Cap. 8

Após sair da escola, Enzo tentou esquecer Vitória e focou no que precisava comprar para Celina fosse para escola no dia seguinte . Providenciou o uniforme e a lista de materiais escolares para que a filha e deixou tudo em casa com intuito de fazer uma surpresa à noite. No trabalho, tentou se concentrar ao máximo para resolver todas as pendências daquele dia, e assim tivesse tempo para acompanhar a filha no primeiro dia de aula. Conseguiu sair mais cedo para buscar Celina na casa da mãe, e assim que chegou em casa com a menina, mostrou para ela o uniforme da escola e o material escolar que havia comprado deixando a menina eufórica.

_ Eu não acredito, papai,que amanhã eu volto a estudar.

_ Sim, filha, amanhã você volta a estudar. Agora me diz se você gostou do material escolar que eu comprei? Queria fazer uma surpresa, mas se não tiver gostado, podemos trocar tudo por outros materiais que você escolher.

_ Eu adorei papai, eu gostei de tudo! Não precisa trocar nada... obrigada, obrigada, obrigada, obrigada! Falou pulando e abraçando braços do. Sentou-se para olhar os caderno, lápis de cores, canetinhas é tudo que o pai havia comprado para ela. Enzo se sentou bem como a muito tempo não sentia, com certeza Celina estava amolecendo o seu coração.

Enzo acordou cedo no dia seguinte, e preparou o café da manhã para eles. Celina estava muito feliz naquela manhã e só pensava em ir para escola.

Enzo considerou que aquele era um dia especial para a filha, e resolveu que ele prepararia o almoço, mesmo não sendo a sua especialidade cozinhar, ele resolveu preparar um macarrão, que era tudo que ele sabia fazer. Celina ficou feliz ao ver que o pai preparou o almoço para os dois e comeu tudo garantindo para Enzo que o macarrão estava delicioso.

Depois do almoço, Celina se arrumou para a escola, e quando ela vestiu o uniforme, Enzo pode perceber no sorriso da filha o quanto ela estava feliz.

Na entrada da escola, Celina acenou para o pai sendo acompanhada pela monitora já levaria a sua sala de aula. Enzo aguardou até a filha entrasse na sala de aula, e antes de ir embora, observava se via Vitória outra vez. Pensava que ela chegaria no mesmo horário do dia anterior com os filhos, mas ele não viu naquele dia.

No trabalho, encontrou com Daniel na sua sala.

_ Que eu saiba você tem sua própria sala, não é Daniel? Perguntou ao encontrar o amigo trabalhando ali.

_ Boa tarde para você também, e eu gosto da vista da sua sala, por isso estou aqui. Falou rindo. _ E ai como a Celina ficou ao deixa-la na escola escola?

_ Boa tarde. Celina ficou bem, ela estava louca para voltar a estudar, percebi que ela gosta da escola.

_ Isso é bom... diferente de você, ela gosta de estudar coisa que, se eu me lembro bem, você não fazia no nosso tempo de escola.

_ Eu estudava um pouco, mas sempre tive facilidade para aprender, o que facilitou a minha vida na escola e na faculdade.

_ Eu sei, e por esse motivo, você já é quase bilionário. Falou batendo na cabeça.

_ Somos... posso me aposentar cedo.

_ Celina está te fazendo bem, já está pensando em aposentaria, antes só pensava em trabalho.

_ Celina está transformando a minha vida, ela me faz bem.

_Então, acho que precisamos comemorar, não é todo dia que você está de bom humor.

_ Comemorar como? estamos no trabalho e- não podemos beber.

_ Podemos comemora sem álcool, tomando um café daqueles especiais que tem na cafeteria. E dessa vez você paga, já que deixou aquele café caríssimo para eu pagar ontem.

_ Gostei da ideia, e para de reclamar, você ganha bem. Falou saindo da sala sendo acompanhado pelo amigo.

Na cafeteria, Enzo olhou procurando Vitória, mas ela não estava ali naquele momento.

_ Chá com torta de limão, Enzo? Daniel estranhou o pedido do amigo.

_ Resolvi mudar um pouco hoje, não posso?

_ Pode, mas é estranho vindo de você, nunca te vi tomando chá.

Enzo não deu importância as palavras do amigo e achou interessante a combinação de sabores que o fez lembrar de Vitória mais uma vez.

No final da tarde, Enzo foi buscar Celina na escola, e enquanto aguardava pela filha, seu olhar vagava tentando encontrar Vitória no meio das mães que buscava seus filhos. Celina viu o pai distraído e se aproximou sem ele ver.

