Mal tínhamos começado a relaxar, pensando que finalmente teríamos um momento de paz, quando fomos surpreendidos novamente. A sala estava infestada de pequenas criaturas que se moviam rapidamente, uma onda escura e pulsante.
Josh não hesitou: pegou as facas que estavam na mesa e lançou-as em um movimento rápido e preciso, atingindo cinco criaturas ao mesmo tempo. Mas eram dezenas, talvez uma centena, e o número parecia aumentar. Aquilo me dava uma sensação de pânico – ver tantos bichos juntos sempre me deixou agoniada.
Andrew, Emma e Violet se juntaram à luta, agarrando qualquer objeto ao alcance – facas, colheres, pratos – e lançando contra a horda. A sala rapidamente se transformou num caos. No entanto, havia uma criatura diferente: cada vez que era atacada, ela crescia, absorvendo os impactos e se tornando mais ameaçadora.
Josh, com sua força sobre-humana, levantou a mesa e a jogou com toda a força sobre as outras criaturas, esmagando boa parte delas de uma vez. Mas a criatura que crescia ainda estava ali, maior e mais perigosa.
— Sophie, usa seu poder de destruição! — gritei, teleportando-me para longe dela.
— Eu... eu não sei se consigo — ela hesitou, a tensão visível em seu rosto.
— Faz poucas horas que você o usou. Acredito que consiga! Por favor, Sophie, precisamos acabar com esse monstro agora!
Sophie respirou fundo, seu olhar se endurecendo. Ela fechou os olhos por um instante, concentrando-se. Quando os abriu, estavam brilhando com uma intensidade sombria. Ela levantou as mãos, e uma energia escura começou a se formar ao seu redor, ondulando como uma tempestade prestes a explodir.
De repente, a energia se lançou do seu corpo direto contra o monstro. Um som ensurdecedor preencheu o ambiente enquanto a criatura gritava, seu corpo se desfazendo em cinzas sob a força destrutiva de Sophie. Em segundos, não restava nada do monstro além de uma névoa leve e o silêncio pesado que ficou na sala.
Sophie caiu de joelhos, exausta, mas com um olhar de vitória. Eu me aproximei e coloquei a mão em seu ombro, aliviada.
— Você conseguiu — sussurrei, impressionada.
Ela apenas assentiu, um leve sorriso em seu rosto.
A sala estava uma bagunça, mas finalmente tínhamos paz... pelo menos por enquanto.
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4:27.
— Vocês ouviram isso? — perguntou Scott, em um sussurro tenso.
— Ah, é o homem mascarado — respondeu alguém, reconhecendo a voz fria.
— Agora, vão para a próxima fase — anunciou o homem mascarado, sem emoção.
— E pensar que ainda estamos no nível 3 — murmurou Emma, frustrada.
— Sem enrolação. Vocês vão para outra sala — continuou o mascarado. — Sigam por aquele corredor.
Entramos na próxima sala, e lá estava ela: uma criança parada no centro do espaço, com um olhar vazio e intenso.
A sala era um labirinto, iluminado por luzes nas paredes, revelando várias armadilhas pelo caminho, embora mal escondidas.
— Uma criança? — questionou Scott, confuso.
— Não vou machucar uma criança — disse Joshua, hesitante.
— Então vamos morrer. Essa garota só pode ser uma sobrenatural — retrucou Sophie, séria.
— Concordo com Sophie — assentiu Andrew.
— Você não fala, não, menina? — perguntou Chloe, desconfiada.
— Fala direito. Ela tem cara de quem vai te matar num piscar de olhos — alertou Violet.
A menina nos observou com um olhar fixo e perturbador, até que quebrou o silêncio:
— 제 이름은 에밀리입니다.
— O que é isso? Japonês? — perguntou Sophie, confusa.
— Quase. É coreano — respondeu Chloe.
— O nome dela é Emilly.
Emma suspirou.
— Que ótimo. Chloe, você vai ter que traduzir o que ela disser. — Diz Joshua.
— Charlotte tem super inteligência, ela consegue traduzir também. — Fala Violet.
— Ela fala nossa língua também. Só deve estar se divertindo.
Emilly nos observou por mais um tempo e, em um tom ameaçador, disse:
— Se quiserem sair daqui, vão ter que me derrotar. Minha boneca guarda a chave, mas ela não vai facilitar para vocês.
O tom gelado da menina nos fez estremecer. Joshua bufou, incrédulo.
— Então temos que tirar a boneca dela. Mas como?
Henry olhou ao redor, notando o cronômetro na parede.
— Temos 21 minutos. O que vamos fazer? — perguntou Joshua, cada vez mais tenso.
