Ao entrar na sala seguinte, o que encontramos foi um cenário assustador: várias estátuas espalhadas por todo o espaço. O ambiente estava tenso e carregado de uma energia estranha, como se o tempo ali fosse distorcido e o perigo nos rodeasse a cada passo.
"Estátuas... O que isso quer dizer?", murmurou Sophie, com um olhar cauteloso.
"Não sei", respondeu Chloe, o nervosismo evidente em sua voz. Eles estavam prestes a descobrir que aquilo era apenas o começo de algo muito maior.
Uma figura apareceu à nossa frente, uma mulher alta com longos cabelos escuros, virada de costas. "Bem-vindos", ela disse sem virar para encarar o grupo.
"Você é... Medusa?", perguntou Joshua, o tom de incredulidade claro em sua voz.
"Sim", respondeu a mulher, ainda sem olhar para nós. "Sou a próxima adversária que terão que enfrentar."
"Quanto tempo temos?", perguntou Scott, já se preparando para o pior.
"Duas horas", respondeu Medusa, sua voz fria e impessoal. "A batalha começa agora."
Com essas palavras, ela virou-se para encarar o grupo, mas algo nos impediu de reagir imediatamente. "Não olhem para ela", gritou Chloe, tentando evitar que alguém cometesse o erro fatal de olhar diretamente para Medusa. Sabíamos que uma única visão de seus olhos ou até de seu rosto poderia ser o suficiente para nos transformar em pedra, como acontece com todos que a encaram.
De repente, Andrew, o mais imprudente de nós, não resistiu. Olhou para Medusa, e em um piscar de olhos, seu corpo foi petrificado. Chloe gritou, mas não havia nada que pudéssemos fazer a não ser procurar uma solução rápida. Medusa, indiferente à nossa angústia, apenas observava em silêncio.
"Há um cristal", disse Henry, com um brilho de esperança nos olhos. Ele nos entregou o objeto, que prometia restaurar uma vida perdida ou quebrar o feitiço de petrificação. O cristal brilhou ao toque, e, assim que o encostei em Andrew, seu corpo começou a se destransformar, o concreto se desfazendo aos poucos. Ele respirou fundo, voltando à vida, mas logo se viu sendo repreendido.
"Você não aprende, né?", resmungou Chloe, seu tom de frustração evidente.
Mas não tínhamos muito tempo para lamentações. Medusa já estava se aproximando novamente, e, com ela, a ameaça de uma luta mortal.
Medusa citou que não iria fazer com o quê ficassemos virando estátuas enquanto olhavamos para ela. Segundo ela, a luta seria muito rápida se todos nós ficassemos paralisados.
"Eu nunca pensei que veria isso", disse Sophie, tentando entender o que estava acontecendo. "Atena..."
A Deusa da sabedoria apareceu então, sua presença imponente preenchendo a sala. Ela parecia estar ali por um único motivo: derrotar Medusa de uma vez por todas.
A tensão aumentou ainda mais quando Perseu, o herói da mitologia grega, também surgiu. Ele não era apenas uma lenda; estava ali, determinado a completar a missão que havia sido dada a ele. Uma batalha entre Medusa, Atena e Perseu parecia inevitável, e sabíamos que isso poderia significar nosso fim.
"Não podemos deixar que eles se enfrentem", disse Joshua, percebendo que esse confronto não seria apenas entre os deuses e Medusa, mas também poderia envolver todos nós, que estávamos sendo arrastados para uma luta que não havíamos escolhido.
Perseu, com sua espada em mãos, avançou sem hesitar. Sua força era inegável, mas mesmo com a ameaça iminente, Medusa parecia mais astuta do que nunca. Ela havia sobrevivido a tantas batalhas, e sua habilidade em enganar e manipular o ambiente a tornava um adversário formidável.
A luta que se seguiu foi brutal. Medusa, apesar da força dos deuses ao seu redor, parecia estar em seu elemento. Ela se movia rapidamente, evitando os ataques de Perseu com uma agilidade surpreendente. Cada golpe de Atena com sua espada parecia ser absorvido pela própria Medusa, que se regenerava de forma misteriosa e quase sobrenatural.
Mas mesmo com todo esse poder, uma coisa se tornava clara: Medusa estava perdendo. A pressão dos ataques era demais, e, eventualmente, ela começou a ceder. Quando Perseu, com um golpe certeiro, acertou seu estômago, Medusa tombou, finalmente se desmoronando. Mas o que ninguém esperava era que, apesar de sua queda, Medusa não morreria. Sua cabeça foi cortada, mas ao invés de se desfazer, ela permaneceu viva, ainda se movendo e falando.
"Não subestimem o poder deste lugar", ela disse, sua voz mais baixa, mas cheia de raiva. "Ainda tenho controle sobre este jogo, e posso manipular o que quiser."
Os deuses, que haviam acreditado ter derrotado Medusa, se viraram, surpresos. Não podiam acreditar no que estava acontecendo. Perseu e Atena tentaram revidar, mas a batalha estava longe de acabar.
Medusa, agora completamente regenerada, se ergueu novamente, mais forte do que antes. Seu corpo estava imerso em uma energia sinistra, e a cada passo, sentíamos que a luta só iria piorar. Sabíamos que, se não fizéssemos algo logo, a vitória seria impossível.
