Capítulo 20

Um carro chegou à mansão Price, dele descem Izan e Dylan, que obviamente está de mau humor por ter sido obrigado a ir, ele não queria pedir desculpas, pois foi Anne quem faltou com respeito a Emyli. Os dois visitantes foram recebidos por Josh, que os conduz até a sala onde Anne estava.

- Anne\, lamento vir até hoje\, trouxe esse moleque para se desculpar e te asseguro que não acontecerá de novo.

- Claro que não\, meu pai já sabe do que aconteceu\, não sei como ele reagirá.

Izan apertou o punho em sua bengala ao ouvir as palavras da garota, parece que Anne herdou a arrogância de Roy.

- Eu falarei com ele mais tarde. Dylan\, imagino que tenha algo a dizer.

Dylan inclina levemente a cabeça.

- Lamento o que aconteceu\, deveria ter sido mais consciente do que estava fazendo.

- Espero que esse relacionamento tenha terminado\, não fui educada para ser a esposa de um homem infiel.

Anne cruza os braços, enquanto Dylan parecia furioso com suas palavras.

- Não se preocupe\, Anne\, eu vou garantir que tudo acabe.

- Obrigada\, senhor Harvey\, você é muito considerado.

Depois de alguns elogios de Izan para Anne, ambos se retiram, Anne apenas franze os lábios e faz uma careta de nojo, esperando que seu pai considere romper o compromisso, embora a infidelidade provavelmente não importe, é muito comum, até mesmo seu pai teve suas aventuras.

- Que lamentável\, que ousadia. Temos que romper esse compromisso.

Disse Neal sentando-se ao lado de Anne, embora a amante de Dylan seja sua irmã Emyli, a verdade é que ele não é o verdadeiro Neal e não sente afeto por aquela garota, ao contrário de Anne, a quem ele chegou a conhecer bastante bem. Em uma mansão nos arredores da cidade, protegida por vários homens, Samael chegou, é a casa de Roy, que recebe seu filho, um pouco irritado.

- Eu sei o que você veio fazer e não\, não vou romper o compromisso de Anne.

- A família Harvey não tem muita influência\, por que essa insistência em se unir a eles?

- Precisamente porque eles ainda não têm poder suficiente\, quando tiverem\, eles estarão ao meu lado\, ultimamente eles têm subido na vida.

- Que ridículo\, vender sua própria filha por isso\, lembro a você que você é o pai de Anne\, não o cafetão dela.

Roy bate na mesa devido às palavras de Samael.

- O quê? Dói ouvir a verdade?

- Anne vai se casar\, eu não a estou entregando a outros homens.

- É a mesma coisa\, você a vende por um pouco de poder\, não foi suficiente arruinar a vida da minha mãe\, agora você arruína a vida da minha irmã.

- Não envolva sua mãe nisso.

- Por quê? Te machuca saber que ela finalmente te deixou e não há mais como trazê-la de volta.

- Cala a boca\, sua mãe era fraca\, o fato de ela ter se matado é prova disso.

- Minha mãe foi corajosa\, aguentou anos de maus-tratos seus até nos ver sair dessa casa\, ela pôde descansar em paz\, ela finalmente se livrou de você.

Roy tenta arremessar um cinzeiro contra Samael, mas ele consegue desviar.

- Deixe Anne em paz\, porque agora eu não sou mais uma criança que você pode assustar.

Samael se levanta para sair daquele escritório e pode ouvir seu pai jogando tudo por lá, ele parece uma criança fazendo birra, mas não importa, ele vai encontrar uma maneira de liberar Anne desse compromisso e sabe como fazer. Ao entrar no carro, ele liga para um número.

{Sou eu... tenho uma proposta para você. Ótimo, nos vemos lá}

Samael ordena ao motorista para onde ir, ele não gosta muito da ideia do que vai fazer, mas é uma opção para evitar que Anne tenha que se casar com o infeliz do Dylan. Mais tarde, no mesmo dia, Samael chegou à casa, passou pela cozinha para pegar água e ao subir para seu quarto, Neal estava lá brincando com seu telefone.

- Não me lembro de ter dito que você pode subir quando quiser.

- Eu precisava subir\, o ar do meu quarto não está funcionando.

- Peça para consertarem\, Josh está encarregado disso.

Samael tira o paletó do terno e o pendura no cabideiro, sem perceber, Neal o abraçou por trás e apoiou o queixo no ombro do castanho.

- Que cruel você é\, já disse a Josh\, mas o técnico só vem daqui a três dias.

- Então divida o quarto.

- Essa é a ideia\, por isso estou aqui.

Neal não hesita em passar suas mãos pelas costas do castanho e começa a desabotoar a camisa. Samael solta um suspiro e segura suas mãos, apenas para se virar e segurar o pescoço de Neal, atraindo-o para si e poder beijá-lo. Era um beijo desesperado, saboreando imediatamente os lábios do negrume, que se abraça a ele, correspondendo ao beijo.

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