Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem! Tem que ficar! Por motivos de segurança, disse a Louise que Amelie era minha filha com um cara irresponsável. Lyana me ajudou com a história, Aaron aceitou que não contaria para ninguém mas... Porque o Louis tinha que vir até a empresa, porque ele tinha que me fazer me sentir culpada por algo que nem aconteceu. Amélie se assustou muito e ele usou palavrões, quando cheguei ao parque ela estava tremulando de medo. Demorei muito para acalma-la. Deixei que ela desenhasse já que gosta tanto de disso. Mas agora, cadê Amelie, ela não sai por aí andando.
Corro pelo caminho de volto e a encontro, de frete para alguém sentando, com a folha que provavelmente foi o motivo de sair correndo. — Amélie! — grito e a vejo dar um pulinho de susto e me olhar. Quando chego até ela, verifico de está tudo bem e se não está com nenhum machucado. Só aí olho para o homem que estava sentando ao banco, meu coração para e sinto minhas mãos tremerem.
— A-amelie vamos? — digo tentando evitar ele.
— Grace podemos conversar? — a voz é bem mais gentil do que ele foi quando disse que tentou algo comigo.
— Não temos nada para conversar. Com licença. — pego Amélie nos braços e saio andando.
— É minha filha? — paro e não sinto mais pavor e sim espinhos de ódio no meu peito.
Esse canalha, me disse coisas horríveis hoje mais cedo, agora me vem com isso?
— Não. — Digo séria. — Você não quer filhos ou família, porque eu teria uma filha sua?
— Grace não fale assim-
— Falo como eu quero Louis! — seria e decidida é o que eu tenho que transparecer. — Você me ofendeu mais cedo e para quem sabe ler, meia palavra basta, você pode viver em baladas chiques e camas de hotéis mas eu não posso? Não posso ter um filho? Não seja hipócrita seu desgraçado.
— Nunca disse isso. Grace eu sinto muito por mais cedo. — Sente muito? Duvido.
— Se sente vá para o inferno com suas desculpas, se falar palavrões perto dela de novo eu mato você. — digo séria e saio.
Ele vem atrás, hipócrita e chato, eu gostaria que me tratasse com esse tipo de atenção quando estava transando comigo. Mas ele só está agindo assim por medo de ter que assumir responsabilidades que ele acha que tem. Mas Amelie não é loira por causa dele e não tem olhos azuis por causa de mim.
— Grace...vamos sentar e conversar? Não vou fazer nada. — como se pudesse fazer algo.
— Louis Winchester, não de meta mais na minha vida. Você só acaba comigo e depois some. — digo magoada.
— Desculpe. Grace vamos conversar? Porque não quer falar sobre ela? Somos adultos não é? — ele diz tentando tocar minha bebê e eu me afasto.
— Ela não é sua filha seu patife! Nem se lembra que me mandava tomar pílula sempre que íamos para cama porque você você não gostava de usar proteção? — digo com um tipo de sentimento doloroso demais.
— Vamos falar sobre isso em outro lugar? É ruim falar sobre isso aqui. — ele diz sério.
Preciso fazer ele ir embora de uma vez, ele só acaba com minha paz quando finge essa atenção podre dele. O sigo até uma sorveteria, olha só ele não é idiota o suficiente para me levar até um bar como fez quando disse que estava disposto a tentar. Peguei um sorvete para a criança e coloquei uma toalhinha no pescoço dela para não sujar a roupa.
— Diga. — falo colocando sorvete na boca pequena da criança.
— Ainda está brava com o que eu disse há três anos? — ele pergunta.
— O que? Sobre você dizer que não seria capaz nem sequer de tentar me amar ou que você nunca teria filhos ou família comigo? Não! É sobre como você disse que eu não era a única que esquentava sua cama? — digo bem ácida para que ele morra com isso.
— Está não é...— ele fecha as mãos em cima da mesa e não para de olhar para a Amélie.
Isso em incomoda, não gosto disso.
— Fale logo, ela tem que tomar os remédios daqui a pouco. — digo limpando o grande bigode de calda que se formou em seu rostinho.
— Remédios? Ela está doente? — Pela expressão dele, Louise não contou nada.
— Anemia. — Digo séria. — mas isso não é da sua conta.
— É sim! Como assim! Tem chances -
— JA DISSE QUE ELA NÃO É SUA FILHA! Que MERDA! — grito e vejo a criança pular ao meu lado. Imediatamente peço desculpas para ela.
— Porque tem tanta certeza que ela não é minha filha? Você sabe quem é o pai dela não é? — ele diz serio
Me endireito e me preparo para minha nova mentira.
— Sim, sei. Satisfeito? — digo.
— Não. — Ele diz bravo, aí está o Louis que eu conheço muito bem. — Você vai me escutar Grace Bryce!
— Quem vai me obrigar Louis? — digo séria.
— Três anos atrás, você terminou comigo e depois sumiu por quatro meses. — ele diz.
Eu estava viajando a trabalho e também tirei um tempo para não olhar para ele já que nossos amigos são os mesmos.
— Como pode ver? — abraço minha irmãzinha.— eu estive ocupada.
— Você acha mesmo que vai me enganar? — ele diz como um filha da puta de um gênio em exatas — Se você sumiu por quatro meses depois que terminamos, significa que você engravidou durante o namoro e se você tomou as pílulas há chances de não darem certo.
— Amélie é prematura de seis meses, nasceu no dia 23 de julho. — digo séria.
— prematura? Está tudo com ela?
— Não me venha com sua falsa empatia. Não preciso disso, assumi a responsabilidade de ser a única família dela a partir do momento que Olhei para ela pela primeira vez. — não é mentira — Ela não precisa de um pai e não precisa de ninguém além de mim.
— Então porque não cuidou dela esses anos? — Hipócrita.
— Eu cuidei. — minto de novo — Só não podia deixar ela aqui enquanto eu não tinha uma vida estável.
— Por que está fazendo isso assim? Sozinha? Sabe como é difícil cuidar de uma criança? Não vê como Aaron e Lyana precisam de ajuda muitas vezes!? E você quer fazer isso sozinha?
Olhei diretamente para ele e com a certeza absoluta disse:
— Sim. Nunca mais vou me envolver com outro homem algum. Minha família vai ser a Amélie.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
Carleuza Almeida
Kkkkk tá pirando o Louis com a ideia de ser o pai da Amélie😍 acho que no final das contas serão 🤔🤔
2023-05-23
4
Vanessa Medeiros
Manda mais autora 👏👏👏
2022-09-14
3