Ração pra cachorros

Todos agora se encontravam no magnífico salão de banquete da aldeia de Misthuris, cujas paredes de pedra eram adornadas com tapeçarias tecidas à mão e candelabros de ouro reluzentes. A atmosfera estava carregada de tensão, pois os aldeões se reuniram para discutir a ameaça iminente que pairava sobre eles: os lobos.

Sentado em uma távola redonda no centro do salão, Hakon inclinou-se para a frente, os olhos fixos em Frida, uma mulher corajosa e experiente da aldeia que havia enfrentado muitos desafios em sua vida.

— E então? Como esse problema com lobos começou? — perguntou ele, sua voz ecoando no salão espaçoso.

Frida suspirou e cruzou os braços, pensativa. Seu rosto enrugado mostrava a preocupação que a consumia.

— Honestamente... não temos certeza. Aqui na ilha, não havia muitos lobos antes. Todos eles surgiram de repente — respondeu ela, sua voz refletindo a perplexidade geral.

Os aldeões ao redor da mesa trocaram olhares preocupados. A presença crescente dos lobos havia se tornado uma ameaça constante, com ataques cada vez mais audaciosos e frequentes.

— Entendo — disse Hakon, franzindo a testa. — Mas você tem alguma ideia do que possa ter começado tudo isso? Algum evento ou mudança que tenha desencadeado essa invasão de lobos?

Frida ponderou por um momento, olhando para o fogo crepitante na lareira próxima. A luz dançante iluminava seu rosto, revelando as marcas do tempo e da sabedoria.

Todos agora se encontravam no majestoso salão de banquetes da aldeia de Misthuris, um espaço grandioso decorado com tapeçarias elaboradas e lustres de cristal reluzentes. O ar estava impregnado de tensão enquanto os aldeões se reuniam para enfrentar a ameaça iminente que pairava sobre eles: uma invasão de lobos.

Sentada em uma mesa redonda no centro do salão, Frida, uma mulher corajosa e experiente da aldeia, olhava fixamente para Hakon, um líder habilidoso e respeitado que havia sido convocado para ajudar.

— Bem... a verdade é que eles foram soltos aqui por alguém — disse Frida, sua voz trêmula de preocupação, enquanto seus olhos se voltavam para Hakon. Eira, uma jovem determinada, interveio e fez uma pergunta intrigante.

— Você está dizendo que alguém invadiu a sua ilha e soltou vários lobos aqui? Mas por que alguém faria uma coisa dessas? — indagou Eira, seus olhos azuis brilhando com curiosidade e inquietação.

Frida suspirou profundamente, seus pensamentos se misturando com uma pitada de medo.

— Para ter certeza... — respondeu Frida em um sussurro sombrio, sua mente cheia de preocupação.

A sala caiu em um silêncio pesado, enquanto os aldeões processavam a revelação. Por que alguém faria algo tão cruel e perigoso? O que eles esperavam alcançar com tal ato?

Hakon ergueu uma sobrancelha, sua expressão séria e determinada.

— Certeza do quê? — perguntou ele, sua voz ecoando no salão.

Frida engoliu em seco, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros.

— Certeza de que a gente ia chamar vocês aqui — disse Frida, seus olhos se encontrando com os de Hakon em uma mistura de nervosismo e esperança.

O salão ficou em silêncio por um momento, enquanto todos processavam a revelação. A ideia de que alguém havia planejado deliberadamente a invasão dos lobos para atrair ajuda era desconcertante e perturbadora.

— Então, alguém queria que estivéssemos aqui... — Hakon fica pensativo e então percebe algo ao olhar para os lados.

— Frida...cadê a Helmi? —

Uma expressão triste e preocupada surge no rosto de Frida.

— A minha filha foi...sequestrada... — Ela diz se segurando para não chorar.

Por um momento, Hakon sente uma tremenda raiva mais rapidamente se acalma.

— Quem a pegou? —

— Os mesmos que trouxeram os lobos, eles querem você Hakon — Responde Frida — Eles a pegaram para terem certeza que eu chamaria vocês e agora que eu contei sobre eles... eu estou colocando a vida da minha filha em risco —

— O quê? como assim? Porque esses bandidos querem o Hakon? — Pergunta Emily enquanto coçava a sua cabeça confusa até que Hakon solta um suspiro.

