Capítulo XV

Maya ficou confusa com a reação do velho que lhe olhava apavorado.

– Sim, eu estou aqui com os Ferraz. Eu moro na chácara do Sr Roberto Ferraz.

– Por favor não me faça mal, sou apenas um velho! – disse se ajoelhando aos seus pés

 – Não! Não irei lhe fazer mal. Do que está falando?

 – Agora faz todo sentido a sua conexão com o Lobo, você traz consigo a maldição dos Maias para  essa terra, você é a era do Jaguar voltando para destruir tudo que estiver na sua frente! Não chegue perto de mim! Não chegue perto! 

O velho abriu o alçapão e saiu correndo, desesperado, e desapareceu na névoa sombria da floresta.

Maya não entendeu nada, balançou a cabeça em negativa e disse:

– Esse velho é completamente louco! Eu deveria trazer a era do Lobo, não?

 

 Mesmo com medo dos assassinos de outrora, Maya acabou saindo do esconderijo, pois precisava voltar ao acampamento antes que o Senhor Roberto percebesse.

Ela foi caminhando pela floresta e o medo voltou a lhe consumir, começou a se perguntar se aqueles assassinos estavam a espreita, a vigiando. Ela nunca sentira medo de nenhum animal ali da floresta quanto sentia do animal humano, que viu hoje.

 

Suas pernas tremiam e o medo estava lhe deixando sem conseguir pensar com clareza. Ela correu e se escondeu atrás de uma árvore enquanto a paranóia de estar sendo perseguida dominava a sua mente.

– Por favor, Lobo guardião, me ajuda! – ela disse para si, desejando proteção.

 Ela correu mais um pouco e se escondeu atrás de uma nova árvore.

– Por favor Lobo, apareça!

Ela ouviu um tiro, ecoar das profundezas da floresta e correu o mais rápido que pode.

Correu, correu e correu até perceber que estava fora da região proibida.

Ela se abaixou, se apoiando em seu joelho, arfando de cansaço.

Após se recuperar, ficou em uma posição ereta e disse para si mesma.

– Vai ver que esse lobo nem está vivo mais… Talvez deva desistir de reencontrá-lo.

 Tudo estava silencioso, não se ouvia nem o canto dos pássaros. Maya balançou a cabeça em negativa, se virou para continuar o caminho quando ouviu um rosnado vindo de suas costas, se virou e ficou hipnotizada com aqueles enigmáticos olhos amarelos de seu protetor, lhe observando.

 Ele continuou parado enquanto ela estava parada, ela deu um passo em sua direção e ele deu um passo para trás.

– Eu não vou te machucar, tudo bem? – ela diz olhando para o lobo que lhe olhava com aqueles olhos enigmáticos.

Ela desistiu de se aproximar e tomou a direção que estava indo e o Lobo começou a acompanhar de longe.

– Então você vai mesmo me proteger pelo caminho? – ela pergunta e ouve um rosnado baixo – Eu posso saber o seu nome?

O lobo apenas responde com um rosnado baixo.

– Lars? – Maya se pergunta nesse momento porque pensou aquilo – O seu nome é Lars? 

O Lobo volta a dar um rosnado baixo e a conversa para naquele momento.

A garota e o lobo  trilharam em silêncio o caminho até o acampamento, e quando chegaram perto o lobo parou de andar e começou a rosnar assustadoramente, mostrando todos os seus poderosos caninos. 

Ele olhava fixamente em direção ao acampamento e Maya parou, se escondeu e ficou silenciosamente observando as movimentações e vozes que vinham do local.

Ela correu e se escondeu em outro arbusto, para observar mais de perto e só nesse momento percebeu que as vozes eram do Senhor Roberto e dos outros caçadores.

Nesse momento olhou para Lars e pediu que partisse, pois tinha  medo que seu amigo se tornasse uma vítima daqueles homens.

Após se certificar que o animal desapareceu na névoa escura da floresta, ela foi andando até o acampamento

Os caçadores quando perceberam a presença da garota ficaram quietos instantaneamente e todos lhe acompanhavam com um olhar desconfiado.

O silêncio persistiu até que Bruno, primo de Nick interrompeu a questionando:

 – Maya, por onde andava? Sabe que não é seguro ficar andando por aí sozinha.

 

Ouvindo a voz de Bruno, Maya empalideceu, de repente se lembrou da voz de um dos assassinos daquela moça na floresta. Sua razão começou a lhe dizer que não poderiam ser a mesma pessoa, mas quanto mais ele falava, mais a certeza se implantara em seu coração.

 – Eu… eu… Fui caçar coelhos! – disse tentando disfarçar o choque.

 

– Não vejo nenhum coelho?! – disse Senhor Roberto se aproximando.

 – Não… Eu não… Eu não achei nenhum Senhor Roberto. – suas pernas tremiam e visivelmente estava com medo.

Foi nesse momento que os homens se entreolharam e Bruno se aproximou e abaixou a cabeça lhe encarando.

O coração da garota quase parou e voltou a bater violentamente em seu peito.  Bruno segurou em seu queixo, lhe fazendo obrigatoriamente a manter contato visual com ele e a questionou:

 – Você andou ouvindo gritos, Maya? Você foi para a região próximo as montanhas?

 Maya engoliu em seco, e respondeu gaguejando:

 – Na… Na… Não ouvi nada. A… a flo.. a floresta esta… estava silenciosa… co… como sempre!

 

Bruno rosnou de raiva e agarrou o seu pescoço, a suspendendo no ar e começou a sufocá-la.

 – Pois para mim parece que está mentindo!

...

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Comments

Taty de Jesus

Taty de Jesus

Meu Deus é agora que Maya morre

2024-04-18

1

erika tamires

erika tamires

estou amando cada detalhe da história ❣️

2024-04-13

0

Luiza Marra

Luiza Marra

Maravilhoso história incrível

2024-03-18

2

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