Capítulo IX

Durante as caçadas, Maya acabava por ficar sozinha, pois preferia não presenciar crueldades. Por isso, acabava preferindo ficar no acampamento, enquanto os outros iam para as partes mais perigosas da floresta. Ela também caçava, mas caçava pequenos animais apenas para preparar o alimento de todos.

A garota, possuía uma precisão capaz de acertar um coelho em movimento fatalmente, sem que o pobre animal sofresse. Nick admirava isso, pois alguém que consegue acertar um animal pequeno em movimento é uma demonstração de grande precisão e habilidade, ele porém não achava graça nenhuma nisso.

Nick gostava de ver o sofrimento do animal e às vezes demorava a terminar com a vida do ser moribundo, para que ouvisse por mais tempo os gritos e admirasse o sangue esguichando da ferida, propositalmente feita para causar sofrimento.

Já Maya, se especializou em terminar com a vida do bichinho com apenas uma flecha, sem causar sofrimento.

No acampamento, a noite chegou, e Maya já tinha preparado o assado de coelho na fogueira. Logo ela ouviu a movimentação dos homens chegando, animados e conversando.

Nick ao ver Maya foi em sua direção e puxou-a para perto de seu corpo lhe dando um beijo e apertando sua bunda enquanto isso, ela sorriu achando engraçado o jeito como ele era intenso e impulsivo. Eles não escondiam que estavam juntos para os caçadores e todos dali sabiam de seu relacionamento, pois se consideravam como uma irmandade, e eles compartilhavam tantos segredos que o relacionamento de Nick e Maya era uma coisa boba.

Bruno, primo de Nick, que estava no grupo, não conseguia tirar os olhos de Maya, Já fazia tempo que ele a olhava com desejo e isso já estava causando incômodo. Ele não era muito mais velho que Nick e Maya, e se sentou no banco de madeira e começou a olhar a a garota com lascívia. Ele não se esforçou nem um pouco para disfarçar e Nick, cansado dessa situação, reagiu com hostilidade:

– Perdeu alguma coisa aqui, seu boçal?!

– Me desculpe, primo! Mas você sabe como as noites na floresta são frias, não é? Poderia ser um bom garoto e dividir a sua linda gazela conosco! – os outros homens riram, menos Roberto, que olhava tudo com curiosidade.

Ele percebeu que os homens o estava desrespeitando e o filho, como futuro líder da irmandade, tinha que começar a impor respeito. Ele queria ver como o filho reagiria, se defenderia a sua presa como um alfa, mostrando quem manda, ou se cederia como um homem de segunda classe.

Nick se levantou, enrijecendo seus músculos e seu olhar era puro ódio. Nessa postura, ele conseguiu deixar os homens assustados. Ele parecia uma fera pronta para atacar.

– Ela é minha, ok?! Quem encostar em qualquer coisa que me pertence sem permissão, vai sangrar por minhas próprias mãos! – disse sacando a faca de caça da bainha.

– Só estávamos brincando, garoto. Não precisa exagerar, somos uma irmandade, lembra? E também, mês que vem já irá para faculdade, não deveria ficar assim por essa garota. Ela vai ficar aqui e quando voltar, vai estar acabada e com filhos. Como todas as filhas dos empregados. Mas nós? Nós estaremos sempre aqui lhe esperando irmão!

Maya ouvindo que seu amado iria embora olhou para Nick com lágrimas nos olhos, pois ele não tinha a contado que iria embora em breve.

– Cale sua boca, Bruno! – ele grita e se vira para a namorada –Maya, não fique assim! Eu iria te contar, ok?

Para Maya ele dizer isso só confirmava que tudo era verdade, ele iria embora e nem lhe preparou para a despedida.

Ela se levantou e foi andando, saido do acampamento. Seus passos foram ficando mais rápidos e logo começou a correr pela perigosa floresta sem rumo. Ela já não enxergava nada à sua frente, pois seus olhos estavam cegados pelas lágrimas.

Nick olhou para o pai sem entender porque ela agiu assim.

– Deixe a ir Nick, quando você voltar espero que volte com uma nora de verdade. Lembre-se dos deveres políticos! Não ficaria bem se casar com uma empregadinha.

– Deixe que eu vou atrás, primo. – disse Bruno se levantando e ajeitando a espingarda em seu ombro. – Sabe que se ela for para os lados da montanha, nós vamos ter que agir, e talvez você não consiga fazer isso.

– Ouça o seu primo, Nick. Sente-se aí e descanse. – diz o Sr Roberto tomando com tranquilidade uma xícara de café que foi preparado por Maya.

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Comments

Angela Valentim Amv

Angela Valentim Amv

Que merda que idiotas , ah com certeza eles vão se arrepender de ter feito alguma coisa com ela .

2024-02-28

3

Imaculada Abreu

Imaculada Abreu

O Nick esta se tornando um cara desleal e sem caráter

2024-01-12

3

Silvia Moraes

Silvia Moraes

Que povo ruim!! Ela deveria ter obedecido a senhora!! Uma mulher no meio desses homens!

2023-12-28

0

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