Minhas amigas têm um novo crush e no refeitório elas não pararam de encarar eles, que nos encaravam de volta com os seus amigos.
Eu já estou prevendo o desastre, quando eles deixam a sua mesa para vir até a nossa. Rapidamente olho para os cantos das paredes do refeitório, atrás de alguma câmera que pegue o momento que eles se sentam ao nosso redor.
Todos eles são lindos, mas são os famosos “encrenca”, principalmente para mim. Se não fossem os uniformes da escola, eles andariam de preto, suas calças rasgadas, All Star preto e branco, ou botas, coturno, camisas brancas ou pretas e as famosas jaquetas de couro.
Os quatro se tornaram os bad boys da escola, o que chamou atenção das minhas amigas, e só fazem duas semanas que chegaram.
Eles são quadrigêmeos, dois são idênticos, os outros dois são gêmeos não idênticos, o que chamamos de gêmeos bivitelinos.
Não encontro nenhuma câmera, mas mesmo assim eu me levanto quando um dos quadrigêmeos, os dos gêmeos não bivitelinos, o mais alto de todos, se senta ao meu lado.
— Vejo vocês na aula, preciso ir ao banheiro — me levanto rápido, levando o restante da minha comida até a lixeira e deixando a bandeja em cima das outras, sem dar tempo das meninas me impedirem.
Meia hora depois que já estou na sala, elas entram com o restante da turma e fico aliviada por nenhum deles fazer aula conosco.
— O que deu em você? — Mari me pergunta ao sentar ao meu lado, Daisy e Phoebe se sentam à nossa frente.
— É, do nada você saiu correndo assim que o Ethan se sentou ao seu lado — Daisy diz se virando para mim.
— Ele te fez alguma coisa? — Phe pergunta.
— Não. Tenho namorados e não quero que ele ou eles achem que estou afim — dou de ombros — Simples.
— A gente também tem, e daí? — Mariene revira os olhos.
— É, não é como se a gente fosse trair os nossos namorados, e que por isso não podemos nos tornar amigas deles. — Day diz.
— Meu namorado é super possessivo e ciumento. Eu só quero evitar brigas — castigos e punições.
— Seu namorado não vai estar aqui na escola, já que nos disse que ele é mais velho que você, Feya. Então não vejo motivo para quando eles estão perto, você sair correndo — Mari, revira os olhos mais uma vez.
— Conheço meu namorado e sei o que estou fazendo. Não quero contato com nenhum deles e se vocês prezam o namoro de vocês, fariam o mesmo. Eles, a meu ver, são destruidores de corações e relacionamentos — elas reviram os olhos para mim — E, além disso, eu não confio na amizade de um homem e uma mulher que não acaba virando em algo mais em algum momento.
Elas continuam me olhando como se eu fosse uma alienígena e quando o professor entra elas se viram para frente e não falam mais nada.
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Elas não tocam mais no assunto até o fim das aulas. Já saímos do colégio quando avistamos eles no corredor e quando os quatro garotos nos veem a sair, eles sorriem e apressam o passo até nós, nos alcançando já no relvado e perto do portão.
Droga.
— Por que você fugiu mais cedo? Ethan Carter, que estava sentado ao meu lado no refeitório, coloca o braço sobre os meus ombros ao me perguntar.
— Isso nã… — paro de falar assim que olho para frente e vejo o Zach encostado no carro e de braços cruzados.
Merdaaaaa.
Jogo o braço do Ethan para longe tirando ele dos meus ombros e ando mais rápido até o moreno a minha frente.
— E-eu…
— Entra! — ele me corta abrindo a porta do carona para mim. Nem me deixando beijá-lo, quando tento e ele vira o rosto.
Entro no carro em silêncio e quando ele toma o seu lugar no volante começo a falar:
— Não é nada disso do que você está pensando, Zachary.
— É, e o que exatamente estou pensando? — ele me olha rápido, voltando a prestar atenção à estrada.