_ O que o senhor tanto procura papai? Celina chegou chamando sua atenção com aquela pergunta.

_ Nada, estava procurando por uma garotinha especial. Ele pegou a mochila de Celina e segurou sua mão. Era a segunda vez que ele via os olhos da filha brilhar de um jeito diferente naquele dia.

_ Por que está me olhando desse jeito? Perguntou tentando entender a filha.

_ Hoje é a segunda vez que o senhor caminha de mãos dadas comigo no meio de um monte de gente.

_ E o que isso significa para você? Enzo sentiu curiosidade depois da resposta da filha.

_ Significa que o senhor não tem vergonha de mim. Enzo parou com o coração apertado e se abaixou ficando na altura da filha.

_Não, filha, isso significa que eu te amo, e nunca eu tive vergonha de você. Celina suspirou e sorriu para o pai. _Vamos fazer algo melhor do que caminhar de mãos dadas. Enzo se abaixou mais para que a filha subisse nas suas costas.

_ Eu posso papai?

_ Claro que pode, mas tem que segurar bem em mim para não cair.

_ Está bem. Celina abraçou o pescoço de Enzo que se levantou começando a correr fazendo ela rir alto.

No caminho para casa, Celina contou tudo o que aconteceu no seu primeiro dia de aula. E a essa cena dos dois brincando na saída de escola, repetiu nos demais dias da semana.

Na sexta feira a noite, Celina e Enzo se divertiram assistindo um filme de princesa e quando Celina dormiu, Enzo a levou para o quarto e em seguida foi para o seu, ele realmente estava feliz por tê-la por perto. Trocava de roupa quando escutou um grito da filha, o que fez com que ele corresse para o quarto da menina

_ O que aconteceu?

_ Papai eu tive um pesadelo... a mamãe estava aqui... ela veio me buscar... Celina soluçava de tanto chorar.

_ shiiii, não chora, isso nunca vai acontecer, eu prometo. Falou Enzo abraçando a filha.

_Eu não quero ficar com ela... eu não quero...Demorou para Celina se acalmar e soltar o pai.

_ Está melhor?

_Estou.

_ Bom... já pode voltar a dormir tranquila.

_ Papai... por favor, dorme comigo hoje... Suplicou Celina. Vendo que a filha estava com medo, Enzo sabia que não poderia deixá-la sozinha naquela noite.

_ Venha cá. Enzo pegou a filha no colo. _ Vamos dormir no meu quarto hoje, a sua cama de princesa não cabe o papai. Celina deu um pequeno sorriso e se agarrou ao pai. A menina só conseguiu dormir quando segurou forte a mão dele.

"_ Vitória tem razão, Celina precisa de acompanhamento psicológico "...

Desde que Vitória falou sobre a psicologia, Enzo começou a prestar atenção ao comportamento da filha. Aquela noite foi o sonho que a deixou com medo, e a algumas de suas falas, demonstravam ela trazia marcas do convívio com a mãe, e Enzo faria tudo para vê-la bem. E ele que nos últimos dias tentou não pensar Vitória, naquela noite, dormiria pensando do nela.

_ Ela é linda, mas não é para mim. Enzo jamais se envolveria com uma mulher comprometida, mesmo que fosse para um encontro casual, e como pensava que Vitória era casada, manteria distancia dela.

Quando acordou na manhã seguinte, Celina estava sentada na cama brincando com uma boneca.

_ Oi... Já tem muito tempo que você está acordada filha?

_ Ja, eu acordo cedo papai... Papai, hoje também vou para casa da vovó?

_ Hoje é sábado, vamos passar o dia inteiro juntos. Talvez nos vamos a casa da vovó a noite para você conhecer seus tios e seus primos se eles estiverem lá..

_ Que bom, papai. E os meus primos tem quantos anos.

_ Acho o mais novo tem uns 12 anos.

_ Humm, será que eles vão brincar comigo?

_ Se eles não quiserem brincar com você, eu brinco.

_ Combinado. E o que nós vamos fazer agora? Perguntou animada

_ Vamos passear.

_ Ebah... E onde nós vamos?

_ Podemos ir no parque, no cinema, na praia...

_ Na praia, eu nunca fui na praia.

_ Então depois do café da manhã, nós vamos para a praia.

_ E a tarde podemos ir no cinema?

_ Podemos...Agora a senhorita me ajudará a fazer nosso café da manhã.