ter resposta.

— Não... Não é certo adultos se beijarem na frente das crianças... — Disse Rafaela embaraçada.

— Mas, titia Ju beijou tio Quistian na minha fente... — Disse Clarinha mexendo no cabelo.

— Bom... Ela deve ter esquecido... — Disse Dul tentando sair do assunto.

— Mas, eu quelo vê... — Pediu ela fazendo bico. — Poquê voxes são namolados...

— Clara, meu amorzinho, vamos descer, o carro está esperando, não é Igor? — Disse Rafaela suplicando pelo olhar.

— Claro, mas, antes vamos mostrar a nossa filha que somos namorados Rafa... — A pegando pela cintura.

— Igor, por favor... — Pediu ela baixinho.

Igor a beijou com carinho, um beijo doce e cheio de ternura, acariciava o rosto dela e dava selinhos no corte que ele mesmo fez.

"Ela ainda é tão doce quanto antes… ".

"Como ele pode ser suave e áspero, tão de repente".

— Oba! — Gritou Clara batendo palmas... -Minha mamãe e o meu papai são namolados!

- A sua sapequinha... — Disse Igor pegando a filha e a colocando no alto.

— Nós vamos embola? — Perguntou ela sorrindo pro pai.

— Sim, vamos... — Pegando a sua mala com a outra mão. — Vamos Rafa, o carro está esperando.

— Sim, vamos... — Pegando a bolsa da filha.

O caminho até a casa de Igor era lindo, repleto de flores e árvores que encantavam Clara, a casa era uma espécie de rancho, ficava bem afastada da cidade e bem arborizada tinha tudo que uma fazenda possuía, era uma casa grande e muito luxuosa.

— Mamãe olha! -Gritou apontando um cachorro. — Cachorrinho...

— Temos dois cachorrinhos filha, e um monte de bichinhos que você vai conhecer... — Disse Igor dando um beijo na filha.

— Igor, que bom que já chegou querido... — Disse uma velhinha muito simpática.

— Olá Fafá... — Abraçando a velha. — Essa é minha filha, e ela é minha... É a mãe dela.

— Olá queridas, mais que garotinha mais linda temos aqui... — Olhando os olhos azuis de Clara. — Se parece com o seu papai pequena... — Sorrindo pra menina.

— Fafá trabalha pra mim há muito tempo, Rafaela, ela é a governanta e responsável pela casa... — Disse Igor sorrindo para a senhorinha. — Paola está em casa, Fafá? — Perguntou ele.

— Está sim, está na sala de músicas. -Respondeu sorrindo.

— Vamos entrar, você vai gostar muito da sua vovó bonequinha... — Acariciando os cabelos da filha.

-Minha vovó... Oba eu tenho uma vovó! — Gritou ela pulando no colo do pai.

— Ela é um encanto... — Disse Fafá.

"Espero que ela não me cause problemas aqui, eu não suportaria mais uma pessoa contra mim".

A casa era esplêndida, muito espaçosa e aconchegante. Rafaela reparava em tudo, o tapete fofo e macio, as janelas grandes com cortinas finas e luxuosas, a escada grande e chamativa, os lustres muito detalhados, tudo ali era perfeito.

"Se eu não estivesse vivendo um pesadelo, poderia jurar que estava tendo um sonho encantado".

Ao lado da escada os empregados formavam uma fila, com sorrisos cumprimentaram o patrão, que passou por eles direto e logo entrou numa sala espaçosa e convidativa, o som de um piano ecoava pelo cômodo.

— Magnífica como sempre Paola. — Disse Igor sorrindo pra mulher elegante atrás do piano.

— Igor, meu filho... — O abraçando.

Paola era a madrasta de Igor, uma mulher jovem e bonita que o criou desde bem pequeno com o seu pai Fernando.

— Que bom chegaram, eu estava aflita... Mas, quem é esse anjo com você, Igor? — Perguntou Paola sorrindo.

— Esse é meu anjo mãe, Clara, quero que conheça a sua vovó, Paola... — Sorrindo pra filha. — Essa é minha filha mãe...

-Minha nossa mais que olhos são esses, são os olhos de Fernando... — Encantada com o olhar da pequena. — Ela é encantadora, Igor, mas, o que houve com a sua perninha, meu bem? — Pegando a menina no colo.

— Mamãe... — Chamou Clara ameaçando chorar. — Quelo a minha mamãe...

— Sou sua vovó, Clara... — Disse Paola sorrindo.

-Minha mamãe... — Fazendo bico.

— Vem com a mamãe, Clara... — Pegando a filha no colo. — Desculpe-me Paola, ela ainda não a conhece muito bem, eu sou Rafaela, mãe da Clara, ela acidentou-se, mas, não é nada grave, o seu filho sabe melhor que eu... — Se apresentando.

— Prazer em conhecê-la Rafaela, você também é uma mulher muito bonita... — A examinado. — Com um banho de loja, você ficara uma preciosidade...

— Eu gostaria de um banho de água, pra mim e a minha filha... — Disse Rafaela sorrindo pra Paola.

— O sim... Igor, o quarto está em perfeita ordem, como mandou, espero que a nossa pequena bonequinha aprecie... — Acariciando os cabelos de Clara.

— Venha comigo Rafaela, vou mostrar o quarto da nossa filha... — Saindo sem esperá-la.

— Rafaela... — Chamou Paola.

— Sim?— Disse ela se virando pra ela.

— Tudo vai dar certo querida... — Disse Paola piscando pra ela.

O quarto de Clara era o sonho de toda menininha de três anos, branco e rosa eram as cores predominantes do cômodo, os móveis em branco, as cortinas finas em tona de rosa, a caminha ficava numa espécie de coreto. Roberta estava boquiaberta, muitos coelhinhos, patinhos, muitas bonecas de todos os tamanhos e jeitos se encontravam num canto do quarto onde havia uma casinha com tudo dentro.

— Oba! — Gritou Clara super feliz. — Me desce mamãe... — Pediu ela pulando no colo da mãe.

— Está bem, meu amor... — A colocando perto dos brinquedos.

— Olha mamãe aquela bonequinha que anda... — Disse ela mexendo em tudo.

— Você já a ganhou, não é Igor? — Disse Rafaela séria olhando pra ele.

— Isso não era um jogo, eu disse que a minha filha teria tudo que o meu dinheiro pudesse comprar. — Esclareceu ele. — Está na hora de conhecer o seu quarto.

— Não vou deixar Clara sozinha, a porta pra varanda está aberta e ela pode cair...

— Não há perigo nenhum... — Disse ele saindo.

— Eu não vou deixar a minha filha sozinha. — Disse Rafaela batendo o pé.

— Rafaela... — Disse ele impaciente. — Está bem... — Apertando um aparelho ao lado da porta. — Fafá pode vir até o quarto da minha filha, por favor... — Pediu ele ao aparelho.

— O que é isso? — Perguntou Rafaela.

— Um interfone...

— Precisa de alguma coisa, Igor? — Perguntou a senhora sorridente.

— Faça companhia a minha filha... Voltamos logo... — Saindo.

— Quando você vai mudar, Igor? - Se perguntou ela o vendo sair.

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Comments

Beth Silva

Beth Silva

E ! Igor está igual a maioria dos homens que fazem filhos rejeitam depois que estão criados querem dar um de pai presente e amoroso. Rafaela tem que ficar esperta com ele

2024-05-25

0

Vilma Alice

Vilma Alice

Esse Igor é um mané.
VAI FICAR DE 4 PELA RAFAELA.

2024-05-25

0

Araci Galli

Araci Galli

papai fofo

2024-05-06

2

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