— Queee, ele… eu não. Não rolou nada ali, nunca nos falamos antes e ele simplesmente se aproximou e colocou o braço sobre o meu ombro. Foi de repente, sem eu esperar — digo tudo muito rápido.
Rápido demais para ele achar ser uma mentira.
— Qual a regra de todos os dias antes de você vir para a escola? — me pergunta com uma falsa calma na voz.
Merdaaa.
De todos eles que poderiam ter me encontrado com o braço do Ethan sobre os meus ombros, tinha que ser logo ele? O mais sádico de todos ao referir a uma quebra de regra minha. Ele usa o BDSM para tudo. Os outros gostam de brincar vezes ou outras, ele é fielmente o mais adepto ao masoquismo.
Quando a nossa brincadeira sexual nos leva ao prazer é maravilhoso. Gosto de ser sua submissa. A submissa deles dentro das quatro paredes, mas quando isso saí de casa e o castigo é pesado, não é tão maravilhoso assim.
— Eu não quebrei a regra, ele não encostou em nenhum p…
— Ah, não! — ele gritou me assustando — A mão dele estava perto demais do seu seio, Feya!
— Mas… mas ele não chegou a tocar Zach, eu juro!
— Mesmo que não tenha tocado, do jeito que ele estava falando e sorrindo, parecia muito íntimo de você. Não me pareceu alguém que você não conhecia e que chegou de repente jogando o braço por cima dos seus ombros — ele me olha, vejo fúria contendo em seus olhos.
Merda.
— Eu jamais dei uma palavra com ele antes de hoje, as garotas que tem se aproximado dele, e…
— Ah, sim. Estamos chegando lá. Suas “amigas” se aproximaram deles e você só estava lá. Lugar e hora errada. Foi exatamente assim que nós nos conhecemos há dois anos — ele é sarcástico. — Quero acabar de ouvir. Porque eu sempre te disse que essas garotas que você diz serem as suas amigas, iriam acabar ferrando você Feya. Como agora.
— Isso não é justo! Eu nunca faço nada, e sempre estou levando a culpa e sendo castigada. Não é justo Zachary.
— Não é justo? Vejo o garoto sorrindo para você e próximo demais, tocando em você. E não é justo? Os irmãos Carter são filhos de um dos nossos colaboradores da máfia. Não se meta com eles, pørra!
— Eu nunca falei com o Carter, com nenhum deles. Nunca dei confiança ou intimidade para que qualquer um deles se aproximasse de mim.
— Não era o que parecia. Conheço esses garotos e sei que nenhum deles vale o prato que comem. Você só tinha que obedecer uma das regras lá no colégio. Sem receber toques, amizade ou proximidade de qualquer garoto. Era apenas essa regra, Feya.
— O que posso fazer? Não tem como eu evitar todos eles, sempre Zach. Não dá! Estou num colégio cercado de adolescentes, do sexo masculino e feminino, isso é inevitável.
— Se você quiser, sim. É bem fácil, na verdade. Começando a se afastar das suas amigas que querem ficar de fogo com eles.
— Não vou me afastar delas por causa disso. Eu já estou longe de casa, num lugar totalmente diferente, escola e língua diferente e você quer que eu não tenha amizade?
— Amizade que te faz quebrar as regras e só mete você em furadas, não merece ser chamado de amizade. Elas sabem que você mora com o seu namorado e não veem problemas em te levar para uma roda cheia de garotos à flor da pele, doidos para transar.
Acabo bufando.
— Nem sempre vou conseguir afastar os garotos de se aproximarem de mim. Eu não tenho seus nomes tatuados em minha pele, ou uma aliança no dedo. Não tem como eles adivinhar que sou comprometida sem que cheguem perto de mim mais do que vocês gostariam, ou achem ser permitido.
— Se esse é o problema, a gente dá um jeito.
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Atualizado até capítulo 78
Comments
Edna César
o pior deles
2024-12-28
1
marciamattos mattos
acho que ela tá certa
2024-03-11
7
Andressa Silva
aff
2024-03-11
1