Cap 13 - Ele disse que estão seguindo uma nova pista...

📱Que pørra é essa que o Zachary nos disse?

📱 Não precisa gritar no meu ouvido, pørra!

Digo revoltado. Era para o Zach esperar pelo menos eles chegarem em casa, para falarmos da ideia da baby.

📱 Diga a ele que a minha resposta é não.

📱 A minha também.

Landon grita. Estão no viva voz.

Saio da cozinha, deixando a Feya com o Lennon, tomando o café da manhã.

Estou indo para o escritório, quando vejo o Zach saindo do seu quarto de cabelos molhados. Prendo ele na parede.

— Pørra, você já deu com a língua para o Hunter e o Landon?

— Para que dar esperança a ela, quando sabemos que eles também vão dizer não?

📱Exatamente. Não queremos envolver ela, mas ela já está envolvida em nossas merdas.

Landon diz no meu ouvido, antes de desligar.

— Você melhor do que saibo e tem medo que ela um dia queira ir embora e nos deixe, e sabemos que ela não fez isso ainda por ter medo de nós. E você quer ajudar ela a não ter mais medo, entregando uma arma nas mãos dela, para ela se virar contra a gente? Você não é ingênuo, Nathaniel, isso não combina com você — ele diz, dando uns tapinhas no meu ombro direito, antes de desviar de mim e começar a descer as escadas.

Merdaaaaa!

— Não. Realmente eu não sou, mas eu gostaria de saber se ela realmente nos ama ou só está esperando uma oportunidade de conseguir escapar. Isso seria como um teste — digo, antes dele começar realmente a descer as escadas.

— Teste? E o que mais você quer testar? O quão rápido ela é com uma arma na mão ao disparar em sua cabeça?

— Por que você duvida tanto dela? Você ama ela, que sei e gosta de ter ela aqui, conosco.

— Sim, eu amo a Feya e gosto da relação que temos aqui em casa. Mas antes de chegarmos a essa relação, levou meses. Pare e pense… Primeiro a sequestramos, deixamos ela no porão imundo, com ratos, baratas, sem banho e migalhas de comida e água, por dias. Depois disso a ameaçamos e persuadimos ela a transar conosco ao invés de ela levar um tiro na cabeça — ele passa as mãos nos cabelos, se virando agora para mim — Acha mesmo que uma garota tão nova, que passou por tudo isso, se esquece? Tomamos a inocência dela mediante ameaças, ela em momento nenhum teve opções. Mesmo que eu “acredite” que ela nos ame, como podemos ter certeza que todas essas coisas ruins que fizemos com ela, não pese mais do que as boas?

Fico sem responder. Ele tem boa parte da razão. Não imaginávamos que ela seria tão importante assim para nós, quando a princípio seria apenas uma diversão antes de a descartarmos.

Não somos os caras perfeitos, somos criminosos, assassinos. Mafiosos. Vivemos do crime. Usamos e descartamos, mas fomos pegos por ela, pelos seus gemidos, seu sorriso fofo e lindo ao mesmo tempo, safado, seu jeitinho doce ao mesmo tempo, malicioso. Ela é tudo para nós hoje em dia. Não sei se sabemos viver sem ela, agora. Corremos sempre para casa, só porque sabemos que encontraremos ela aqui.

— Ela já tem dezoito anos, não é mais tão inocente como antes e cada dia que passa e os anos ela vai amadurecendo. O que será dela quando for para a faculdade e experimentar coisas novas, iremos perdê-la, Nathan. E eu não estou preparado para isso ainda.

Ele acaba de falar e se vai.

É, nem eu.

Suspiro e desço novamente para a cozinha, onde ela e os caras estão.

Veja ela sentada em cima da bancada tendo o Lennon entre as pernas dela, dando algumas frutas em sua boca.

— A gente podia fazer algo hoje, né? — ela pergunta a ele.

Me aproximo.

— Pensei que você estava dolorida e cansada demais para ir para a escola e agora você quer sair? — pergunto ao passar por eles e indo pegar um copo de café.

— Não precisamos sair de casa — Ela revira os olhos para mim ao dizer — Podemos passar um tempo na piscina. Vocês raramente estão em casa ao mesmo tempo, na maioria das vezes fico aqui sozinha. Então hoje quero aproveitar.

— Tudo bem, estava ansioso para te ver com aquele biquíni verde que te demos um tempo atrás — Zach diz piscando para ela.

— Quem disse que eu estava pretendendo usar algo? — ela sorri maliciosa.

— Você não está dolorida? — pergunto.

— Sim.

— E está querendo entrar na piscina nua, com nós três?

— Sim — ela sorri mordendo os lábios.

