O Príncipe Não É Tão Frio
Você está pronta(o) para ver um romance cheio de intrigas, paixões, dramas e muita cultura? Conheça o príncipe herdeiro de Zhao e a princesa Ming Xue, ambos com corações intensos e impetuosos, ela possui uma alma de fogo e ele de gelo… No passado ele a fez mal, todavia lutará pelo seu devido perdão, então isso poderia dar certo?
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Um mal-entendido pode ser confundido com destino? Ou porque nossas falhas nos guiam ao aprendizado?
Quem poderia saber? Todo ser vivente na terra não se descobriu por completo, a vida é um termo infinito, mas vivida com o limite na morte.
Esse nesse dia, ela cruzaria o caminho dele e ele o dela.
Devido à mágoas do passado, o príncipe herdeiro de Zhao chamado Qi Liang, buscou vingança dentre anos para invadir o reino minúsculo de Ming. Cada um de seus movimentos e ataques foram estratégicos, o rapaz tinha apenas o propósito de saciar a amargura que a morte de sua mãe lhe trazia. Através de uma lança e praticamente como uma máquina assassina, piedade não era nada demais perto de sua sede de vingança!
Como consequência, aquele era o reino que pertencia à uma família real conservadora e enfraquecida, a família Ming estava condenada ao fim, isso incluía a princesa Xue Ming Yue, a primogênita e retraída jovem que não teve chances de se prevenir como deveria de uma guerra. Desde então, tudo que um dia ela conheceu se desfez sob seu olhar, o seu reino e todas as coisas que seu pai construiu escorreram como água em ralo abaixo, devido a uma guerra perdida onde o Império Zhao venceu.
Dentre o desespero, percebeu uma comoção próxima ao trono de seu pai, ela curvou a cabeça e procurou o motivo do tumulto, alguns regentes olharam para a princesa prostrando-se em sua presença real, todavia, estavam com seus rostos pálidos e abatidos. Xue compreendeu tudo quando viu seu pai estirado sobre o chão e a mancha de seu sangue fresco vazando de seu peito, arrepiou-se até mesmo seu couro cabeludo ao vê-lo.
De coração aflito, a princesa sentou-se sobre o solo suspirando diversas vezes enquanto recordava do choro de sua mãe, antes dela enforcar-se em seu palácio frio... E agora, o seu pai também estava morto!
Suas pequenas unhas se fincam no tapete vermelho bordado de amarelo e ela fez um imenso esforço para controlar sua fúria e não gritar como uma criança mimada sem seus pais para lhe salvar...
Ela foi abandonada.
— Vossa alteza, o rei... Ele preferiu a morte do que lutar conosco... — Um dos regentes do reino, diz ainda de joelhos no solo.
— Ele já sabia o fim, apenas antecipou sua morte! — Esse já dizia erguendo sua cabeça, deixando o respeito hierárquico como algo obsoleto em uma guerra perdida, ele já não deveria prestar respeito a princesa, afinal ela estava condenada como todos eles.
— Será questão de tempo para que invadam o palácio... — Mais um lamenta, irritando ainda mais Xue que apertou os punhos.
— O general disse que o príncipe guerreiro de Zhao, deseja ver vossa majestade!
— Mas ele está morto! — A voz em desespero ecoou sobre o cômodo, ela franziu a testa raciocinando o que realmente deveria fazer.
— Estamos nas mãos do inimigo! — Enquanto as criadas choramingavam junto aos servos e regentes, a princesa Ming fora completamente esquecida por todos, ela era a única com sangue real ali, o restante eram nobres, servos e todos covardes!
— Calem-se! — Sua voz aguda chama a atenção, a beldade os observa impacientemente, declara:
— Eu irei no lugar do meu pai.
— Isso é loucura! Eles são numerosos, os guardas reais estão lidando com isso! Não é algo que a princesa possa fazer! — Hanluang era a criada mais próxima da princesa, a adolescente preocupada com sua mestra segurou-lhe as mãos tentando a alertar do perigo eminente. Jamais, fora de cogitação que uma mulher poderia liderar uma tropa, quem diria se fossem todos os cinquenta mil homens? Ninguém acreditaria em sua capacidade.