— Violet, use sua invisibilidade. Andrew, sua camuflagem. Vão até ela e tentem pegar a boneca.
— Certo. Está pronta, Violet? — perguntou Andrew, já desaparecendo.
— Pronta. Vamos — respondeu Violet, sumindo em seguida.
Mas Emilly apenas sorriu, seu olhar frio e impassível.
— Eu posso ver vocês — disse, deixando claro que nossa tentativa de surpresa não daria certo.
— Não é possível — sussurrou Violet, assustada.
Emilly apertou a boneca contra o peito, seus olhos brilhando com uma energia sombria.
O cronômetro continuava a correr. Restavam apenas 16 minutos. Estávamos sem opções.
— Eu posso usar minha força para tentar imobilizá-la — anunciou Joshua, dando um passo à frente.
— O que ele vai fazer? — Chloe perguntou, apreensiva.
— Vou estrangulá-la até que solte essa boneca — respondeu Joshua, decidido.
— Ela parece uma criança, mas não é — disse Emma, segurando a respiração.
— Sabiam que minha boneca tem poderes? — Emilly murmurou, com um sorriso sombrio.
A tensão aumentava enquanto ela se aproximava lentamente de nós, o rosto inexpressivo, mas mortal. Era agora ou nunca.
Enquanto Joshua avançava, Scott teve uma ideia.
— E se jogarmos alguma coisa nela? Algo pesado o suficiente para quebrar a boneca?
— Boa ideia — concordei, procurando algo na sala.
Andrew encontrou uma viga de metal solta em um canto. Pegando-a, ele a ergueu junto com Joshua, e ambos avançaram.
Enquanto Joshua segurava Emilly, impedindo-a de reagir, Andrew usou toda a força para acertar a boneca, esmagando-a com a viga. A boneca se partiu com um estalo seco, soltando uma fumaça escura que sumiu no ar.
Henry teleportou-se até eles, pegando a chave que havia caído da boneca destruída.
Assim que a boneca foi quebrada, um silêncio mortal caiu sobre a sala. Todos nós ficamos paralisados, observando os pedaços da boneca se espalharem pelo chão, enquanto uma estranha fumaça escura se dissipava no ar. Mas o olhar de Emilly mudou de uma expressão inexpressiva para um ódio profundo e incontido. Ela olhou para a boneca destruída, os olhos brilhando com uma fúria sobrenatural.
— Não… — ela sussurrou, quase inaudível. Mas logo o sussurro se transformou em um grito ensurdecedor. — NÃO!
Ela estendeu as mãos, seus dedos se contorcendo com poder, e, em um piscar de olhos, a sala parecia tremer. O chão se rachou ao redor dela, e uma energia escura começou a emanar de seu corpo. A boneca destruída parecia voltar à vida, com os pedaços flutuando no ar e se recompondo, enquanto Emilly, com os olhos agora completamente negros, avançava na nossa direção.
— Vocês DESTROEM O QUE É MEU! — gritou, sua voz ecoando por toda a sala. A fúria dela era palpável, como se o próprio ambiente estivesse sendo distorcido pela raiva que ela irradiava.
Antes que pudéssemos reagir, Emilly fez um gesto violento com as mãos, e de repente, uma onda de energia escura nos atingiu, fazendo com que a sala fosse envolta em sombras. A cada passo que ela dava, o chão se rachava ainda mais, e objetos ao nosso redor começavam a ser projetados pelo ar, como se a própria sala estivesse se revoltando contra nós.
— Eu vou MATÁ-LOS TODOS! — ela gritou, avançando sobre nós com uma velocidade sobrenatural. A boneca, agora completamente restaurada e cheia de uma energia maléfica, flutuava ao lado dela, como uma extensão de sua própria vontade.
Joshua foi o primeiro a reagir, indo para a frente para tentar segurar Emilly novamente. Ele usou toda sua força, mas, com um movimento rápido, Emilly o empurrou para longe com uma onda de energia, fazendo com que ele caísse no chão. Ela então se virou para Violet, que ainda estava invisível, mas não pôde escapar da fúria de Emilly, que, com um gesto, revelou sua localização.
— Não há como se esconder! — Emilly riu com uma risada sinistra.
O ar estava carregado de tensão, e a cada segundo que passava, ficava claro que a luta com Emilly não seria fácil. Ela estava mais poderosa do que nunca, e sua boneca não era apenas um objeto — era uma extensão de seu próprio poder. Precisávamos agir rápido, antes que ela destruísse todos nós.
— Precisamos agir rápido, ou ela vai destruir tudo — falei. — Se usarmos nossos poderes de forma coordenada, podemos derrotá-la.
Comecei a coordenar todos os movimentos. Enquanto Emilly estava concentrada em tentar nos esmagar com suas ondas de energia.
