Capítulo XII

Em uma das caçadas, Maya entediada, resolveu caminhar pela floresta esperando encontrar seu guardião. Ela resolveu se arriscar a ir próximo a região proibida das montanhas, para procurá-lo, pois da última vez que o viu, foi por ali.

Avistou alguns animais pequenos pelo caminho e alguns bem grandes, mas nada de encontrar o tal lobo negro.

Ela andava com cuidado, para não chamar a atenção do perigo para si e também para não espantar o lobo, caso o encontrasse. De repente, ouviu um grito de alguém pedindo socorro, ela olhou para o alto e viu os pássaros voando em revoada e nos arbustos, pequenos animais saíram, fugindo em disparada.

Por um segundo Maya pensou que os gritos eram coisa de sua imaginação, mas de repente, ela ouviu novamente.

Imediatamente pensou que tinha alguém em perigo e começou a correr em direção ao grito, sem perceber que estava entrando na região proibida. A garota só pensava em ajudar a quem estivesse em perigo.

De repente, os gritos pararam e Maya também parou de correr. Ela puxou o seu arco, pegou uma flecha e já se colocou em posição, olhando a sua volta tentando identificar o perigo.

Percebendo que não havia nada escondido na densa floresta a sua volta, ela abaixou a flecha e relaxou os braços, porém foi nesse momento que seu braço foi puxado e sua boca tampada por uma mão, por trás. Ela tentou lutar, mas não conseguiu, a pessoa imobilizou seus braços e foi a levando até um local ali perto.

Chegando ao local em específico, a pessoa puxou do chão uma alçapão que estava camuflado por baixo das folhas secas que cobriam o chão. Assim que a pessoa a soltou, Maya já se virou, lhe apontando sua flecha, porém quando viu quem era, percebeu que era um velho, sujo, vestido com roupas camufladas. Ele exalava um odor fétido e tinha o rosto sujo com lama. Ela desistiu de seu ataque e abaixou a arma.

O velho colocou o dedo indicador nos lábios, sinalizando que ela ficasse em silêncio, e pediu que entrasse no esconderijo.

Apesar de ele não ter uma aparência agradável, Maya sentiu que poderia confiar nele e entrou no esconderijo também. Ela se sentou no fundo do buraco e obedeceu o velho fazendo silêncio.

Observou a sua volta por alguns instantes e viu um pequeno fogão improvisado com pedras e galhos de madeira em um canto. Havia também alguns potes com coisas ervas que ela não identificou. Havia também um bule e uma pequena panela empretecida pelo fogo.

De repente o silêncio foi quebrado por novos gritos de pedidos de socorro e Maya imediatamente se levantou para sair e tentar ajudar, porém foi impedida pelo velho, que segurou em seu braço firmemente.

Ela olhou bem nos olhos do senhor de idade e viu o pavor em sua expressão. Ela ficou paralisada olhando aquela expressão e acabou decidindo ficar, pois sentiu que sua vida corria perigo se saísse dali.

Os gritos se tornaram mais próximos e quando já se podia ouvir passos pisoteando as folhas secas ao redor do esconderijo, seus batimentos cardíacos dispararam, seus instintos lhe diziam que algo não estava cheirando a coisa boa.

Por uma fresta do alçapão do esconderijo, eles conseguiam ver os pés descalços e machucados de alguém e pelos gritos, perceberam que se tratava de uma mulher.

A mulher continuou gritando, desesperadamente e chorando, era algo desesperador. Ela parecia perdida, pois caminhava em uma direção e acaba voltando, ainda chorando.

De repente o seu último grito pedindo socorro é interrompido por um tiro, que ecoou por toda a silenciosa floresta. O corpo dela cai no chão, com o rosto virado para a fresta do alçapão e por ali, dava para ver um rombo em seu crânio e sua massa encefálica escorrendo pela abertura. Era uma cena de extremo horror, os olhos da garota que parecia não ser muito mais velha do que Maya, piscavam e sangue escorria pela sua boca.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***