Mas a princesa se esquivou do toque de sua criada — então, o que eu deveria fazer? Ficar aqui chorando?! Esperar nossa morte quando formos encontradas?! — Repreende, fazendo a mais nova se encolher em submissão.
Ela sabia que eles cochichavam ao redor sobre como estavam condenados, não havia nenhum ser ali presente que tivesse fé na princesa, contudo não poderiam estar mais enganados.
— Princesa Ming, por favor, isso é suicídio!
— Tudo que eu precisava saber meu avô me ensinou! Ainda que a espada pese, tenho dois punhais amarrados nas minhas coxas, — ela mostra as pernas nuas à adolescente subindo seu vestido e pisca. Engole a seco ao ver a expressão de pavor da mais nova — fique no Palácio, não me siga!
Poderia insano, já que nunca fora para uma batalha, contudo aprendeu a manusear o arco e a usar punhais graças ao seu avô, a espada não era algo que ela tinha facilidade em manuseio, mas isso não a impediria de lutar.
Infelizmente a antiga Seita Escarlate foi enfraquecida, após a morte de seu avô e tudo graças ao pai de Xue que abandonou todos os esforços que seu avô fez por anos.
E anular a antiga Seita, foi um erro que a princesa não podia perdoar, nunca teve a oportunidade de opinar sobre os assuntos políticos, sabendo o quanto seu avô ficaria indignado com o comportamento de seu pai! Além disso, Xue também havia sido repreendida por ter atividades masculinas como aprender a lutar Kung Fu e acusada de faltar com respeito ao próprio pai o enfrentando em assuntos governamentais.
No final, o erro do rei Ming ocasionou a invasão de inimigos como o Império Zhao e realmente não havia nada que eles pudessem fazer, mesmo que tivessem suas cotas de tropas, o império adversário estava em vantagem, e agora, seu pai e sua mãe estavam mortos.
— Meu pai, porque não poderia ao menos me ouvir uma vez?! — Lamentou, ser mulher não lhe deu vantagens suficientes para ter voz mesmo que fosse uma princesa, nada disso lhe importava, pois ninguém a respeitava como respeitariam a um homem no poder. Ao se recordar, Xue Ming sorri de forma sarcástica, roubando o cadáver exposto de seu pai, todos atrás dela suspiraram de surpresa. Ela tirou-lhe o manto amarelo que formava sua roupa real, e colocou sobre si amarrando os botões em seu corpo esbelto, era notável que sobrava pano quando estava posto sobre ela, não importava se estava com sangue naquelas vestes precisaria se camuflar como se fosse o próprio rei. Após isso, jogou seus adornos de cabelos no chão deixando seus cabelos lisos e longos soltos, sem nenhum arrependimento, os brincos e o pingentes rolaram sobre o solo onde as criadas olhavam atentamente com cobiça para tomá-los para si. Percebendo a movimentação, ela pegou sua coroa entregando a sua fiel criada, Hanluang.
— Escute bem, há uma passagem debaixo dos meus aposentos, a saída dará em uma caverna... Eles não a acharão lá, ande pelo lado que não haja luz, nem barulho e saia depois de muito tempo para fora, tome! — Xue puxa seu colar o entregando a jovem, e também as pulseiras de jade antes postas sobre seus braços e tornozelos, nada mais daquilo importava agora, nenhuma riqueza recuperaria sua família, — recomece sua vida, não deixe que eles te alcancem!
A humilde serva curvou as sobrancelhas e prostrou-se de joelhos no mesmo instante, disposta a recusar a proposta que lhe foi feita com as joias em mãos — o que está dizendo? Vossa alteza deveria vir comigo, a rainha ordenou que eu a protegesse com a minha vida! Vamos fugir juntas!
A jovem princesa suspira tocando os ombros da criada — escute, eu não posso te colocar em perigo, eu irei a guerra! Você já não será mais uma criada quando sair desse palácio, aliás... Ninguém mais aqui será! — Os olhos negros da princesa Ming brilhavam enquanto pronunciava, tentada a abraçar a amiga, se contentou em apenas sorrir entre lágrimas, pelo menos tinham pessoas que ela conseguiu manter a salvo depois de tudo.
— Vossa alteza, não irei sem a senhorita! — A mesma se rebaixa fazendo uma reverência.
