Capítulo 07 - Será Bom Ter Uma Amiga

Sara: Uma enfermeira me avisa que o Adam foi embora, isso me dá um alívio enorme. Consigo comer um pouco e estava com muita fome. Passo mal de madrugada, tento pedir ajuda tocando a campanhia, mas não dá tempo e vômito no chão. Acabo até mesmo me sujando e fico muito constrangida, as enfermeiras são muito gentis comigo. Depois de uma noite difícil sou acordada com o café manhã.

Dr. Guilherme: Bom dia Sara. Como está se sentindo?

Sara: Bom dia Dr. Guilherme. Estou bem melhor.

Dr. Guilherme: Vou te examinar agora, tudo bem?

Examino a Sara, faço algumas perguntas e peço alguns exames de sangue. Fui informado que o marido foi embora ontem e ela teve uma noite difícil sozinha. Novamente converso com ela sobre violência doméstica e ela nega.

Sara: Está tudo bem?

Dr. Guilherme: Está sim, pedi alguns exames de sangue e amanhã pela manhã terá alta.

Sara: Dr. Guilherme me explica sobe a fratura nas costelas e sai, passo o dia sozinha, pego no sono algumas vezes, os remédios são fortes. Janto e durmo preocupada com a alta amanhã pela manhã, não sei como vou embora. Acordo cedo uma enfermeira me ajuda no banho e visto o meu pijama de novo, pois não outra roupa. Tomo café da manhã e o Adam chega, sinto o seu perfume e não falo nada.

Adam: Te trouxe uma roupa.

Sara: Bom dia Adam, obrigada.

Adam me entrega a roupa. É um dos meus vestidos.

Pode sair para me trocar?

Adam: Saio do quarto e fico do lado de fora com as enfermeiras me olhando com uma cara de poucos amigos. Sara avisa que se trocou e um padioleiro vem para levá-la até a porta do hospital, aviso ao motorista que nos espere na porta do hospital. Com risco disso vazar para emprensa a pego nos meus braços e coloco no carro. Sara se assusta, mas permanece em silêncio. Chegamos propriedade e peço a um dos meus seguranças para ajudá-la a chegar até o meu quarto.

Sara: Entro e a Josiane me ajuda.

Estou bem Josi.

Josiane: Não acredito mais em você. Quase morreu Sara.

Sara: Não exagera.

Josiane: O senhor Adam me deixou ser a sua dama de companhia.

Sara: Não precisa Josi.

Josiane: Claro que precisa, vou ganhar mais por isso e ainda será um prazer passar o dia na sua companhia. Quando melhorar vou te ajudar a decorar essa casa inteira e terá um mapa dela na cabeça para não se machucar mais.

Sara: Obrigada Josi, será bom ter uma amiga na masmorra do ogro!

Ficamos rindo e conversando um pouco. Fico de repouso quase duas semanas, o Adam apenas dormiu aqui, mas não me dirigiu a palavra, ficamos cada um em uma ponta da cama. O motorista, junto com a Josiane me levam para tirar os pontos e começa o meu desafio para conhecer o lugar que vou morar por um ano e assim se passam trinta dias. A casa é bem maior que a minha, o meu pai veio me visitar varias vezes, mas Lize teve a entrada proibida. Ligo para ela escondida todos os dias pelo celular da Josiane, choramos várias vezes por telefone de saudades e resolvo tentar falar com o Adam. Vou até o escritório dele e bato na porta, aqui é único lugar que não entrei, ele pede para entrar e vou com cuidado.

Adam: De dois passos para direita, tem uma mesa de centro na sua frente. O que você quer?

Sara: Bom dia Adam. Sou uma prisioneira?

Adam: O quê?

Sara: Quero saber se sou uma prisioneira aqui ou se posso sair.

Adam: Para aonde iria se nem mesmo enxerga?

Sara: Isso foi tão preconceituoso Adam.

Adam: Não tem permissão para sair sozinha.

Sara: Então, sou uma prisioneira!

Adam: Chame do que quiser. Não lhe quero causando problemas fora daqueles portões.

Sara: Se me odeia tanto, porque não me dá o divórcio?

Adam: É isso que quer?

Sara: É o que mais quero Adam.

Adam: Ótimo! É o que não terá então.

Sara: Me viro para sair em silêncio.

Adam: Sábado teremos um evento importante para ir. Vira uma equipe te arrumar, sairemos às 19:00 horas.

Sara: Para que vai me levar se nem mesmo enxergo?

Falo em tom de brincadeira.

Adam: Escuto a Sara e mal posso acreditar na petulância dessa garota. Começo a observar com atenção a Sara, ela nunca reclama de nada, está bem adaptada a casa e as rotinas. Pensei que toda aquela calma era apenas um teatro, mas agora sinceramente , não sei. Ela sai em passos lentos do escritório e desvia da mesa que sinalizei. Assim que ela passa pela porta ela se vira e noto os seus lábios de mexendo sem emitir som antes dela fechar a porta.

Sara: Estou passando pela sala quando sinto grandes mãos me envolver num abraço por trás e me assusto com o toque pesado.

Me solta!

Alan: Que corpinho quente em gatinha.

Sara: Alan me solte ou vou gritar!

Reconheco a voz do Alan, ele desliza as mãos até os meus seios, aperta e sussurra no meu ouvido.

Alan: Gosto de gatinhas arriscas e as escandalosas têm o dobro da minha atenção na cama!

Sara: Alan sai e vou o mais rápido possível para o quarto, entro e tranco a porta me tremendo. Senti o membro daquele nojento totalmente duro tocar as minhas costas enquanto ele me precionou forte com as mãos nos meus seios sussurrando no meu ouvido. Entro no closet, me sento no chão, no canto da parte de baixo e fico quieta, escondida completamente desesperada, com medo que ele volte e faça algo pior.

Adam: Alan marca uma festa da piscina aqui no domingo e vai embora. Subo para me trocar e a porta do quarto está trancada. Abro com a chave reserva e encontro a Sara sentada no canto do closet chorando de cabeça baixa abraçada as pernas. Me abaixo procurando por algum machucado nela.

Sara, está ferida?

Sara: Abraço o Adam chorando, estou com medo e só queria me sentir segura. Ele me envolve nos braços dele e tento me acalmar.

Adam: Com tudo que fiz a Sara passar desde que a conheci, ainda não tinha visto ela assim, tão desesperada. Ela chora igual a uma criança assustada, o seu corpo inteiro treme e ela chega a soluçar e mesmo sem entender o porquê, isso me faz abraçar ela.

O que está acontecendo Sara?

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