A batida. - Capitulo 16. -

De repente, o trem fez uma curva abrupta.

— Isso não vai acabar bem! — gritou Chloe, agarrando-se ao assento enquanto os trilhos começavam a fazer sons estranhos e alarmantes. O trem parecia estar se inclinando para o lado, e a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer me fez sentir um nó no estômago.

— Segurem-se! — eu gritei, tentando manter a calma, embora a incerteza nos rodeasse. Olhei pela janela e vi a linha do horizonte desaparecer rapidamente, com o mar surgindo à nossa frente. Parece que estamos indo para o oceano!.

— O quê? Não! Isso é impossível! — Violet gritou, seus olhos arregalados de pânico. — Nós vamos cair! Não podemos deixar isso acontecer!* Ela se agarrou a Henry, e ele a abraçou com força, tentando oferecer algum conforto em meio ao caos.

— Precisamos encontrar uma saída! — Andrew disse, olhando ao redor desesperadamente. — Se o trem vai sair dos trilhos, precisamos nos preparar. Rápido! — Ele olhou para o painel de controle, mas não havia nada que pudéssemos fazer. O trem estava completamente fora de controle.

— Não vai dar tempo! — Emma gritou, desesperada. — Estamos indo direto para o oceano! — Ela olhou para a janela, os olhos preenchidos de terror. O mar estava cada vez mais perto, e o trem continuava a acelerar sem parar.

De repente, o trem fez uma curva tão abrupta que todos fomos jogados para o lado. O som do metal raspando nos trilhos e o rangido das rodas ecoaram pelo ar, e em um piscar de olhos, o trem estava fora da linha. Não havia mais trilhos à nossa frente — apenas o abismo.

— O que vai acontecer com a gente? — Perguntei, a voz trêmula de medo. Olhei para Joshua, que parecia estar tentando entender o que estava acontecendo.

— Temos que sair disso vivos. Todos nós! — diz Joshua.

O som metálico das rodas quebrando a estrutura foi a última coisa que ouvimos antes do impacto.

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O trem deslizou, derrapou e finalmente perdeu completamente o controle. Com um estrondo ensurdecedor, ele caiu dos trilhos e despencou em direção ao oceano. A água saltou para o ar como uma parede gigante quando o trem se chocou contra o mar, e o barulho foi aterrador, como um gigante colidindo contra as águas.

Mas, de alguma forma, conseguimos nos segurar. A água entrou rapidamente nas cabines, mas todos conseguimos manter a calma, mesmo com a sensação de estarmos sendo puxados para o fundo. O trem começou a afundar lentamente, mas o movimento da água nos deu uma pequena janela de oportunidade. Todos nós começamos a correr para as saídas de emergência, e por incrível que pareça, dessa vez conseguimos abrir a porta. A pressão da água aumentava, mas não havia tempo para hesitar.

— Temos que sair agora! Andrew segurou Violet com força enquanto todos nós nos apressávamos para a porta. A água já chegava até nossos joelhos, e o trem estava se inclinando mais. O pânico era iminente, mas a única coisa que importava era sair de lá.

— Eu não consigo respirar direito! — Emma disse, sua voz abafada pela água que estava começando a invadir a cabine. Ela estava lutando para se manter de pé, mas seus olhos estavam focados na saída.

Com um esforço final, conseguimos sair do trem. A água estava fria e implacável, mas conseguimos nos apoiar nos destroços do trem enquanto nadávamos para longe da cabine que se afundava. Todos nós conseguimos, um por um, sair do trem e nadar para a superfície.

— Estamos quase lá! — Scott gritou enquanto me puxava para mais perto, ajudando a manter a cabeça acima da água. Todos nós, sem exceção, lutávamos contra as ondas, mas conseguimos ver uma luz à distância — uma pequena ilha.

A água estava fria, mas a força de vontade foi mais forte. Cada um de nós nadou, sem parar, até que finalmente chegamos à costa da pequena ilha. Ofegantes, molhados e com os corações acelerados, todos nós nos reunimos na areia.

— Todos... todos estão bem? — Perguntou Joshua, olhando ao redor com os olhos cheios de alívio. Cada um de nós respirava pesadamente, mas a sensação de estar vivo nunca foi tão forte.

— Eu achei que... que não iríamos sair dessa. — Violet sussurrou, olhando para os destroços do trem no mar.

Apesar do medo e do caos que vivemos, todos estavam vivos, e por agora, isso era o suficiente. O trem, que antes parecia ser nossa única saída, agora estava se afundando no oceano, mas nós, contra todas as probabilidades, estávamos ali — sobreviventes, com uma nova chance de recomeçar.

E enquanto o sol começava a se pôr, iluminando a costa com uma luz suave, sabíamos que a luta ainda não havia terminado, mas que juntos poderíamos enfrentar qualquer desafio que surgisse.

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Ainda sem acreditar que estamos vivos.

Aproveitei para tirar o moletom de Josh, estava me sufocando, estava tão encharcada que fez eu ficar mais pesada ainda. Então a deixei secar em cima de uma pequena rocha.

Todos estavam tentando se secar ficando um pouco no Sol, enquanto eu, estava apenas tentando raciocinar o quê estava acontecendo.

— Você está bem?. — perguntou Josh se aproximando.

— Depois de tudo isso, acho difícil ficar. — falei. — É estranho falar que essa foi a fase mais difícil? Sei que lutamos contra vários monstros e etc..

— Mas esse foi o mais assustador, eu entendo.

— Eu fiquei com tanto medo. — falei com feição de choro. — Mas tentei ser forte para não desesperar o pessoal.

— Eu te entendo, também estava me sentindo assim. — falou josh se aproximando de meu rosto.

— E você? Está se sentindo bem?. — falei ficando corada.

— Estou. Me sinto bem sabendo que todos estamos vivos. — diz ele olhando para o mar.

— Sinto o mesmo. — falei e comecei a me coçar. — Definitivamente preciso de um banho e roupas novas.

— Eu também acho. — falou rindo e eu ri junto.

— Josh..

— Oi?.

— Eu gostaria de te falar uma coisa..

Mas antes que eu pudesse dizer algo. quando menos esperávamos, saímos da praia, e aparecemos aleatoriamente em uma selva.

Todos nós estávamos com roupa secas e limpos.