— Luang, vá! Não precisa mais me servir, eu não sou mais a princesa desse lugar!
— Não posso ir sem a senhorita! Depois de tudo, é a única que eu tenho de família — a adolescente pedia a todo custo para permanecer com Xue em desespero, seu amor e fidelidade à Ming era tocante.
— Leve a Hanluang até a passagem para a caverna, vão todos vocês! Aproveitem o momento para pegarem o que lhes é valioso.
Muitos dos presentes ali foram, Hanluang parecia relutante ainda que de forma silenciosa seguiu adiante com os outros servos do palácio, com isso a princesa finalmente conseguiu respirar em alivio, contudo o corpo de seu pai não lhe fugiria da mente tão facilmente já que estava próximo a ela.
O rei Huan Ming seria apenas um cadáver, dentre vários outros. A consequência de uma guerra era presenciar a morte de perto, ela nunca precisou lidar com esse tema tão assiduamente como naquele momento. O receio em seus olhos, não conseguia nem olhar direito o cenário.
Ela não podia mais chorar de medo, não iria perder o tempo se lamentando mais uma vez.
Distraída em pensamentos, tocou a bainha da espada de seu pai, percebendo que ele estava de armadura. Ainda que pegasse a lataria para si, ficaria imobilizada com o peso... Então apenas decidiu pegar o elmo e roubar-lhe a espada, o cheiro forte de ferrugem do sangue exposto ao solo não poderia tirar seu foco ainda que fosse capaz de lhe causar náuseas. Ming Xue revirou os olhos cortando parte de seu vestido, e assim, usou parte do pano cortado à fora para amarra-lo na nuca como uma máscara e prender seus cabelos no grande elmo. Ainda que usasse o manto real de seu pai, era visível que tinha vestes femininas por baixo, cogitou em puxar o peitoral de ferro do cadáver, ainda que ficasse mais lenta devido ao peso, precisava se manter firme até o fim, aquela lataria iria apenas os distrair e a proteger de cortes superficiais, já que o seu objetivo era chegar até o comandante das tropas inimigas.
A cada passo era possível sentir seus ombros serem esmagados pelo peso, tinha um ranger sútil de metal, o barulho chamava atenção dos guerreiros em pode de combate, aguardando um ordem de seu rei. Ela agora montada em um cavalo branco, galopou com a espada de seu pai em sua mão, a estendendo aos céus como uma largada para seguir em frente. Antes daquilo, outros homens já haviam ido ao abate, e agora era todo o restante, os últimos sobreviventes... Xue nem se quer tinha estratégias, ela seguiu seu coração que queimava em chamas e a mais densa ansiedade.
Os homens iam de encontro uns com os outros, todos seguiam suas ordens com a ideia de que ali estava a sua majestade lutando em prol de seu país, seu caminho era aberto por aliados para que chegasse ao inimigo mais rápido.
Xue era esperta o suficiente para usar o peso de sua lâmina para perfurar inimigos, sua força foi completamente testada. Ela permaneceu firme em direção à um único ponto, ela iria matar quem havia instigado aquela guerra. Um homem egoísta e injusto, não merecia viver após acabar com tudo que um dia foi dela.
Avistando o rapaz de costas e sem elmo montado num cavalo preto, sua presença era firme sobre todos os outros, um rabo de cavalo divino apresentando cabelos negros e lisos carregados pelo vento, em sua mão direita carregava uma lança e a outra posta sobre a sela de seu cavalo. A armadura do rapaz estava com uma pano vermelho em cima formando uma capa vertical, quase como um monumento artístico á sua frente, ela respirou fundo percebendo o verdadeiro inimigo.
Cega por vingança, nada mais era capaz de desviar sua visão daquele homem, novamente estava emocionada com o fato de ter perdido tudo naquele dia, com o fato que aquele poderia ser seu último suspiro, sentiu seu sangue ferver e o coração disparar no mais êxtase de adrenalina, a jovem estende contra eles sua espada pois não tinha nada a perder.
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Atualizado até capítulo 167
Comments
Noakiiiiii0
Meu deus eu amei essa obra!!😭
2024-07-02
0
mymitzzz
parabéns meu está muito bom
2023-08-03
2
clarinha por Gacha life
ameii
2022-12-13
1