nó na garganta

Por que diabos isso está acontecendo comigo, era só um passeio no shopping, por que Juliet e eu estamos tomando um café como se fossemos íntimas?

Amélie está comendo bolo sem nem sequer olhar para a mulher.

— Então...quantos anos ela tem? — Juliet não tira os olhos da garotinha.

— três anos. — Digo limpando a boca da criança.

Pelo jeito que ela olha para a menina do mesmo jeito que Louis olha. Não duvido que ele saiu por aí dizendo porcarias sobre aquilo. Mas não, ele não deveria achar isso já que ele foi o único que me mandou a merda quando viu que eu tinha planos diferentes.

— Louis me disse que ela pode ser-

— Não é. — a corto seriamente — Se está insinuando isso lamento mas ela não é.

— Ainda está magoada com ele? — uma pergunta tão cética que me enche de raiva.

— Não. — digo abrindo a carteira e pegando o cartão de crédito para pagar.

Pago a conta e pego Amélie no colo e saio dali antes que comece novamente, não quero me envolver com a família Winchester não depois de tudo que aconteceu, eu jamais vou me meter entre essa gente com dinheiro. Dei foi muita sorte de ter pessoas boas como Lyana na minha vida. Mas eles são minoria, é horrível como existem pessoas horríveis no mundo. Só de lembrar deixa com náuseas.

Assim que saio ando mais um pouco e entro em ums loja de roupas. Bem ao lado tem imã grife masculina mas não quero nem chegar perto, vim aqui comprar um vestido para o baile de aniversário da L.C, é no final do mês e não tenho roupa para isso. Também é a primeira festinha da Amelie, não ligo como vão me ver ou dizer sobre mim. Nunca fui muito bem falada nesse meio mesmo. Prometi a mim mesma que daria meu melhor para que Amelie tenha uma vida melhor que a minha. Com memórias boas, não memórias de uma mãe louca. A coloco no chão e vou pegar o vestido que estava de olho, fui experimentar e deixei Amélie com a moça que me ajudou a escolher. Por ser muito bonita e meiga ela é adorável.

Quando sai dei de cara com Louis sentando ao lado de criança e me encarando, ódio, idos é o que eu sinto, pela cara dele ele não quer me ver também, deve ter trazido alguma das amantes para comprar roupas.

— Senhora está muito bom! — diz a moça que me ajudou mais cedo.

— Não sei, não gosto de vermelho, não combina comigo. — digo desconfortável.

— Preto combina mais com ela, uma fenda cai bem nela. — Louis abre a boca como se fosse um grande especialista. — Talvez uma frente única?

— Temos algumas opções. — a moça sai animada.

Já eu, me sento de frente para o cara que agora está com a minha bebê no colo. Amélie foi com ele, depois de dois meses ela foi com ele, depois de várias recusas ela foi com ele. Devo me sentir enciumada por isso? Sim! E estou...

— Poderia não de meter quando estou fazendo compras? — digo séria e bem brava por mais cedo.

— Ser grossa assim não combina com você, que tal você ser gentil como antes? — de onde ele tirou isso?

— Solte minha filha e pare de me seguir! — digo indo até a menina.

— Te seguir? Grace estou aqui pelo mesmo motivo que você. Compras! — Reviro os olhos ao ouvir isso.

— Ótimo. — Digo — Não preciso comprar aqui mesmo.

Entro no provador de antes de tiro o vestido e coloco a roupa de antes. Odeio ter que fugir desse idiota por que está em todos os lugares. Odeio ser tão metida com ele. Não deveria. Devo sair desse meio, e vou começar a fazer isso nessa festa. Vou parar de tentar me encaixar ou de procurar algo que não tem nem em mim. Vou aceitar que não sou como eles, e viver como nasci para viver. Na classe que nasci para viver.

Assim que saio a moça está com Uma arara cheia de vestido, só pelo saco de proteção posso ver que são caros.

— Senhora? Não quer mais o vestido? — ela parece triste.

— Ele vai comprar, ele pediu especificações, não eu. — digo tirando meu bebê de perto dele.

Saio da loja e com um pouco mais de estresse. Amélie me encara.

— Ele é mal? — como sempre é raro ela falar, mas sempre é baixo demais quase inaudível.

— Depende de quem. Para mim ele foi mal, mas não vai se para você. — digo a segurando com mais força.

Agora que eu não tenho mais onde achar vestidos bons, o que vou fazer?

...💮❄️...

Chego bem cedo para começar logo, entro na minha sala com Amélie ainda dormindo, a deito no sofá e tomo um susto! Duas caixas brancas estão em cima da minha mesa, um bilhete em um envelope branco. Abro o envelope com o coração na boca.

" Um para você e o outro para minha filha. Espero que goste."

Em Pânico, abri as caixas e nas duas tinham o figurino completo, pela audácia eu chutaria que é o Louis. E pelas especificações tenho certeza que é ele!

Louis chegou um pouco depois de mim, pedi para que ele ficasse com Amélie por um estante e ele amou a ideia, peguei as duas caixas com milhões de palavrões saindo da minha boca. Coloco no carro dele empresa e segui para aquele lugar.

Assim que cheguei não passei nem na merda da recepção subi direto, mesmo que seja expulsa daqui vou matar aquele desgraçado. Assim que chego a presidência vejo Lyana ainda com a bolsa e a Charlotte no colo também dormindo, assim que me viu ela saiu do caminho e fugiu para a sala dela. Abri a porta dele no chute.

— Grace? — A voz o filho-da-pu-ta é irreconhecível.

Deixo as duas caixas em cima da mesa dele.

— Ficou louco agora Louis!? — Digo muito brava.

— do que está falando? — faz de sonso como ninguém.

Peguei o envelope e joguei em cima dele. Então ali está o sorriso de vencedor dele. Quero matar ele com minhas próprias mãos.

— Acha que pode de meter na minha vida desse jeito? Quem te deu esse direito?

— Por que não se senta? Vamos conversar, sobre algumas coisinhas que eu ainda não entendi. — ele joga uma pilha de folhas na mesa.

Desgraçado ele me investigou, pesquisou sobre mim é pior fez isso com Amelie. Ele sabe, sabe que Amelie é minha irmã e que eu menti, mas que diferença isso faz?

— você me investigou? Perdeu o juízo? Sério Louis?

— você mentiu para mim, disse que ela era filha de outro cara! Você tem noção!

— Não menti, ela é. — digo cruzando as pernas.

— Preste atenção Grace, não estou brincando de casinha ou esconde esconde. Você me disse coisas bem horríveis só por termos terminado. Mas ter uma filha loira é bem diferente, sabe o que isso fez com a minha cabeça?

— Devo saber? — pergunto cínica — até onde sei você e eu não temos mais nada.

— Caral.ho! — ele bate na mesa — somos adultos não é? Deveria ter me dito que ela era sua irmã, sabe o que eu passei?

— Não devo nada. Não temos nada a mais de dois anos. Se eu tivesse ela não significa nada. Você e eu não somos nada um do outro.

— Vou me casar. — ele diz sério, e eu quase infarto.

Louis vai se casar, isso significa que ele vai se casar, tipo ter uma esposa, ele me disse que jamais se casaria. Ele me disse muitas coisas. Droga...

— Que bom. Se vai mesmo não deve mandar vestidos para ima mãe solteira e sua filha, pega mal. — digo engoli tudo que estou sentindo.

— Minha noiva. — não combina com ele dizer cosias assim. — É mãe da minha filha.

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