Capítulo 14 - Tenha Misericórdia

Adam: Não encontro o Alan, no mínimo está na casa da piscina fazendo uma festa particular com algumas meninas. Me sinto muito incomodado por estar aqui e a Sara sozinha no quarto, resolvo subir para ver se ela não quer algo. Peço que abaixem o som, o Alan deve estar louco para colocá-lo nessa altura, mal escuto os meus pensamentos.

Katy prepara um lanche e leve para Sara, vou ver como ela está.

Katy: Adam passa pela cozinha e fala comigo pela primeira vez como um ser humano normal.

Sim senhor!

No quarto do Adam...

Sara: Não... por favor... me solta... NÃO... PARA...

Alan desce a parte de cima do meu maio e continuo lutando contra ele.

Adam: Pego na maçaneta da porta e escuto a Sara gritando desesperada, abro a porta e vejo o Alan em cima dela, ela luta, esperneia e implora para ele parar. Nessa hora não vejo mais nada, puxo ele pela camisa de cima da Sara que se encolhe chorando completamente desesperada.

Seu filho da puta!

Alan: Adam tenha misericórdia, me escuta antes cara... essa mulher não presta. Ela me seduz...

Adam: Começo a socar repetidamente o Alan sem dar chance alguma dele revidar completamente fora de mim.

Sara: Escuto um barulho alto e o que parecem ser socos, meu peito dói, não sei se é o Adam que está apanhando.

Adam...

Adam: Escuto a voz da Sara carregada de medo e dor. Paro na hora e noto ele exposta tentando se cobrir com as mãos trêmulas. Saio de cima da Alan que já está desmaiado e tiro a minha camisa.

Estou aqui Sara, estou me aproximando. Vou colocar a minha camisa em você.

Sara: Adam se aproxima e coloca a camisa dele em mim. Abraço ele muito assustada, mal respiro me sentindo quebrada por inteiro.

Não... seduzi ele... não fiz isso...

Adam: Tá tudo bem! Calma Sara, estou aqui.

Tendo fazer como a Josiane fez com a Sara na tentativa de acalmá-la.

Sara: Choro sem controle algum, tudo dói, preferia a morte nesse momento.

Katy: Entro no quarto e deixo a bandeja cair no chão, Alan está com o rosto desfigurado, mal o reconheço e acredito que está morto. Adam está com a mão inchada, banhada de sangue e a Sara o seu desespero que é palpável, ela está usando a camisa do Adam. Não é difícil entender o que aconteceu aqui.

Adam: Katy peça a Josiane para encerrar a festa e chame os seguranças.

Katy: Desço as escadas correndo mal consigo falar com a Josiane, chamo os seguranças e me abaixo no chão encolhida chorando, tentando me recompor para ajudar a Sara.

(Otávio, amigo do Adam)

Otávio: Moça, está tudo bem?

Encontro uma das empregadas do Adam encolhida chorando desesperada. Me abaixo e falo com ela. Estranho a festa estar sendo encerrada assim.

Katy: É... um segurança?

Otávio: Não, porque precisa de ajuda?

Katy: Acredito que o Adam matou o Alan.

Otávio: O quê?

Katy: Segundo quarto a direita, ele tentou algo com a esposa dele, eu acho. Ela está machucada.

Otávio: O Adam é descontrolado, preciso subir. Vai ficar bem?

A moça assente com a cabeça que sim e subo correndo, pulando os degraus. Adam era chamado de o demônio dos punhos de ferro, era impossível parar ele quando perdia o controle. O Alan é um imbecil, mas fazia parte da turma e não imagino ele fazendo algo assim. Entro quarto e vejo o Adam com uma moça nos braços, ela chora com desespero. Verifico o pulso do Alan, ele está vivo por um milagre, porque não sei como o Adam conseguiu parar, sem pelo menos quatro pessoas segurando ele.

Adam: Tira esse lixo daqui, não garanto que não o mataria se tiver de vê-lo outra vez.

Otávio: Foi ele?

Aponto para a moça e o Adam assente com a cabeça com um sinal de positivo. Ele não a solta e continua tentando acalmar ela. Dois seguranças me ajudam a levar o Alan até o hospital mais próximo. Deixa os dois seguranças de plantão de olho Alan, para entregá-lo a polícia.

Adam: Sara se acalma depois de muito tempo chorando, Josiane e Katy não saem da porta do quarto.

Sinto muito Sara.

Sara: Não teve culpa, ele me assediou antes Adam, se tivesse falado...

Adam: No dia que viajei, foi ele?

Sara apenas assente com a cabeça. Meu Deus, se ela tivesse me contado. Estava correndo perigo o tempo todo e não falou nada.

Sara: Ele vai me matar, vai me matar Adam...

Adam: Eu te prometo que ele não vai tocá-la, nem mesmo se aproximar de você. Terá um destino muito pior que a morte. Agora está no hospital, iremos juntos a delegacia, vamos abrir uma ocorrência e irei mover céus e terras para colocá-lo no pior presídio, lá garantirei que todos saibam o que ele fez e ele sofrerá na pele o tentou fazer com você dia após dia, da vida miserável dele. Nem mesmo o deixarei morrer Sara, vou garantir a segurança dele, para que ele viva esse pesadelo dia após dia por longos anos!

Sara: Por mais medo que sinta das palavras do Adam, sei que esse ódio que as acompanham não é direcionado para mim. Ele continua me abraçando e fico encolhida nos braços dele.

Adam: A Josiane e a Katy, vão te ajudar a banhar e se vestir, precisamos ir à delegacia.

Sara me abraça como se implorasse para não deixá-la. A Josiane chega e abre os braços para pegá-la, com dificuldade entrego ela. Pego uma roupa e me troco no outro quarto e fico da porta andando de um lado para o outro aguardando a Sara.

Otávio: Adam.

Adam: Só quero saber se ele vai viver para pagar pelo que fez?

Otávio: Tá com maxilar e as costelas fraturados, perdeu alguns dentes e quebrou o nariz. Está fazendo uma cirurgia e vai viver. A morte seria bom demais para ele Adam.

Adam: No inferno que eu darei a ele a morte não será uma opção. Se ele morrer pessoalmente busco a alma dele no inferno para fazê-lo pagar pelo que fez.

Otávio: Como está a sua esposa?

Adam: Nunca vi tamanha dor, quanto a que vi nos olhos dela. O corpo está marcado, mas a alma está destruída!

Otávio: Ela vai precisar de ajuda profissional para lidar com isso Adam, vi o rosto dela e não sabemos até onde ele foi.

Adam cera os punhos com força e soca a parede repetidas vezes. Seguro com força o braço dele.

Se controla Adam, a sua esposa precisa de você.

Katy: Escuto um barulho e vou ver o que é, enquanto a Josiane veste a Sara. Encontro o Adam com as mãos sangrando, na carne viva. Desço correndo e pego um kit de primeiros socorros, Adam não me deixa tocá-lo, ele joga álcool nas feridas, passa uma faixa de qualquer jeito e me manda voltar para cuidar da Sara.

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