Depois daquele sonho, para Samael é impossível não olhar para Neal, normalmente o encontro na sala acompanhando Anne ou na cozinha, praticamente ambos parecem um par de amigas inseparáveis, embora o moreno tenha um rosto sério, ele parece muito bem quando ri. Quando percebe que está sendo observado, ele simplesmente segue seu caminho e passa o resto do dia irritado, detesta ter esses pensamentos e detesta prestar mais atenção em Neal. Enquanto alisa a xícara de café, ele fica perdido em seus pensamentos até ouvir a voz de Neal.
- Ei\, você está bem? Ultimamente eu te vi bem distraído.
Samael se apressa em limpar o café derramado no balcão.
- Tenho assuntos importantes para resolver e descobrir quem nos atacou.
- Hmm... eu acho que você deveria investigar os Dufour.
- Eles? Até agora eles são os mais pacíficos.
- Sim\, mas eles queriam uma aliança\, mas como Anne já está comprometida com Dylan\, seu pai rejeitou o compromisso com o neto do velho Dufour.
- Como você sabe disso?
- Sei usar esse corpinho para buscar informações...
Neal sorri de maneira sedutora e pisca o olho. Samael franzindo os lábios e dá um soco no balcão.
- V-você...
Sem dizer mais nada, ele sai dali, enquanto Neal apenas fica confuso com esse comportamento, por um momento ele pensou que ouviria algo ofensivo.
- O que você disse ao meu irmão? Ele ficou furioso e quase me queimou com o olhar.
Anne imita o olhar furioso de seu irmão, enquanto Neal encolhe os ombros.
- Não faço ideia\, ele deve estar de mau humor por causa do que aconteceu.
Neal supõe que ele se sinta humilhado por terem sido obrigados a fugir e dormir em um motel de má qualidade, os riquinhos sempre se sentem humilhados por coisas assim. No escritório, Samael estava de mau humor, trancado em seu estúdio e toda vez que alguém é chamado, eles temem cruzar a porta porque provavelmente será repreendido; quem entra dessa vez é Josh, entre todos, é o único que não teme um Samael irritado.
- O incidente realmente te deixou de mau humor.
- Que incidente?... ah... isso... não...
Seria absurdo dizer o porquê ele está de mau humor, até mesmo ele acredita que possa se sentir assim. Horas depois, batem na porta do estúdio e Neal entra com um envelope que ele deixa em cima da mesa, Samael apenas olha para ele com irritação.
- O que é isso?
- Informação\, usei os números da placa e saiu em nome de quem estava\, procurei as informações e aí estão\, eu te disse que eram os Dufour.
Samael se levanta e joga os papéis do envelope em seu rosto.
- Não quero informação e muito menos da maneira como você a consegue... as coisas não são feitas assim aqui\, droga.
Neal cobre o rosto com os braços para evitar que a pasta o atinja.
- Ah? Eu te ajudo e é assim que você me paga? Seu filho da puta ingrato...
- Filho da puta é você... não venha trazer informações obtidas dando o seu maldito traseiro...
- O quê?! Eu não preciso fazer essas coisas.
- Não finja ser santo\, você mesmo disse que usa o seu corpo.
- Eu? Não sou uma maldita prostituta para fazer isso...
- Você mesmo disse\, o que mais posso pensar?
- Em que momento eu disse algo as... ah...
Neal percebeu, deve ser por causa do que ele disse na cozinha, mas ele não achou que isso iria incomodar o castanho. Ri de maneira zombeteira e puxa a gola da camisa do castanho.
- Samael Price\, você estava com ciúmes?
Samael dá um tapa na mão dele e se afasta, arrumando suas roupas.
- Não diga isso nem brincando\, apenas não permito esse comportamento na minha organização.
Ele estava envergonhado, mas não pode ser o que o moreno está dizendo. Ele com ciúmes? Ha! Isso jamais, ainda mais por um garoto.
- Claro... admita\, você estava com ciúmes\, pensando que esse corpinho estava sendo tomado por outro homem.
Neal abraça a si mesmo enquanto sorri sarcasticamente.
- Não seja ridículo...
- Tem certeza?
Neal contorna a mesa e fica cara a cara com o castanho, enquanto este apenas se senta novamente, olhando para o outro lado.
- Agora vá trabalhar.
Neal o ignora e se inclina apoiando as mãos no encosto da cadeira, ficando assim com seus rostos muito próximos.
- Você gosta de mim?
- Que bobagem você está dizendo...
- mas você estava chateado pensando que eu estava usando meu corpo em troca de informações\, quando eu disse que não é assim\, seu humor mudou...
- você deve estar imaginando coisas\, só não gosto que façam essas coisas.
- não acredito que seja só isso...
- acredite no que quiser.
- acho que você gosta de mim.
Neal sorri com sarcasmo, mas o castanho apenas desvia o olhar e afasta o rosto com a mão.
- pare de incomodar...
- bom\, tanto faz\, eu não gosto de você mesmo\, prefiro os loiros.
Samael vira e olha para ele com raiva, mas não diz nada, apenas se levanta ficando muito perto do moreno.
- perfeito\, assim você para de me incomodar\, não acho que realmente você goste\, só gosta de perturbar.
Samael olha fixamente para o moreno, ainda que não queira admitir, ele se incomoda com a ideia do garoto arranjar um amante, pois ele é muito atraente, pode agir como um idiota, mas tem seu charme.
- você está certo\, é divertido te deixar bravo e ver quanto tempo você aguenta me ter aqui.
- então esse é seu propósito...
- você ainda não tinha percebido?
- agora vejo que você só finge que gosta de homens.
- não estou fingindo... quer experimentar?
Neal puxa Samael pela gola de sua roupa, para tê-lo mais perto novamente, seus lábios estavam prestes a tocar os dele.
- vamos ver.
Neal não esperava pelo que estava acontecendo, agora ele tinha os lábios de Samael contra os seus, tentou afastá-lo, mas Samael não permite e até o abraça com força, passando a perna entre as dele para evitar que ele se afaste. Neal se assusta ao sentir a pressão entre suas pernas e ao separar seus lábios, pode sentir a língua do castanho brincando com a sua, Neal estava tentando resistir, mas aos poucos foi se deixando levar até abraçar o castanho.
Embora Neal esteja se deixando levar, ainda era impossível acreditar no que estava acontecendo, afinal, Samael não é gay, embora seu propósito seja desviar a atenção do castanho, ele não esperava que resultasse daquela maneira. Mas mesmo que estivesse perdido em seus pensamentos, a verdade é que seus lábios continuavam desfrutando dos do outro, e ele não conseguia parar de abraçar o castanho. De repente, Neal se encontra sobre a mesa, sentindo Samael se acomodar entre suas pernas e começar a beijar seu pescoço.
- se continuar com isso...
- cale a maldita boca\, é isso o que você queria\, não é?
- e-escute... eu não...
Samael prefere que, naquele momento, Neal fique em silêncio, então ele fecha seus lábios novamente com um beijo apaixonado.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Joyce Bande Zenguel
Então provocou agora aguenta Neal 😅
genteeeeeee eu já estou imaginando tudo na minha cabeça 🥵🤭😏
2024-12-09
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