o acordo

Espero em silêncio, realmente disse, eu devo estar bem maluco para pedir para ela me ajudar, quando soube que o tal investidor disse que não teria como fechar negócio por causa da minha índole, me deixou frustrado e pior bem nervoso. Ainda tem a coisa toda da criança. Como vou responder a uma pergunta dessas? Se eu dizer que sim, ela vai achar que eu estou usando ela como pino — o que não é uma mentira — se eu disser não ela vai achar que eu sou um hipócrita que — eu também sou.

— Sim e não. Até que a negócio esteva feito eu só preciso que você seja a Grace que eu conheço. — não vou responder aquilo.

— Hipócrita. — ela diz sentando novamente.

— Sou. Então ? Vai me ajudar? — digo já com um não na cabeça.

— Não quero dinheiro, não para mim. — ela entrega duas folhas de receitas médicas.

São muitos, a garotinha está doente a esse nível? Uma é dele e a outra é...da Grace?

— está doente?

— Não, so com um probleminha. — ela diz sem nenhuma reação.

— Não quer dinheiro? Mesmo? — Pergunto mais uma vez só para ter certeza.

— Não quero, mas se quiser me dar de presente eu aceito. — Ela diz.

Olhei novamente a folha de papel e decorei todos os nomes dos remédios. Pelo jeito são caros.

— Até que esse seu papinho de ser um cara legal acabe, você poderia não me levar a lugares — ela sinaliza o hospital — como esse? Eu não tenho condições para isso.

— Eu vou pagar. — digo mostrando um sorriso sarcástico. — Vou cuidar da papelada, vai ser um acordo básico mas é bom estar no papel.

— Hum...

— Sabe o que quer? — pergunto.

— Nada demais. Não quero que incomodem a minha criança, não quero que minha vida pessoal esteja nos tablóides. E quero que Amelie não sofra. Está tudo bem.

— Ok. Vou arcar com as despesas dos hospitais da menina e os remédios, até que esse contrato acabar eu vou ser um bom responsável por ela. Não vou sair com mulheres até lá. E não se preocupe não vou te envolver em rumores. — digo.

— Hum...ok. — Ela se levanta e sai.

Óbvio que ela não vai para casa, vai ficar com a garotinha. Pego meu telefone e ligo para o coitado do meu advogado e falo sobre o contrato. Vou para casa, só por preocupação, vou falar com meu pai sobre isso. Minha mãe não faria isso não é?

...💮❄️...

Assinou rápido demais. Mesmo que as cláusulas sejam boas ela não deveria assinar assim.

— Algo mais? — ela entrega para o advogado, Harry.

— Não. Então está ciente que não pode desistir até que o tempo expire não é? — Harry diz sério.

— Sim. Sei. Só não entendi por que tem esse outro documento?

Essa outra coisa é, nada mais que um documento onde está dizendo que eu sou pai da Amelie, seria horrível saberem que eu estou com uma mulher que já tem um bebê. E também todos sabem do meu relacionamento com a Grace, nosso relacionamento foi o único que eu disse ao mundo que tinha. Então não haverá suspeitas. Mas a cara da Grace não é legal

— Sabe que eu quero muito socar sua cara agora não é? — ela diz olhando para mim raivosa.

— sim, mas veja pelo lado bom, seja como for eu ainda vou ser responsável por tudo. Não é melhor assim? — Digo já atrás de Harry.

— Não! Sabe que isso é temporário, não posso deixar isso assim. — Lá vem ela.

— É tão ruim assim eu ser pai dela? — fiquei ofendido.

— É. Você não quer ser pai, isso vai machucar ela. — Seria diz ela.

— Eu posso ser um pai incrível sabia? Eu gosto da Amelie qual é o problema eu querer cuidar dela? Você vai ficar sozinha cuidando dela, trabalhando e ainda me ajudando? — digo sério.

— Você que não entende! Não vou fazer isso. Posso ajudar a empresa por que já trabalhei lá, mas você entrar na minha veia assim é muito. Não. — ela diz olhando para a garotinha que acabou de acordar.

— Amelie pode escolher então. Se ela não quiser eu não insisto mais. — digo chegando até a coisinha pequena.

Ela está pálida mas pelo jeito está bem, não sei quando foi ou como foi, mas quase morri quando ela estava doente e se pudesse trocaria de lugar com ela. Acariciando seu nariz a vejo fechar os olhinhos como se fosse bom. Isso fique bem, não fique doente, não sofra mais.

— Pequena, — ela abre os olhos e me encara — você gosta de mim?

Ela afirma com um sorriso.

— Gostaria de passar mais tempo comigo?

Ela afirma novamente.

— Então você quer que eu leve você para passear e comprar doces? — pergunto com um olha fuzilado em mim de Grace.

Mas a garotinha abre um sorriso e levanta mindinho, acho que é para mim prometer, olho para Grace e ela está com uma cara nada boa e então sai da do quarto. Mas vou prometer, já que mesmo até a irmã dela seja maluca e me mate eu ainda vou ver a Amelie por muito tempo.

— Então prometo, escute Amelie. — ela se arruma deitada — Por um tempinho, vou ter que ser mais do que amigo da sua irmã, então vou ser seu pai.

Ela balançou a cabeça em sim.

— depois podemos ser amigos ok? — digo e ela sorri aceitando.

Jason entrou na sala e então deixei ele fazer o que médicos fazem. Grace estava no corredor com uma cara nada boa. Não sentei ao lado dela. Não sou louco para testa a morte assim.

— Sabe que ela é uma criança não é? — Grace pergunta fria.

— sei.— Digo já entendendo.

— Então por que? Você realmente sabe o que significa isso tudo? Para ela? Para mim?? — ela diz como se estivesse magoada.

— Sei. — na verdade sei.

Talvez eu acabe machucando mais ela do que Antes, mas não vou forçar sentimentos em mim e nem ela. Vou fazer isso sério como um homem de negócios. Vai ser fácil já que ela não gosta mais de mim, isso vai ser fácil!

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