A Réplica. - Capitulo 4. -

— Tem outra Charlotte? — perguntou Scott.

— Não estou entendendo nada. Vamos enfrentar uma cópia minha? — perguntei, confusa.

— Parece que sim — respondeu Chloe.

— Pelo visto, os jogadores de hoje são apenas pirralhos — provocou a réplica, com um sorriso debochado.

— Pirralhos? Poderiam ter feito uma cópia melhor, não acha? Você não chega nem aos meus pés — retruquei, desafiadora.

— Não tenho tempo para essas brincadeiras — respondeu a réplica friamente.

— Diz isso quem está dentro de um jogo — comentou Joshua, rindo.

— Eu sou Esmeralda — apresentou-se a réplica.

— Ah, então é por isso que a única coisa diferente em você são os olhos verdes — falei, observando-a com mais atenção.

— Exato — disse ela, materializando uma chave em sua mão. — O objetivo de vocês é tirar essa chave de mim.

— Nessa sala cheia de espelhos? Isso será quase impossível.

— Por que você está sangrando? — perguntou Henry, notando algo estranho.

— Ora, ora, temos aqui uma criança curiosa. Você será o primeiro que eu matarei — ameaçou Esmeralda, com um sorriso sombrio.

— Nem pense nisso — respondi, com o sangue fervendo.

— E se eu fizer, o que você vai fazer? — desafiou Esmeralda, pegando um pedaço de vidro afiado.

— Se tocar nele, eu mesma vou acabar com você — disse Chloe, posicionando-se entre Henry e a réplica, com um olhar decidido.

— Vejo que os jogadores de hoje têm coragem. Admirável — comentou Esmeralda, com um tom sarcástico.

— Estamos perdendo tempo aqui — interrompeu Violet, impaciente. — Só temos dezessete minutos. Vamos pegar logo essa chave.

Avançamos todos contra Esmeralda. Sophie se tornou invisível para tentar roubar a chave, mas foi surpreendida por um golpe da réplica e caiu ao chão. Confusa com o reflexo nos espelhos, Sophie gritou ao se deparar com uma réplica de si mesma.

Eu tentei controlar o tempo, mas só consegui pará-lo por dois segundos, ainda sem dominar bem o poder. Enquanto os outros se distraíam com os espelhos, quase fui atingida, mas Chloe, que estava perto, me puxou para o lado, salvando-me. Chloe então se preparou para lançar um raio, embora fosse difícil sem o céu visível para ajudá-la. Ela conseguiu redirecionar o raio para um espelho, e o reflexo acertou Esmeralda, que caiu, mas logo se levantou e criou uma barreira.

"Proteja o Henry!" — ouvi o grito de Violet. Virei-me e vi a réplica de Sophie com uma faca, pronta para atacar Henry. Empurrei a réplica para longe e pedi que Chloe segurasse Henry e cuidasse dele. Dessa vez, parei o tempo de maneira instintiva, sem esforço. O cronômetro também parou, e todos estavam congelados, permitindo que eu me movesse livremente.

Aproveitando a oportunidade, transportei todos para o início da sala, onde começamos. Coloquei as réplicas próximas a Esmeralda, quebrando pedaços de vidro e posicionando-os de modo que, ao voltarem ao normal, Esmeralda e a réplica de Sophie se ferissem gravemente. Quando tudo voltou ao normal, a réplica de Sophie perfurou o próprio crânio com o vidro, enquanto Esmeralda feriu seu olho, espalhando sangue pela sala.

Com Esmeralda vulnerável, Joshua usou sua supervelocidade para girar ao redor dela, fazendo-a cair. Ela implorou por piedade, mas Sophie, irritada por ter uma réplica "tão mal feita", pediu permissão para acabar com tudo. Henry criou uma barreira de terra para nos proteger, enquanto Sophie, furiosa, explodiu todas as réplicas de uma vez. Uma chave prateada voou, e Henry a pegou, entregando-a para mim.

| 2 MINUTOS RESTANTES |

— Podemos sair daqui agora? — perguntou Sophie, impaciente. — E por que você não para o tempo em todos os níveis? Seria mais fácil congelar o cronômetro.

— Você acha que é tão simples assim? Deve ter um limite para o poder dela — comentou Joshua.

— Todos estão bem? — perguntou Violet, verificando Henry.

— Sim, mãe — respondeu Henry.

— Também estamos bem — respondeu Chloe.

Nos dirigimos à porta, e escapamos daquela sala. Bella havia avisado que as primeiras fases seriam "razoáveis", mas foi bem mais difícil do que imaginávamos.

O que nos espera no nível três? Chega de coisas sobrenaturais. Se salvar o mundo significa passar por isso tudo, quero um Oscar quando sair daqui.

Ao atravessar a porta, entramos em uma sala diferente, repleta de comida.

— Que sala é essa? — perguntou Emma.

— Tiveram piedade de nós? Vamos poder comer? — perguntou Scott, incrédulo.

— Acho que sim. — olhei para as comidas, mas continue sem fome.

— Boa noite — anunciou uma voz, surgindo em um telão. Era um homem mascarado.

— Agora querem ser bondosos, que piada — comentou Joshua.

— São 03:38 — respondeu o homem mascarado.

— Eu deveria estar dormindo, não participando desse jogo medíocre — disse Violet, exausta. — Espero que o próximo nível seja fácil.

— Todos esperamos isso — concordou Emma.

— Eu vou comer. Se essa comida me matar, ao menos descanso em paz — disse Scott, resignado.

— Concordo. A comida parece boa — comentou Joshua.

— Ele desapareceu.

— Quem? — perguntou Violet.

— O mascarado.

— Vamos comer, não temos nada a perder — respondeu Violet.

— O que será que vem a seguir? — perguntou Scott, pegando uma maçã.

— Aposto em lobos.

— É possível. Depois disso tudo, nada mais me surpreende — disse Sophie.

— Talvez vampiros novamente; disseram que eles iriam voltar — respondeu Scott.

— Porra!. — gritou Scott. — a maçã está preta por dentro.

— Quê?. — Sophie se aproximou de Scott, pegando a maçã de sua mão. — tem bichos. — Eca.

Sophie largou a maçã e a deixou cair no chão. Logo depois, percebemos que todas as comidas estavam com algo de estranho, todas começaram a se transformarem em mini seres, parecendo bichinhos

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