Nos primórdios da manhã, uma névoa densa e úmida cobria o vasto mar ao redor de Hakon. A névoa, tão densa que parecia quase sólida, formava uma cortina etérea que cobria o ambiente, dando ao cenário uma atmosfera misteriosa e quase mística. Cada minúscula gotícula de água pairando no ar parecia ser portadora de uma história antiga e segredos ainda não desvendados.
Enquanto navegava, Hakon observava a névoa começar a se dissipar lentamente, e o vasto oceano, antes oculto, começava a se revelar. Poucos minutos se passaram antes que o astuto navegador percebesse uma estranha ilha que não estava marcada em seu mapa. A ilha era colossal, uma vasta planície coberta de flores de todas as espécies e cores. Hakon ficou intrigado, pois ele havia memorizado o mapa de todo o arquipélago e sabia a localização de cada ilha, mesmo aquelas que já haviam desaparecido sob as ondas do mar. Movido pela curiosidade, Hakon ancorou na ilha e, com uma sensação de maravilha, adentrou a planície floral.
Depois de algum tempo vagando entre o mar de flores, Hakon encontrou um objeto inesperado. Um capacete antigo, a aparência queimada evidenciando a passagem do tempo.
— O que um capacete da era antiga está fazendo aqui? — questionou Hakon, segurando o artefato e examinando-o com cuidado.
Deixando o capacete para trás, Hakon adentrou mais alguns metros na ilha, até que se deparou com um terreno seco e desértico, onde nem um único grama verde parecia ter brotado em séculos. O contraste com a exuberante planície floral aumentou sua inquietação. Ele começou a entrar na paisagem desolada, mas recuou rapidamente quando viu centenas de esqueletos humanos semi-enterrados no solo árido.
— Mas... o que aconteceu aqui? — questionou Hakon, a voz tremendo ligeiramente antes de ser interrompida por um rugido estridente e poderoso o suficiente para fazer a terra tremer.
Ao olhar para cima, Hakon viu algo que fez seu sangue gelar. Um dragão de proporções colossais, pairando no ar. O medo o fez correr de volta para seu barco, e ele rapidamente deixou a ilha para trás. Mesmo quando a ilha desapareceu no horizonte, os rugidos aterrorizantes do monstro ainda podiam ser ouvidos.
Longe da ilha, a névoa da manhã retornou, envolvendo Hakon por um breve período antes de se dissipar novamente, revelando a familiar ilha de Nevis. Com um sorriso aliviado.
Hakon desembarcou do barco com uma mistura de exaustão e triunfo estampada em seu rosto. A adrenalina da batalha ainda corria em suas veias, enquanto seus olhos percorriam a multidão que o aguardava na praia. Um rugido ensurdecedor de aplausos e gritos de comemoração ecoou pelo ar, preenchendo-o com uma sensação indescritível de realização.
Os habitantes da tribo, homens, mulheres e crianças, haviam se reunido em massa para receber seu herói. Enquanto a multidão se afastava, liberando um caminho à sua frente, Hakon ergueu a cabeça, sentindo-se humildemente honrado com a demonstração de afeto e reconhecimento.
Em meio à agitação Herald surgiu em meio a missão e avançou em direção a Hakon. O coração de Hakon se encheu de alegria quando os olhares de pai e filho se encontraram.
Com um sorriso caloroso que iluminava seu rosto, Herald colocou a mão no ombro de Hakon, transmitindo um sentimento de orgulho que não precisava ser expresso em palavras. Aquele gesto simples, mas cheio de significado.
— Estou orgulhoso de você, filho — disse Herald, sua voz carregada de emoção e admiração. As palavras eram curtas, mas continham todo o amor e respeito que um pai poderia sentir por seu filho. Hakon sentiu uma onda de gratidão e humildade se espalhar por seu ser, sabendo que tinha feito justiça às expectativas depositadas nele e que tinha deixado seu pai orgulhoso.
Herald leva Hakon até o salão de banquetes e ao chegar lá Hakon olha ao redor como se estivesse procurando algo.Herald guiou Hakon através dos corredores e salões da tribo, até chegarem ao magnífico salão de banquetes decorado com tapeçarias coloridas e mesas fartas de comida e bebida. O ambiente estava vivo com alegria e celebração, enquanto os membros da tribo compartilhavam risadas e histórias em meio a brindes e canções.
Ao adentrar o salão, Hakon varreu o ambiente com um olhar curioso, como se buscasse algo específico. Seus olhos percorreram as mesas repletas de iguarias suculentas e as fileiras de guerreiros orgulhosos, mas seu interesse parecia estar em outra direção.
Notando a expressão inquisitiva de Hakon, Herald encheu seu copo com hidromel e, com um sorriso, disse:
— Ela não está na ilha —
Ele ergueu a taça em um brinde silencioso antes de dar um gole generoso.
A notícia pegou Hakon de surpresa. Sua busca visual ganhou um novo significado enquanto seus pensamentos se voltavam para a pessoa que ele ansiava encontrar. Ele se aproximou do pai.
— Aonde ela está? — perguntou Hakon, com uma mistura de preocupação e ansiedade em sua voz.
Herald cruzou os braços, refletindo por um momento antes de responder.
— Ela e os outros partiram em uma missão — disse ele, com uma expressão séria. — Foram até a ilha mercantil em busca de mais ferro para a nossa tribo —
O desapontamento se infiltrou no semblante de Hakon. Ele esperava ansiosamente reencontrar Emily. A sensação de vazio fez com que ele se recolhesse por um momento, absorvendo a notícia.
— Entendo — murmurou ele, um tanto resignado. — Espero que eles tenham sucesso em sua jornada —
Hakon ergueu seu próprio copo de hidromel, brindando à segurança e ao êxito de seus amigos em silêncio. Embora sentisse falta de Emily, ele reconhecia a importância de suas ações e estava disposto a esperar, sabendo que sua união seria ainda mais significativa quando finalmente se reencontrassem. Caso se reencontrarem.
Hakon mesmo que um pouco deprimido por não poder comemorar com os seus companheiros, ainda participa do banquete durante a noite toda.
Ao amanhecer do próximo dia Hakon se levanta meio tonto da sua cama, ele então vai até à janela do seu quarto e a abre quando derrepente Hakon sente uma espécie de choque na sua cabeça que o faz cair no chão e o fazendo ver alucinações estranhas.
Enquanto sentia uma dor imensa na sua cabeça, ele vê visões, um lugar aonde não havia nada, apenas terras e rochas cortantes no chão, porém Hakon percebeu que aquele lugar era familiar a ele de alguma maneira, como se ele já tivesse estado lá.
A visão muda, agora ele não vê apenas uma terra seca mais sim um mar de chamas, Hakon mesmo que sentindo muita dor, força o seu corpo a olhar para cima e ao fazer isso ele enxerga apenas uma sobra enorme em meio a fumaça do fogo, ele olha para suas mãos e as vê cheia de sangue, mais ele sabia que aquele sangue não era dele.
As visões acabam e ele se vê em seu quarto novamente,ofegante e exausto, ele então decide ir para a biblioteca para ver o que de errado estava acontecendo com ele.
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Joelma Oliveira
num tem um segundo dr sossego esse rapaz
2025-03-03
1
Theboy
legal
2023-07-03
1
Theboy
iiiii rapaaazzzz
2023-06-21
3