— Isso não vai prestar, mas gostei da ideia — Lennon diz e logo em seguida a beija.

Acabaremos a foder ela mais uma vez, e ela sabe disso.

Continuo no mesmo lugar parado atrás deles. Quando o beijo deles acaba dizer:

— Baby… não nos provoque se não vai aguentar.

— O quê! Eu não estou fazendo nada. É só um banho de piscina, o que de mal tem nisso?

Ela pisca para mim descendo da bancada e vai até a porta dos fundos, para a área da piscina.

— Eei, nada disso. Podemos ir para a piscina depois, acabamos de tomar o café da manhã. Mas depois do almoço, a gente vai — Lennon a para a segurando pelos braços e a puxando de volta.

— Mas e até lá? — Ela faz bico, que ele morde e chupa depois.

Meu celular vibra em meu bolso, pego mesmo olhando a mensagem do Hunter.

Pørra!

— Volte a dormir ou vai estudar, assistir tv., ler um livro. Temos uma biblioteca inteira para você. Agora a gente precisa resolver algumas coisas no escritório — digo, sinalizando para os caras me acompanharem.

— Mas… — Lennon segura seu rosto e lhe dá um beijo rápido, antes de me seguir.

— O que foi que aconteceu? — Lennon me pergunta quando estamos subindo as escadas.

— Landon me mandou uma mensagem, não era o cara que estamos procurando. Aquele desgraçado nos enganou.

— Merda. Vou estourar os miolos daquele filho da put@ — Zach soca a parede com raiva.

— Hunter já fez isso.

— E agora? Voltamos à estaca zero? — Lennon me pergunta.

— Ele disse que estão seguindo uma nova pista e que nos manterá informados.

— Merda. Droga. Pørraaaa! Cada dia sinto que eles estão chegando mais próximo dela. Temos que descobrir quem foi que mandou aqueles caras atrás da Feya, antes que eles consigam sequestrar ela — Zach soca a parede mais uma vez.

— Ele me mandou um nome: Aleksei Gurkin. Já ouviram falar?

— Não.

— Não.

— Ele acha que esse cara pode estar envolvido ou até mesmo ser o mandante.

Entramos no escritório e o Zach corre para o seu notebook, digita algumas coisas. Seu notebook é equipado com vários programas de busca e outras coisas que apenas um agente do FBI ou os deuses da tecnologia têm como ele. Zachary McClellan é o nosso hacker. Esse cara é um gênio. Ele criou seu próprio programa do zero. Ele tem tudo para ser alguém melhor do que um criminoso como nós. Mas ele ama o crime e não abre mão dessa vida por nada.

Somos todos por um e um por todos.

— Aleksei Gurkin… achei! Mas… ele é apenas um adolescente, rico e mimado. Ele neto do Alexei Mordashov que é um empresário e filantropo russo. É CEO da OAO Severstal, a maior companhia russa de aço. É um dos homens mais ricos do mundo segundo a revista Forbes de 2012, com uma fortuna estimada em 15,3 bilhões de dólares, sendo a 45° pessoa mais rica do mundo. Não vejo nada de mais nele. Nenhuma ficha criminal. Estuda em um internato, tem as melhores notas. Um aluno e filho exemplar.

— Não tem nenhuma outra pessoa com esse nome? — pergunto.

— Não. Tem um jogador de futebol, mas é Alexey Gurkin e não Aleksei, e tem outro, mas ele morreu aos quinze anos.

— Não pode ser pai ou avô desse garoto? Talvez ele seja um Aleksei Gurkin II.

— Não. Por mais que o nome do seu avô e o dele sejam parecidos, o sobrenome é diferente, herdado pelo pai dele, Dimitri Gurkin, que se casou com a filha de Alexei, Varya Mordashov e que após casada se tornou a senhora Gurkin.

— E se o nome for falso ou um disfarce de sua verdadeira identidade? — Lennon questiona.

— Não sei. Direi a eles que não encontramos nada. Nenhuma ligação com o cara que estamos procurando.

— E se a gente perguntar a Feya? Talvez ela conheça alguém com este nome.

— Não sei, Lennon. Não quero que ela saiba o que estamos investigando.

— Concordo com o Zach, é melhor não. Proponho mantivermos ela inocente sobre tudo. Ela apenas acha que tem uma “possibilidade” de ter alguém atrás dela devido a nós e não que já tentaram pegá-la mais vezes do que podemos contar.

— Estava pensando aqui, será que ela tem alguma ligação com o cara que estávamos atrás, quando a encontramos? — Lennon pergunta.

— Kostantin Kuznetsov? — eles me perguntam ao mesmo tempo — da máfia Katz?

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