— Esses bandidos é são grupo de vikings exilados que vagam pelo mar roubando e matando quem eles puderem, e também são inimigos do meu pai, eles provavelmente sequestraram a Helmi, pra me tirar da aldeia e me capturar para poderem se vingar pelos anos que eles ficaram na prisão por causa de um incidente que houve entre eles no passado —

— Certo...agora tudo faz sentido agora todas as peças se encaixam, mais o que a gente vai fazer agora? — Pergunta Emily.

— Não é óbvio? Vamos dar a eles o que eles querem — Responde Hakon.

— Você está falando de se entregar? — Frida diz, preocupada.

— Por mim tudo bem — Murmura Gray do outro lado da sala.

— Porque a gente não conta para o Vidar? Ele vai conseguir pensar em algum plano — Sugere Igor.

— Não podemos, se a gente fizer isso ele vai querer avisar o meu pai e isso daria mais problemas a nós —

— Você por acaso tem algum plano? — Pergunta Frida.

— Na verdade, tenho — Diz Hakon com um sorriso malandro no rosto — Frida pode nos dizer como você ia me entregar a eles? —

— Bem...eu pretendia colocar um pouco de sonífero na comida de vocês e depois levá-los ao local combinado —

Igor que comia uma fatia de pão encara o alimento e cospe o que tinha na boca para baixo da mesa sem que ninguém percebesse.

— E aonde seria o local de entrega? —

Frida pega um mapa da ilha e o coloca na mesa e aponta para o centro do mapa.

— Aqui, esse é o lugar lá é uma pequena planície —

— Certo, podemos tirar a chance de emboscar eles então, hmm... —

Hakon começa a pensar e logo tem uma ideia.

— Sabe qual é a distância da mata até o local de encontro? —

— Bem...eu não tenho certeza mais deve ser mais ou menos uns 70 metros —

— Ótimo, Gray se prepare — Diz Hakon.

— Oi? Eu?porquê? —

— Você vai servir de isca —

— Porquê tem que ser eu? —

— Eles não sabem como é meu rosto e eu sou o único capaz de acertar uma flecha em alguém a 70 metros de distância — Hakon diz ignorando a pergunta de Gray.

— E por acaso você vai conseguir acertar ele no escuro ao invés de acertar a minha cabeça? —

— Se eu acertar a sua cabeça vai ser um melhor ainda — Diz Hakon com um sorriso.

O tempo passa e o plano de Hakon entra em ação, Frida leva Gray que está fingindo estar desmaiado até o local da troca enquanto Hakon,Eira,Igor e Emily ficam escondidos atrás de alguns arbustos na floresta, minutos se passam e eles chegam, quatro homens feios e com as barbas sujas trazendo com eles uma garotinha pequena que ao ver a sua mãe ela tenta correr até ela mais um dos homens segura a menina, eles então se aproximam de Frida com um sorriso malicioso.

— Entregue o garoto — Diz um dos homens, o mais gordo para ser mais exato.

— Solte a minha filha primeiro! — Ordena Frida.

O homem a olha com um olhar sério e então acena para o outro que solta a garotinha, que logo corre até a sua mãe.

— Mamãe! — Grita a criança enquanto abraçava Frida.

— Agora nos entrege o rapaz! —

Hakon prepara o seu arco e aponta para a cabeça do homem gordo, Frida então entrega Gray para eles, De repente os dois homens de trás sacam as suas espadas com uma expressão assustadoras.

— Haha podem se divertirem rapazes eu irei cuidar do garoto —

Os dois se aproximam de Frida, e enquanto o homem gordo se virava de costas ele ouve algo cair no chão e ao se virar ele se depara com os seus dois companheiros caídos no chão com uma flecha presa nas suas testas, ele fica confuso e assustado ao mesmo tempo, e então Gray aproveita essa chance para roubar a espada da cintura do homem sem ele perceber e acaba fazendo um corte na sua perna, o homem ao sentir aquela dor joga Gray no chão e corre daquele lugar assustado, Gray se levanta do chão e quanto está prestes a correr atrás dele Hakon grita para ele deixá-lo escapar.

Hakon se aproximo deles junto com os outros.

— Por que falou para eu deixa-lo ir?eu podia ter pegado ele! —

 — Eu sei, mais não precisamos sujar as nossas mãos com ele, os lobos que eles trouxeram vão dar um jeito nele por nós — Diz Hakon enquanto olhava para o mato e então voltava a aldeia junto com os outros.

Em meio a floresta noturna se pode ouvir apenas uma som naquela noite, um grito assustado e desesperado que desapareceu Em pouco tempo.

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