Hakon, ainda abalado pelas visões perturbadoras e com uma dor de cabeça persistente latejando, esforça-se para sair de seu quarto. Cada passo é um peso sobre seus ombros, enquanto ele se arrasta pelos corredores sombrios em direção à biblioteca da ilha. Acreditando que ali encontrará as respostas para o que acabou de vivenciar, ele se agarra à esperança de encontrar algum alívio para sua agonia. Mesmo que vikings não liam muito ou nem mesmo se importavam com as antigas histórias, esse era uma das coisas que diferenciava a tribo de Nevis das outras, a anos uma pessoa conseguiu convencer o antigo líder da tribo (avô de Hakon) a começar uma biblioteca, essa pessoa era Aurora, a mãe de Hakon.
Ao empurrar as pesadas portas de madeira da biblioteca, Hakon é recebido por Sophia, a sábia anciã que há décadas cuida do vasto acervo de conhecimento ali guardado. Seus olhos perspicazes captam imediatamente o estado abatido de Hakon, e ela se aproxima dele com uma expressão de profunda preocupação em seu rosto enrugado.
Hakon ergue o olhar para encontrar os olhos bondosos da sábia anciã e sente uma onda de gratidão por seu cuidado. A dor em sua cabeça parece se intensificar momentaneamente, como se recordasse as imagens perturbadoras que o atormentavam.
A anciã estende sua mão enrugada e delicadamente toca o ombro de Hakon, transmitindo-lhe uma sensação reconfortante de calor e compreensão. Ela guia-o para um dos bancos de madeira próximos a fogueira no centro da geande biblioteca, onde ambos se sentam.
— Hakon, o que houve? Você parece perturbado — Pergunta a velha ançiã.
Hesitante, Hakon inspira profundamente, permitindo que as palavras fluam de seus lábios. Ele descreve as imagens vívidas e perturbadoras que o assombraram durante a noite, compartilhando os detalhes mais sombrios e os sentimentos contraditórios que elas despertaram.
Sophia ouve atentamente enquanto Hakon descreve as suas experiências. Quando ele termina, ela parece pensativa e diz:
— Essas visões são incomuns, mas não sem precedentes. Vou lhe mostrar algo — Diz Sophia.
Sophia leva Hakon a uma sessão da biblioteca repleta de pergaminhos e livros antigos. Ela pega um livro empoeirado e começa a folheá-lo até encontrar a página que procurava.
— Aqui, Hakon. Este é um registro de visões semelhantes vivenciadas por alguns dos guerreiros. As histórias contam que essas visões são um presságio, um aviso de perigo iminente ou uma lembrança do passado, Aurora també... — A ançiã se interrompe.
Hakon olha para a ançiã e tenta se lembrar quem era Aurora, desde muito tempo, Herald havia proibido que esse nome fosse citado naquela aldeia, já que apenas de ouvi-lo ele sentia seu coração apertar, Herald não conseguia nem ao menos dizer a Hakon o nome de sua falecida mãe.
Hakon decide esquecer sobre esse assunto e lê o pergaminho com crescente preocupação. Ele pensa sobre a ilha misteriosa e o dragão amedrontador que encontrou, e se pergunta se as visões estão relacionadas àquela experiência.
— Anciã, o que devo fazer? O que tenho que fazer agora? — Pergunta Hakon.
— Não tenho todas as respostas, Hakon, mas acredito que a chave para resolver esse mistério esteja nas suas próprias experiências e nas histórias do nosso povo. Talvez seja necessário explorar mais a fundo essa tal ilha misteriosa e aprender sobre o pode ter acontecido lá —
— Ah e por favor...não conte para ninguém sobre isso ok? —
Sophia balança a sua cabeça prometendo que não contaria a ninguém.
Hakon agradece a Sophia pela ajuda e se despede logo voltando para sua casa.
Ele sabe que enfrentar o dragão pode ser perigoso, na verdade, impossível, mas está determinado a desvendar o significado das suas visões e para descobrir o que o destino está aguardando para ele. Com uma mistura de medo e determinação, Hakon começa a se preparar para a jornada que o espera.
Ele se lembra sobre a carta do seu tio, antes de partir ele vai até o seu pai e a entrega que desconfiado pega a carta e lê, a cada vez que Herald lia a carta, mais o seu rosto aparentava preocupação, ao terminar de ler a carta ele suspira e então se senta na sua cadeira.
— Qual o problema pai? — Pergunta Hakon.
— ...Parece que o Einar escapou de novo — Diz Herald.
— O que!? Você vai atrás dele? —
— Não, eu nem sem aonde procurar pra início de conversa, mas bem...isso não é assunto seu, vai fazer outra coisa —
Hakon com uma expressão de desapontamento sai daquele local e vai até a sua caverna a procura de Arthur.
Ao chegar lá, ele percebe que Arthur já havia partido faz tempo deixando apenas um bilhete escrito "eu voltei para o meu reino com um dos barcos da sua aldeia se não se importar, eu espero que você tenha ganhado o torneio e tenha voltado inteiro, até aproxima
Ass.: Arthur"
Hakon aliviado arruma a caverna e perto do anoitecer ele volta para sua casa e adentra o seu quarto, caindo na sua cama e logo pegando no sono.
No dia seguinte, Hakon escreve dois bilhetes de despedida, um para seu pai, que deixou em cima da mesa de jantar e outra para Emily que ele deixou com os seus pais e os fez prometer a Odin que não leiam o bilhete.
Hakon, sem ninguém perceber ele vai até as docas, pega um dos barcos e zarpa sem que ninguém o visse, e então parte para a ilha misteriosa.
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Iza Cabral
leitura empolgante !
2024-07-31
1
Theboy
hm
2023-07-04
1
Theboy
incrivel
2023-07-03
0