Um reencontro familiar

Imerso na inconsciência, o valente guerreiro Hakon jaz no campo de batalha. Em resposta à situação crítica, os curandeiros do torneio, vestidos com túnicas verdes e portando sacolas repletas de ervas medicinais, se apressam para alcançá-lo. Paralelamente, uma figura enigmática, encoberta por um manto espesso, observa o cenário com ansiedade palpável. Os curandeiros, percebendo a preocupação da figura encoberta, lhe asseguram que, embora sério, o ferimento de Hakon não é fatal, mas requer atenção médica imediata.

Com delicadeza e precisão, os curandeiros transportam Hakon para uma tenda de cura próxima, onde iniciam um tratamento meticuloso. A figura misteriosa, revelada como um homem encapuzado, permanece do lado de fora da tenda, consumido pela preocupação.

Após um período tenso de algumas horas, os curandeiros finalmente permitem que o homem entre na tenda para ver Hakon. O guerreiro repousa em uma cama simples, com o ombro enfaixado e uma expressão de dor cravada no rosto. No entanto, ao avistar o visitante, um sorriso fraco e cansado aparece nos lábios de Hakon.

— Você está aqui? — Hakon murmura, sua voz fraca e cansada.

O homem então remove o capuz, revelando um rosto marcado por cicatrizes, adornado por uma barba rala e castanha. Um sorriso aliviado surge em seu rosto ao ver Hakon acordado.

— Eu que deveria fazer esta pergunta. Você foi incrível! — Responde ele, sentando-se ao pé da cama de Hakon.

— A última vez que eu vi você, você era um anão magrelo que não serviria nem como palito de dente — brinca o homem, revelado como tio de Hakon, Baldur.

— Bem, isso não faz tanto tempo assim, na verdade — Hakon responde, tentando ignorar a dor em seu ombro.

Nos dias seguintes, Hakon se recupera lentamente, beneficiando-se do tratamento dos curandeiros e do apoio de Baldur. Enquanto isso, as notícias de sua vitória no torneio se espalham rapidamente, elevando seu status entre os habitantes do arquipélago.

Depois de uma semana de recuperação, Hakon é finalmente liberado pelos curandeiros e participa da cerimônia de premiação. Durante o evento, Hakon é coroado campeão do torneio, recebendo um par de luvas feitas com o couro de uma serpente marinha, conhecida por sua resistência comparável ao ferro, mas com flexibilidade superior, e uma substancial recompensa em ouro. O som ensurdecedor dos aplausos ecoava pelo estádio, envolvendo Hakon em uma onda de emoção indescritível. O público, de pé, manifestava sua admiração e reconhecimento ao jovem competidor. Seu rosto brilhava com um sorriso radiante, enquanto seus olhos brilhavam com um misto de orgulho e satisfação.

Após a cerimônia de premiação, Hakon se juntou aos demais competidores para celebrar. O clima era de pura festividade e camaradagem. Rivalidades e ressentimentos se dissiparam, dando lugar a um sentimento de união e respeito mútuo. Todos reconheciam o mérito uns dos outros e compartilhavam a alegria de terem participado de um torneio tão grandioso.

Após alguns dias de comemoração, Hakon finalmente encerrou oficialmente sua participação no torneio. Ele caminhou em direção à cabana onde seu tio o esperava. Seu tio, um homem sábio e experiente, conhecia bem os desafios que Hakon havia enfrentado durante sua jornada. Seus olhos brilharam ao ver seu sobrinho se aproximar.

Em um gesto de orgulho e afeto, o tio estendeu a mão, cumprimentando Hakon calorosamente. Palavras de parabenização escaparam de seus lábios, carregadas de admiração e gratidão. Ele reconheceu não apenas a conquista de Hakon no torneio, mas também o seu crescimento como indivíduo.

Sentados na cabana, os dois compartilharam momentos de reflexão e conversa. O tio transmitiu sabedoria e encorajamento a Hakon, lembrando-o de que o verdadeiro valor de uma conquista não está apenas nas vitórias, mas também nas lições aprendidas ao longo do caminho.

Hakon absorveu as palavras de seu tio com humildade e gratidão.

— Então, como estão as coisas lá na ilha?— Baldur pergunta calmamente.

— Bem...as coisas não mudaram muito depois que você foi exilado...— Responde Hakon enquanto se deitava na sua cama.

— Isso é bom — Baldur fala enquanto observava o arco de Hakon.

— Vai voltar quando? — Pergunta Baldur.

— Amanhã, mal espero a cara dos outros quando descobrirem que eu ganhei o torneio— Diz Hakon com um sorriso de satisfação no rosto.

— Provavelmente já devem saber. antes de você partir eu que você entregue isso para o seu pai — Fala Baldur entregando um pedaço de papel a Hakon.

— O que é isso? —

— Você não precisa saber disso ainda, só de isso ao seu pai quando o encontrar —

— Tudo bem eu irei — Prometeu Hakon.

Baldur observou Hakon com um misto de orgulho e carinho. Seus olhos enrugados brilharam com uma ternura familiar enquanto ele passava a mão na cabeça do rapaz. O gesto era suave, mas carregado de significado.

— Você realmente cresceu, garoto — disse Baldur, com uma voz rouca e cheia de afeto. Ele se afastou lentamente da tenda de Hakon, deixando um rastro de admiração no ar.

Hakon, ainda imerso nas palavras de Baldur, sentiu um calor reconfortante percorrer seu corpo. Ele arrumou o cabelo com as mãos, ajeitando os fios rebeldes enquanto sorria para si mesmo.

Com a noite chegando, Hakon entrou em sua cama e se acomodou confortavelmente. Seu corpo estava cansado, mas sua mente estava cheia de sonhos e expectativas. Adormeceu tranquilamente, envolto em um profundo sono que refletia o contentamento de seu coração.

Quando o sol começou a clarear o horizonte, Hakon despertou com uma energia renovada. Era o dia de seguir em frente, de zarpar para sua ilha natal. A névoa matinal pairava no ar, criando uma atmosfera tensa, mas isso não abalava sua determinação.

Com movimentos ágeis, ele começou a arrumar suas coisas. Dobrou suas roupas com cuidado, garantindo que tudo estivesse organizado. Embalou seus pertences com eficiência, aproveitando cada centímetro de espaço na mochila, colocou seu arco em seu ombro e a espada na sua cintura.

Com a sua mochila nas costas e o coração cheio de coragem, Hakon deu um último olhar para a tenda que o abrigara.

— Essa foi uma ótima experiência — Diz Hakon com um sorriso.

Enquanto caminhava em direção ao porto, a névoa densa envolvia-o, criando uma atmosfera enigmática.

O barco estava à espera no porto, balançando suavemente com as ondas. Hakon subiu a bordo e zarpou rumo a a ilha de Nevis.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***