— Joshua, você vai usar sua velocidade para desviar dos ataques dela e desarmá-la! Scott, você usa sua super força para segurá-la enquanto isso! Chloe, prepare-se para atacar com seu raio assim que a oportunidade aparecer. Henry, prepare a terra ao nosso redor para que possamos usá-la a nosso favor!
Joshua assentiu, seus olhos cheios de determinação. Ele estava pronto.
— Estamos em uma sala sem terra alguma, apenas piso normal. — Diz Violet.
— Eu consigo dar um jeito. — Falou Henry.
— Vamos fazer isso! — disse Josh, e antes que alguém pudesse reagir, ele já estava em movimento. Com sua super velocidade, Joshua disparou para o lado, desviando de um ataque de energia lançado por Emilly. Ele se moveu tão rápido que parecia desaparecer, reaparecendo atrás dela com agilidade impressionante. Emilly tentou reagir, mas ele a evitava com facilidade.
Enquanto isso, Scott, com sua super força, avançou em direção à Emilly. Ele a segurou com força, impedindo-a de usar suas habilidades para criar mais ataques destrutivos. Ela tentou se soltar, mas ele a mantinha firme, mesmo com a energia que ela emitia tentando se libertar.
— Não vai escapar de mim! — gritou Scott, suas mãos pressionando as de Emilly enquanto ele a mantinha no chão.
Me aproximei de onde Emilly estava sendo imobilizada e, com um movimento rápido, comecei a pensar, e lembrei que Emilly dependia fortemente de sua boneca e de seu poder de controle sobre a energia sombria. Se conseguissem desarmá-la completamente, ela perderia sua força. E espero que dessa vez a boneca não se restaure novamente.
— Chloe, agora! — ordenei.
Chloe, com seu poder de raio, não hesitou. Ela disparou um raio de eletricidade com precisão, acertando a boneca nas mãos de Emilly. A energia elétrica fez a boneca vibrar e chiar, e antes que Emilly pudesse reagir, a boneca foi destruída, pedaços voando para longe.
— NÃO! — Emilly gritou, em uma explosão de raiva, e sua energia sombria começou a se espalhar pela sala, fazendo o chão tremer novamente.
Mas Henry, que havia observado o comportamento de Emilly, sabia o que fazer. Usando seu poder de controlar a terra, ele fez o chão ao redor de Emilly se levantar em um grande manto de pedras afiadas, aprisionando seus pés. Ela tentou se mover, mas as pedras começaram a se expandir, prendendo-a ainda mais.
Sophie tentou ajudar, mas estava fraca por usar seu poder, então Andrew e Violet ficaram com ela, e a curando.
Emilly, furiosa, tentou usar suas energias sombrias para se libertar, mas os poderes de Henry eram fortes o suficiente para mantê-la presa. A energia sombria que ela controlava foi enfraquecendo à medida que a terra a aprisionava.
Joshua, aproveitando a oportunidade, usou sua velocidade para se aproximar de Emilly com uma agilidade inacreditável. Ele apareceu ao lado dela em um segundo e, com um golpe certeiro, agarrou seus pulsos, impedindo-a de usar mais poder.
— Você não vai mais nos controlar — disse Joshua, sua voz firme.
Com a boneca destruída e Emilly agora imobilizada pela terra e cercada pelos ataques coordenados do grupo, ela não teve mais forças para continuar lutando. Seu corpo parecia murchar, e a energia sombria que a envolvia desapareceu, deixando-a frágil e indefesa.
Scott, usando sua força, levantou Emilly do chão e a segurou, impedindo qualquer reação.
— Chega, Emilly. Isso acaba aqui — disse ele, olhando para ela com um semblante decidido.
Com a combinação de nossos poderes e a coordenação perfeita, conseguimos derrotar Emilly e neutralizar sua ameaça. A sala, que antes estava tomada por caos, agora estava em silêncio. A energia sombria que ela exalava se dissipava lentamente, e a boneca que a mantinha tão forte foi finalmente destruída.
Henry olhou para todos nós, com um suspiro de alívio.
— Conseguimos. Mas não podemos baixar a guarda. Ainda temos mais desafios pela frente.
— Aonde está a chave?. Ainda está com você Henry?.
— Não está em nenhum bolso. — respondeu Henry.
— Está aqui. — Diz Violet encontrando a chave jogada pelo chão.
Apesar da vitória, sabíamos que isso não significava o fim de tudo. Mas, por agora, conseguimos nos livrar de Emilly, e ela não nos causaria mais problemas. Pelo menos por enquanto.
Antes de sairmos da sala, Violet e Andrew ajudaram a gente a se curar com seus poderes.
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Atualizado até capítulo 36
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