Capítulo 17

Ao voltar para casa, é claro que todos perceberam que eles passaram a noite fora, além de que chegaram cheirando ao mesmo shampoo; Samael subiu apenas para trocar de roupa e depois descer novamente, pois tem muito trabalho a fazer, enquanto Neal trocou de roupa e saiu com Anne, que não parava de sorrir com sarcasmo.

- Então... vocês finalmente chegaram nessa base.

- Sim\, finalmente o seu irmão é oficialmente gay.

Anne não pode deixar de rir, jamais em sua vida imaginou que seu irmão chegaria a isso, se o pai dele descobrir, com certeza terá um infarto fulminante.

- A propósito\, para onde estamos indo?

- Para uma reunião\, meu pai quer vê-lo junto com Dylan e seu pai\, com certeza estão planejando marcar a data do casamento.

Anne solta um longo suspiro e olha pela janela com tristeza, quanto mais se aproximam do destino, mais frustrada ela se sente; ao descerem do carro, Neal segue com Anne para dentro de um luxuoso restaurante, ambos passam sem problemas e uma garçonete os guia até a mesa onde estavam Roy Price e Izan Harvey, os verdadeiros líderes de diferentes máfias.

- E esse rapaz?

Roy observa Neal, apesar de estar vestido com um terno, ele parece muito magro.

- É o guarda-costas que meu irmão contratou.

Neal cumprimenta de maneira cordial e se retira, é bom que ele não precise estar ali ou Dylan o veria. Neal vai até a parte da frente do restaurante e, ao ver Dylan se aproximando, se senta e se esconde atrás do cardápio para que Dylan não o veja, os quatro estavam almoçando, mas Neal podia ver como Dylan tentava ficar perto de Anne para manter as aparências perante os pais. Neal tenta lembrar se algo assim aconteceu na história, mas sua memória não ajuda.

Por outro lado, Emyli estava saindo da universidade, ela caminha até a saída quando de repente colide com alguém, que imediatamente a segura pelas costas para que não caia, quando Emily levanta os olhos, fica deslumbrada com o homem bonito, ele era Samael, que sorri de maneira amigável.

- Não me viu\, me desculpe. Está bem?

Emyli olha para o rapaz e se sente um pouco nervosa.

- Estou bem\, obrigada... Com licença.

Emyli tenta se afastar, achando que ele é algum tipo de rival de Dylan.

- Espere\, você esqueceu seus livros.

E a garota tinha deixado cair alguns livros, Samael já os tinha pegado e oferece a ela.

- Agradeço.

- Ei\, se não for incômodo\, você poderia me levar até o endereço? Minha irmã está interessada nessa escola e quero informações.

- Na entrada tem um guarda\, ele pode indicar pelo caminho a seguir.

Dito isso, Emyli apressa o passo, enquanto Samael sorri com ironia, ela realmente não tem nada de especial, talvez seja por isso que é perfeita para Dylan. Samael volta para o seu carro e ordena a Josh que volte para o escritório.

- Pretende fazer algo com essa garota?

- Não realmente\, mas ela será útil para ajudar Anne.

Durante o almoço, Izan e Roy continuam falando sobre possíveis datas para o casamento e os termos que o negócio levará assim que a união ocorrer, Anne deseja sair daquele lugar, mas sabe que seu pai tornaria sua vida impossível e Dylan parece não ter interesse em protestar.

- Anne está tão animada com esse casamento\, não é\, filha?

Roy a observa de maneira severa e ela apenas assente.

- Não fique nervosa\, Dylan é um bom rapaz.

Os homens continuam a falar, Anne apenas come e tenta não prestar tanta atenção nos mais velhos, logo Dylan recebe uma ligação e se desculpa e levanta, era uma ligação de Emyli, que conta sobre o estranho que viu fora da universidade, ela achou estranho porque conseguiu ver os seguranças esperando por ele, diante disso, Dylan se desculpa com todos e sai.

Os mais velhos continuam com sua conversa, enquanto Anne se levanta e vai para a mesa onde Neal estava.

- Então\, você vai mesmo se casar?

Embora ele saiba que esse casamento não acontecerá, já que perto dessa data, Dylan será quem dará o passo, demonstrando que não estava disposto a se casar com Anne. Depois de todo aquele jantar, Anne estava prestes a entrar no carro, quando seu pai se aproximou dela.

- O teu comportamento hoje não foi nada agradável\, deixando a mesa para ir conversar com aquele guarda-costas.

- Não te preocupes\, pai\, ele não faria nada mesmo que eu quisesse\, ele é gay.

Roy franz a testa ao ouvir aquilo, olhando para Neal, que já estava dentro do carro, ao notar o olhar, Neal sorri para ele.

- Sabes que não deves falhar comigo\, Anne\, esta união é importante.

- Claro. Vou embora.

Anne entrou rapidamente no carro e começou a soltar insultos dirigidos ao pai dela, ela era um homem odioso, mas não podia fazer nada contra ele agora.

- Eu digo que entremos na casa dele e o façamos desaparecer.

- Neal... não digas isso\, se o meu pai descobre\, és tu que vais desaparecer. Não sabes o quão perigoso ele é.

- Uf! Estás a estragar a diversão.

Neal ficou em silêncio até chegar em casa. Ele já estava no seu quarto quando ouviu baterem à porta, ao abrir, era Samael que entrou e fechou a porta.

- Uma visita noturna\, que atrevido.

- Cala a boca.

Samael segura as bochechas de Neal e sela seus lábios com um beijo apaixonado, isso pega Neal de surpresa, mas ele aceita correspondendo o beijo, até o abraça pela cintura, ambos saboreiam seus lábios até se separarem, Samael aproveita isso para levantar a camiseta do cabelo preto, mas ele o detém.

- Os meninos estão do lado... dormindo.

- Então venha para o meu quarto.

Neal hesitou um pouco, mas a verdade é que aquele beijo o deixou com vontade de mais, então não duvidou mais um segundo em seguir Samael até seu quarto.

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