Cap. 6

Após desabafar, Enzo se sentiu sufocado ao lembrar de tudo que passou para conseguir ter a filha ao seu lado e de como sofreu por causa da ex. Afrouxou a gravata retirando-a em seguida, e deixando sobre a mesa.

_ Depois de tudo que aconteceu, você se tornou muito sério, focado no trabalho. Sinto falta do meu amigo bem humorado, divertido...

_ Acho que esse seu amigo morreu a muitos. Diz Enzo se levantando. _Não consigo trabalhar agora, vou dar uma volta, tomar um café...

_ Tomar um pouco de ar puro vai te fazer bem, mas Café vai te deixar mais agitado. Advertiu Daniel. _ E quem sabe não vai até o hospital pedir desculpas para a médica...

_ Não vou pedir desculpas a ninguém. Falou ainda irritado ao sair.

Enzo caminhou até uma cafeteira que gostava de frequentar e ficava a dois quarteirões da sua empresa e perto do hospital onde Vitória trabalhava. Como sempre, na cafeteria, haviam muitos médicos tomando café naquela hora.

Enzo sentou-se e fez o seu pedido, e enquanto aguardava, tentava se acalmar pois sempre ficava abalado ao lembrar de Mariah. Percebeu que tinha uma mulher olhando para ela sentada no balcão, desviou o olhar, não queria flertar com ninguém naquele momento. Olhou para o lado e viu alguém que esteve a manhã inteira em seus pensamentos.

_ Olha só quem está aqui... As pupilas de Enzo se dilataram ao ver Vitoria sentada em uma mesa na varanda da cafeteria.

Vitória frequentemente àquela cafeteira desde que começou a trabalhar no hospital, mas ela é Enzo nunca haviam se encontrado naquele ambiente.

Enzo ficou olhando para ela, enquanto Vitória tomava  um chá e saboreava um pedaço de torta de limão que ela só encontrava naquela cafeteria. Enzo observava Vitoria e  seu semblante chamou sua atenção, e para Enzo, ela parecia  mais bonita do que no dia anterior, e ele ficou calmou de repente.  Viu na xícara de cor clara a marca do batom que ela usava, e naquele instante, sentiu desejo de que aquela marca tivesse nos seus lábios. Sentiu uma leve inquietacao no peito, mas não conseguiu parar de olhar para Vitória que deslizava os dedos na tela do celular enquanto levava o ultimo pedaço de torta a boca. Hipnotizado por aquele gesto, Enzo engoliu a seco e quando um sorriso surgiu nos lábios da médica, suas coração disparou. Enzo não entendia porque Vitória chamava tanto a sua atenção a ponto dele não conseguir parar de olhá-la.

_ Para quem você está olhando desse jeito? Perguntou Daniel ao ver com Enzo olhava fixamente em uma direção, e ele se assustou com a chegada repentina do amigo

_ O que você está fazendo aqui?

_ Você falou que queria tomar café, e logo eu também senti vontade de tomar cafezinho, e Você acaba de ganhar a minha companhia. Fala de sentando. _ Ainda não respondeu a minha pergunta.

_ Não estava olhando nada em especial.

_ Sei, seus olhos pareciam encantados com algo, parou até de piscar. Antes de dar uma má respota ao amigo, Enzo viu Vitória sair da cafeteira e seus olhos a seguiram até que ele não conseguiu mais vê-la. _ Quem é ela? Daniel viu o olhar do amigo para Vitória. _Médica bonita, não é? Enzo encarou Daniel.

_ Não sei de onde você tira essas ideias.

_ Não é ideia, é fato. Ela é bonita. Enzo passou a mão no queixo demonstrando certa irritação.

_Essa é a médica que cuidou da Celina ontem.

_ A que você maltratou? Aproveita que ela está, e vá até ela pedir desculpas. Incentivou Daniel.

