Capítulo 7
Cassian
Eu não estava esperando que meus amigos daqui e conhecidos viessem para o jantar, mas devia ter desconfiado. Era a cara da minha mãe, fazer uma coisa dessas.
Enquanto estava pegando bebidas para mim e para Lize distraídamente, meu pai chegou ao meu lado, com uma taça de vinho tinto nas mãos.
- Então, qual é a sua com esta... menina? – ele pergunta
- Ué, estamos namorando, já falei!
- Por favor... Cassian a menina tem o que?
18anos?
- 19, vai fazer vinte - falo trocando meu copo de suco, por um de wiskhy
- Conhecendo você, vai usar esta menina e depois descartá-la! Isso se não a trouxe aqui apenas para me irritar... – ele diz baixo
- Acha que vivo pensando no senhor? É muito egocêntrico da sua parte pensar isso... – falo irritado
- Sei que não vive pesando em mim, se fosse o caso, já estaria noivo! Mas nem mesmo dinheiro faz você tomar juízo e assumir os negócios da nossa família! - ele diz com um brilho de decepção em seus olhos
Meu auto controle foi para o espaço!
- Bom, se quer mesmo saber, estamos noivos, vamos nos casar! - falo de repente e para meu azar, minha mãe estava atrás de mim.
- Casar? – ela diz alto, chamando a atenção de todos – a Deus... mal posso acreditar estar ouvindo isso – ela termina e me abraça.
Várias pessoas sorriem e ao longe vejo Lize me observar com os olhos arregalados.
- Conte para nós como foi o pedido Cass – minha avó surge do nada ao meu lado
- Isso! Conte! – diz meu pai em tom desafiador e não parecendo acreditar em mim
Minha mãe vai até Lize e trás para o meu lado, todos estavam nos olhando e esperando a história.
Finjo dar um beijo na bochecha de Lize e falo baixinho:
- Me ajuda...
Ela me olha assustada e não diz nada.
- Lize adora contar essa história, não é amor?
–falo e agora todos os olhos estavam em cima dela.
Lize suspira e aperta minha mão com força.
- Bom, o pedido foi lindo. Cass – ela fala usando meu apelido – ele é muito romântico, me levou para um restaurante para jantarmos e lá ele mandou que na minha sobremesa viesse escrito com chocolate no prato “casa comigo?” e foi até bom, porque assim que o prato chegou, ele chorava tanto que...
- Não chorei... – falo a cortando
- Chorou sim, não lembra amor? – Ela pergunta me encarando com um brilho de divertimento nos olhos
Olhei ao redor e todos sorriam.
- Talvez... uma lágrima – falo baixo e ouço risadas dos meus dois amigos que estavam ali.
- Pois é, enfim, ele ficou de joelhos – ela continua - tremia tanto que parecia uma criança, Cass não conseguiu fazer o pedido, ele apenas apontou para o prato escrito com chocolate – a desgraçada queria me humilhar – e eu tive pena, então disse que aceitava para ele parar de chorar como um bebê
- Não foi bem assim, mas ela gosta de enfeitar as coisas – falo por fim
- Cadê o anel dela, Cass? – minha avó pergunta
- É... bom...
- Mandamos ajustar e polir – Lize termina por mim
Meu pai ainda perto da mesa de bebidas apenas nos observava. Assim que terminamos a história, minha avó e minha mãe vieram nos parabenizar e logo todos que estavam ali também.
- O que houve com “não falar nada sobre o noivado”? – Lize pergunta, enquanto subíamos as escadas, após todos terem ido embora.
- Precisei falar para meu pai – digo apenas isso
Entramos no quarto e eu fecho a porta, com chave.
- Vou me trocar no banheiro - falo a ela
Quando saio, lize já estava de pijama e deitada na cama, caminho até o outro lado e ela fica me olhando, sentada na cama e com as cobertas até a barriga.
- O que ta fazendo? – ela pergunta
- Vindo deitar, óbvio!
- A cama é minha esqueceu?
- Não, mas não vou dormir no chão! Esqueça! – falo e deito me virando de costas, a última coisa que precisava era de uma ereção por causa dela de pijama encostada na minha virilha.
- Fique do seu lado da cama – ela diz e ouço se virar de costas para mim também.
Nem cinco minutos depois, ela não parava de se remexer e suspirar.
- O que foi mulher...?- pergunto irritado
- O relógio marca quase meia noite e ainda está claro lá fora – ela diz
No Alaska era assim, escurecia apenas duas ou três horas por noite. O restante era dia claro. Eu estava acostumado, nem notei. Peguei um controle na mesa de cabeceira e apertei o botão para fechar as persianas Blackout.
- Obrigada – ela deixe bem baixo
Depois disso eu apaguei. O dia tinha sido longo e cansativo.
*
Acordei com batidas na porta e em mim.
- Acorda Cassian – Lize dizia baixinho
- - o que é? – pergunto ainda sonolento
- A vovó ta na porta – ela diz e acho engraçado ela chamar minha avó assim como todos nós, mas também lembro que não disse seu nome a ela e vovó preferia que a chamassem assim.
- Droga – falo
Lize se ajeita e eu vou até a porta e abro. Minha avó entra mais rápido que se espera para sua idade.
- Vim trazer o café da manha para os pombinhos! – ela fala com uma bandeja cheia de coisas nas mãos.
- Obrigada – Lize diz sorrindo
Vovó coloca em cima da cama e olha para mim, depois para Lize. Todos ficamos nos encarando.
- Ah... desculpe, atrapalhei vocês? Deviam estar fazendo coisinhas né! A como é bom ser jovens e apaixonados! Eu e seu avô vivíamos igual coelhos, nos primeiros anos de casados! – ela fala e eu preciso me controlar para não vomitar com a cena que veio a minha cabeça.
Lize apenas sorri para a vovó.
- Vou deixar vocês terminarem – ela diz e pisca para mim quando sai
- Que nojo – falo baixinho e volto para a cama para comer, estava com fome, quase não comi ontem a noite.
- Acha que seus pais nasceram como seu idiota - ela fala
- Prefiro fingir que não sei - falo
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Maria José Diniz
rapaz parece que tô assistindo o filme proposta com Sandra Bullock kkkkkk só que o rapaz era secretário da mocinha.
2025-02-16
4
Flavia Felix
É delegado . Bebês são entregues pela cegonha 🤭
2025-01-14
0
amor por leitura 📚
kkkkkk...ela está se vingando dele
2025-01-26
0