A festa

Na festa, Alice encontrou algumas colegas do Jazz, mas a maioria dos jovens lá presentes são desconhecidos para ela. Mas isso não é um problema, já que faz amizade fácil. A festa estava acontecendo no amplo jardim da casa, que estava bem iluminado, tocava uma música animada e tinha uma pista de dança no centro.

Após algum tempo dançando e se divertindo com os novos colegas, uma das amigas se aproximou de seu ouvido e perguntou se Alice já tinha reparado no rapaz que a olhava sem parar.

Ela não tinha percebido, mas olhou imediatamente na direção em que a amiga olhava, vendo do outro lado da pista de dança, um rapaz alto, de cabelos escuros e bagunçados, porte atlético e um olhar... Que parecia penetrar a sua alma.

— Quem é ele? — Perguntou Alice, sem tirar os olhos do rapaz, que fazia o mesmo.

— Não conheço, mas chegou com uns amigos do meu irmão.

Mas se tiver interessada, eu dou um jeito de apresentar vocês. — Anny

— Não amiga, foi só curiosidade.

Vamos dançar, eu amo essa música! — Puxando Anny para a pista.

Enquanto isso, na casa de Nina...

Nina se despediu de Marina e recebeu uma mensagem da mãe, avisando que jantaria fora com Vitor, João, Isabella, Aline e Arthur após o trabalho. Entao, decidiu pedir uma pizza para ela, o irmão, Laura e Gui.

Assim que fez o pedido, Gabriel chegou, e como de costume, beijou o topo de sua cabeça e sentou ao seu lado no sofá.

— Cadê todo mundo? — Gabriel, percebendo o silêncio da casa.

— Os meninos estão lá em cima com a Laura, Alice saiu e nossos pais vão chegar tarde, saíram para jantar.

— Entao a Alice foi mesmo para a tal festa?

— Conhece a Alice, ela não perderia essa festa.

— É, eu conheço, e é isso que me preocupa. — retirando os óculos para limpar as lentes, hipnotizando Nina com sua beleza.

Gabriel não fazia ideia do quanto ficava extremamente sexy quando ajeitava o óculos com o dedo indicador ou até mesmo quando o tirava para limpar. E ainda contava com um sorriso arrebatador.

— Vou chamar a Laura para irmos para casa. — se levantando do sofá e tirando Nina do transe que lhe causou.

— Fica, ainda está cedo e eu pedi pizza e já deve estar chegando.

— Eu fico então.

Vamos, vou lhe ajudar a pôr a mesa. — Esticando a mão para ajudar Nina a se levantar.

De volta a festa...

Já cansada e com sede, deixou a amiga na pista e foi até a mesa de bebidas, a procura de algo refrescante para beber. Enquanto escolhia o que ia beber, uma voz rouca, bem próximo ao seu ouvido, lhe causou um arrepio.

— Oi!

O que vai beber? Eu vou querer o mesmo. — Perguntou o rapaz que antes lhe observava de longe.

— Um refrigerante. — Sem encarar o rapaz, que passou sua frente pegando dois refrigerantes.

Alice voltou sua atenção para a pista de dança, enquanto bebia seu refrigerante ao lado do rapaz, que ela percebia que a olhava fixamente.

— Como se chama a garota mais bonita da festa? — com um sorriso de canto.

— Não sei, ainda não a encontrei por aqui. — Zomba Alice.

— Tem senso de humor, gosto disso! — Terminando seu refrigerante em um só gole, recebendo um leve sorriso de Alice.

— A engraçadinha aceita dançar comigo? — Estendendo a mão para Alice.

— Pode ser. — fingindo desinteresse no belo rapaz e estendendo a mão em seguida para que ele a leve para a pista.

Dançaram algumas músicas juntos, mas sem toques, pois eram músicas mais agitadas, apenas trocando olhares e sorrisos.

Com a música em um ritmo mais calmo, o jovem se aproximou de Alice depositando as mãos em sua cintura, a trazendo para mais perto de seu corpo. Ela, meio sem jeito pela proximidade, entrelaçou as mãos pelo pescoço do rapaz, que sorriu olhando diretamente em seus olhos, após alguns segundos, desviou seu olhar para os lábios de Alice, engolindo a seco.

Levou uma das mãos até o rosto de Alice, afastando uma mecha de cabelo que insistia em cobrir seu rosto. Alice já não conseguia fingir indiferença, seu olhar percorreu cada detalhe do rosto do rapaz, e já com uma mínima distâncias entre seus lábios, Alice sente o celular vibrar sem parar, na pequena bolsa que carrega junto ao corpo. Com um sorriso frustrado, pega o celular e vê o número do pai, se afastando do rapaz e pedindo licença para atender o telefone, distanciando-se da música alta.

Vitor queria saber se estava tudo bem e se ela queria que ele a buscasse. Alice dispensou rapidamente o pai dizendo que estava bem e que ele poderia ficar tranquilo. Já guardando o celular na bolsa para voltar para perto dos outros, foi surpreendida pela mesma voz que a abordou na mesa de bebidas.

— Está tudo bem? Era importante?

— Era o meu pai, e se eu não atendesse, ele apareceria aqui em dois minutos.

— Então a princesa tem pai brabo?

— Digamos que, ele seja zeloso e um tanto quanto ciumento.

— Não tiro a razão dele.

Podemos continuar de onde paramos?— encurtando a distância entre os dois.

— Na dança? — Se fazendo de desentendida.

— Não, nisso... — Colando seus lábios nos de Alice, que correspondeu.

E mesmo sem saber o nome um do outro, trocaram beijos por longos minutos, interrompidos por Anny, que avisou que a carona de Alice havia chegado.

— Tchau!

Foi um prazer lhe conhecer! — Piscando para o rapaz e se distanciando com certa pressa.

— Maluquinha! Não me disse nem o nome...