Cap 12 - Ensinar a você a se defender?

Depois que eles saem eu me viro para o Nathaniel, tendo uma ideia.

— Por que vocês não me ensinam a me defender, já que estão com tanto medo que eu seja pega pelos seus inimigos?

— Como é? — Lennon, rir se levantando — Ensinar a você a se defender?

— Acha mesmo que somos trouxas? — Zach murmura, sem nem mesmo olhar para mim, ainda deitado.

Olho para o Nathaniel e depois para o Lennon, e fico irritada quando vejo que ambos concordam com a fala do Zachary.

— V-vocês acham mesmo que eu me viraria contra vocês? — me levanto do sofá me afastando deles — Não acredito nisso! Gosto disso aqui — aponto para eles —, eu gosto do que temos, eu gosto de vocês. Estou num país que desconheço há dois anos, criei amizades aqui. Tenho muito mais aqui do que eu tinha na Rússia, não quero voltar para lá — me aproximo de volta deles, ficando entre as pernas do Nath, que agora está sentado. Passo minhas mãos em suas coxas torneadas — eles estão sempre malhando e eu sempre gosto de assistir ou estar com eles, inclusive do sexo gostoso que rola depois — Mordo os meus lábios ao pensar nisso, deslizando as minhas mãos mais para cima — Tenho tudo o que quero aqui. Amo vocês. Eu só quero poder sair sem ter esse drama todo, me sinto uma prisioneira aqui, vivendo assim.

— E pensa que mesmo que a gente ensine-te a se defender, será páreo para um monte de capangas mafiosos, contra você? — Zachary se senta furioso — São assassinos, pagos para não ter dó de ninguém e, além disso, são homens, sabe o que eles fariam se lhe pegassem? Foder-te-iam em tudo quanto é buraco a força e contra a sua vontade até você não aguentar mais. É isso o que quer? Julga que um dia eu ou qualquer um dos caras aqui já foi cruel com você? Pois bem! Eles são dez vezes muito piores do que qualquer um aqui.

E não foi quase isso que vocês fizeram comigo? Tá legal, eu deixei, porque se realmente eu não quisesse…

— Não estou dizendo que vou conseguir enfrentar todos eles sozinha e, ao mesmo tempo, eu só não quero ser pega desprevenida, não quero ser um elo fraco e frágil. Quero aprender a dar uns golpes e tiros antes de cair. Por favor, Lennon, Nath. Por favor!

— Lennon e Nath? Eu não? — Zach me olha chateado.

— De você eu já tenho um não! — me volta de novo para os dois à minha frente — Por favor, me dê uma chance de correr e lutar também, quero poder sair com as minhas amigas sem medo e ter tantos caras monstruosos como o Gregory atrás da gente. Isso assusta elas, sem falar que acaba chamando muito mais atenção para mim. Por favor! — Peço a Nath, dando beijos em seu abdômen e vou descendo até o seu pau.

— Mesmo que a gente diga sim, ainda tem Hunter e Landon e não sei se eles gostariam disso — Lennon diz se afastando de nós, indo para o banheiro aqui de baixo.

— Quero só ver a cara deles quando os dois saberem que você quer aprender autodefesa e tiro — Zach diz rindo alto, antes de se deitar novamente e se virar de costa para nós dois, voltando a dormir.

— Por que é tão errado essa ideia? — pergunto ao Nath, deixando uma lágrima cair — Eu só não quero ser um peso para vocês que tem que ficar vinte e quatro horas com medo de que algo possa acontecer comigo, se eu aprender a me defender tenho mais chance de escapar se for pega. Vocês podem me ensinar tudo isso, caso um dia isso aconteça. Eu não quero viver aqui dentro dessa casa com medo de ser pega. Quero viver Nath, como vai ser quando eu for para a faculdade ano que vem? — ele me puxa para cima, me trazendo para o colo dele, deito minha cabeça em seu peito e sinto sua mão fazer carinhos em meus cabelos.

— Nunca corte os seus cabelos, eu gosto deles assim. Compridos — ele beija os meus cabelos e suspira — Olha para mim — me chama, olho para ele, encontrando seus olhos tão azuis e intensos — Vou falar com os caras sobre isso, mas não prometo e garanto nada, baby.

— Ok — digo, dando um beijo rápido em seus lábios, sorrindo feliz.

— Mas… — tinha que ter um “mas” — Se eles concordarem e após te ensinarmos tudo, você se virar contra a gente e fugir, iremos te caçar até o quinto dos infernos, e aí, Feya, as coisas vão ser muito diferentes e piores do que são agora. Você agora nos pertence, é nossa e se estiver tramando algo, vai se arrepender — ele diz, dando um último beijo em meus lábios e cabelos, antes de se levantar e me levar com ele para cima, para tomarmos um banho e depois o café da manhã.

Acompanho ele, engolindo em seco pela sua ameaça velada. Esperaria isso do Zach ou do Hunter, mas nunca dele.

— O que foi, está nervosa agora? — me pergunta ao subirmos as escadas — Não precisa ter medo se a sua intenção não é aprender para se vingar de nós, não é?

Assinto com a cabeça, e eu tento dissipar o medo com um sorriso calmo e tranquilo para ele — O não você já tem, vamos tentar um sim — ele me abraça, nos levando para o nosso quarto, até o banheiro.

No box continuei a fazer o que havia começado no sofá, beijo do seu abdômen lindo e gostoso até o seu pau, começando a chupar ele. Suas mãos vão para os meus cabelos, os prendendo em seu punho.

— Nunca fuja ou nos deixe, baby. Tem um motivo para os nossos inimigos estarem tão tentados a ir atrás de você, Feya, eles sabem que você nos têm e que destruiremos o mundo por você. Você se tornou nosso calcanhar de Aquiles. E todos os nossos inimigos mais perigosos já sabem e eles não veem a hora de usar isso para nos destruir. Então, por favor, jamais queira se vingar de nós e nos deixar, porque não deixaremos isso acontecer. Nunca, jamais.

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