_ Já disse que não vou pedir desculpas. O café de Enzo foi servido e ele agradeceu a atendente.

_ Então porque estava olhando com tanto interesse para ela? Enzo que tomava o primeiro gole do café acabou engasgando com a pergunta do amigo, respingando a sua camisa de cor branca com a bebida quente.

_ Olho o que você me fez fazer? Reclamou ainda tossindo. _ Agora vou ter que ir em casa me trocar.

_ Quem está tomando café é você, eu apenas fiz uma pergunta. Agora me diga se eu estou certo? Enzo apenas se levantou deixando Daniel sozinho à mesa. _ Pode deixar que eu pago seu café. Gritou para provocar Enzo que foi até a empresa onde pegou o seu carro e foi em casa trocar de camisa.

"_ Eu interessando nela? jamais, ela não faz o meu tipo..." Pensava escolhendo uma camisa no closet. Enquanto se vestia, o sorriso de Vitória voltou a sua mente.

"_ Devo estar com a consciência pesada por tratá-la mal".

Era o que Enzo pensava que estava acontecendo.

No hospital, Vitoria se despediu de mais um paciente e quando se preparava para chamar o próximo, recepcionista do andar entrou em seu consultório.

_ Com licença, o pai de uma das suas pacientes que pediu falar com a senhorita, disse é uma conversa rápida. Explicou a recepcionista.

_Pode pedir para ele entrar que eu vou atende-lo. Vitoria não viu problemas em falar com aquele pai, pois sempre se preocupava com os seus pacientes, mas quando viu que se tratava de Enzo ficou desconfortável ao vê-lo. Lembrava exatamente as palavras ditas por ele no dia anterior, que a fizeram reviver memorias dolorosas.

_ Boa tarde. Vitória, mesmo assim, foi educada com ele. _Perdao..., mas a sua filha não é minha paciente.

_ Eu disse s moça da recepção que Celina é sua paciente  para você me atender... Os dois ficaram em silencio por alguns segundos, o suficiente para vitória se sentir incomodada.

_ Eu não entendo porque o senhor veio ao meu consultório.

_ Enzo, meu nome é Enzo. Falou quase que sorrindo involuntariamente para ela.

_ Então, senhor Enzo, por qual motivo veio ao meu consultório? Perguntou irritando Enzo ao se referir a ele mais uma vez como senhor.

_ Vejo que DOUTORA está sendo hostil comigo.

_ Não estou sendo hostil, apenas não entendi porque está aqui. Enzo respirou fundo, não era fácil para ele estar ali com a intenção de pedir desculpas.

_ Eu gostaria de pedir desculpas por ontem, eu estava preocupado com a minha filha, não medi as palavras ...

_ Se era só isso, desculpas aceitas, agora eu preciso continuar a atender os meus pacientes. Fala de forma seca.

_ Não precisa me tratar da mesma forma...

_ Desculpe senhor Enzo, mas eu não estou te tratando da mesma forma que o senhor me tratou, estou apenas pedindo licença, pois estou trabalhando. A forma fria como Vitória tratava Enzo, fez o seu semblante mudar. Ele serrou os punhos com raiva e saiu do consultório batendo a porta.

_ Eu mereço... Vitória não se importava com a irritação de Enzo, ele não significava nada para ela naquele momento. Foi até a sala de espera chamar pelo próximo paciente que assim a viu correu abraçando a médica que sorriu.

_ Será por que ela não sorriu para mim? Se perguntava Enzo olhando como Vitória estava sorridente ao receber o abraço de uma criança.

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Comments

Tania Cassia

Tania Cassia

porque você foi um grosso sem educação 🙄🙄 AFF 🙄

2024-04-11

5

Arilene Vicente

Arilene Vicente

Enzo seu ogro faça um pedido desculpa direito affff

2024-04-07

0

Roseli Barros

Roseli Barros

O Enzo vai arrastar logo atrás da dra

2024-04-04

0

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