Era uma guerra que não escolhemos, mas em que estávamos irremediavelmente envolvidos. E agora, mais do que nunca, precisávamos encontrar uma maneira de vencer, ou seríamos todos derrotados pela manipulação e força dessa deusa vingativa.
Cada ataque de Atena era meticulosamente desferido, mas Medusa, com sua habilidade sobrenatural de regeneração, parecia não sofrer com os golpes. Perseu, com sua foice, também estava tentando acertá-la, mas seus ataques se mostravam ineficazes contra a força estranha que Medusa parecia comandar naquele lugar.
Atena, começou a perceber que o confronto não estava levando a lugar nenhum. Cada vez que ela feriu Medusa, a deusa monstruosa se reconstituía, e o sangue que jorrava de seu corpo só fazia com que ela parecesse mais ameaçadora. Não era uma batalha que poderia ser vencida por simples força.
“Essa luta é interminável!”, Atena murmurou, o cansaço e a frustração começando a pesar sobre ela. Seus olhos, normalmente cheios de sabedoria e determinação, agora estavam visivelmente exaustos.
Perseu, por sua vez, já começava a questionar a razão de seu envolvimento. Ele sempre foi um herói, guiado por sua coragem, mas algo naquela luta parecia não fazer sentido. Ele encarou Atena, que estava igualmente desgastada. Medusa, por mais poderosa que fosse, não estava se rendendo e, na visão de Perseu, parecia cada vez mais uma força descontrolada, uma força que não poderia ser derrotada com as mesmas táticas que o haviam guiado em batalhas passadas.
“Talvez não devêssemos continuar”, disse Perseu, a voz carregada de cansaço. Ele sabia que sua missão era acabar com Medusa, mas parecia que essa era uma batalha que não tinha mais propósito. “Ela não é mais o monstro que era no passado. Talvez tenhamos cometido um erro ao entrar nesse jogo.”
Atena o olhou, sua espada ainda firmemente empunhada, mas seu semblante começava a relaxar. Ela sabia que Perseu estava certo. A luta contra Medusa não fazia sentido; aquela batalha não era mais sobre justiça, mas sim sobre um jogo cruel, manipulado pelas regras desse mundo estranho.
“Eu não estou mais disposta a continuar isso”, disse Atena, finalmente baixando sua espada. “Essa não é a batalha que eu queria travar. Medusa não é mais minha rival, e as regras desse lugar estão além de qualquer lógica que eu conheça.”
Perseu deu um passo para trás, sua postura de guerreiro começando a se desfazer. Ele havia perdido a motivação. “Então, vamos parar por aqui. Não precisamos mais lutar. O que Medusa está fazendo agora é algo que vai além de qualquer vingança antiga. Ela é parte de algo maior, e não podemos mais ser peças nesse jogo.”
Com um suspiro profundo, Atena concordou, e os dois, exaustos e desiludidos, começaram a se afastar de Medusa. Ela, por sua vez, os observava com um sorriso enigmático, como se soubesse o que estava acontecendo.
“Acho que é o fim para vocês”, Medusa disse com um tom de ironia, mas sem a mesma agressividade de antes. “Afinal, nem os deuses são imunes a se cansar da própria fúria.”
Perseu e Atena se afastaram sem dizer mais nada, ambos compreendendo que não podiam mais lutar, não podiam mais continuar alimentando uma batalha que não tinha mais sentido. O que restava agora era sair daquele lugar, deixando Medusa com sua vitória silenciosa.
E, com isso, a luta terminou, mas o impacto do que acontecera ainda pairava no ar, uma lembrança amarga de como até mesmo os mais poderosos podem desistir diante de algo que não podem controlar.
— Então, acabou?. Não precisamos fazer nada?. Nem lutar contra medusa?.
— Já resolvi problemas passados vencendo a luta, agora irei vencer vocês. — Diz medusa já exausta.
Sem tempo para enrolação, começamos a luta.
Violet concentrou sua energia mental e, com um movimento quase imperceptível, fez com que Medusa agarrasse a espada que estava ao seu lado. Em seguida, ela manipulou a mente da criatura para que cortasse seu próprio braço direito, algo que ninguém esperava que fosse possível. Violet, surpresa consigo mesma, não imaginava que sua habilidade fosse capaz de provocar tal efeito.
Andrew não perdeu tempo e, com um gesto rápido, usou seu poder de ventania para fazer Medusa cair pesadamente no chão. Henry, agindo sem hesitar, invocou sua habilidade com a terra, criando um monte de rochas e sujeira que envolveu Medusa, aprisionando-a temporariamente.
| 8 MINUTOS |
"Ali está a chave", falei, apontando para o lado onde Medusa estava. Rapidamente, peguei a chave.
"Vamos, temos pouco tempo", disse Chloe, visivelmente ansiosa.
"Você está... pálida", observou Scott.
"Eu? Como assim?", respondeu Chloe, olhando para si mesma, confusa.
"Seus dentes... estão mais pontudos, não estão?", comentou Scott, com uma expressão desconfiada.
"A Chloe é uma vampira agora?", disse Joshua. "Talvez esteja começando a despertar."
"Ei, e quando eu vou virar um lobo?", Scott perguntou.
"Ah, talvez daqui a oito fases, quem sabe", disse Joshua, sorrindo.
"Engraçadinhos", resmungou Scott, mas não conseguiu esconder um leve sorriso.
"Vamos logo para a saída, temos só 3 minutos", Chloe disse, andando.
Corremos em direção à saída.
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Atualizado até capítulo 36
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