Uma bomba na minha vida.

Finalmente posso respirar, respirar sobre o trabalho, Lyana e Aaron já voltarem então não vou mais ficar com a bebê, agora posso sair como uma solteira de quase 30 anos. — Deus até quando?

Termino minha maquiagem, colocou meu melhor salto com meu melhor vestido de decote que tenho, posso não ter sorte no amor, mas sou ótima em flertar. Pego minha bolsa carteira e meu telefone que está em cima da mesa. Fecho a porta e saio.

Peço um Uber com o pensamento que preciso de um carro urgentemente, assim que meu motorista chega, entro na porta de trás e cumprimento-o com a educação que meu pai me deu, fico no telefone, vejo atualizações de todos as fotos da lua de mel da Lyana e fotos dela com Lottie no jardim. Uma família incrível, linda e as vezes me sinto um mostro por sentir inveja deles. Minha definição de família nunca foi a melhor. Minha mãe é uma verdadeira acomodada, meu irmão vive apostando em cassinos, tenho pena da minha irmãzinha que nasceu há quatro anos, ao que minha diz que foi de um "cliente" ou seja ela está fazendo programa. Sou a mais velha, mas minha mãe me teve com pouco mais de dezesseis anos. Meu pai assumiu ela e me criou até os quinze então ele morreu em um acidente, ele já não era mais casado com minha mãe, meu irmão mais novo não é filho do meu pai e nem a bebê. Cuidei dos dois enquanto ela usava as drogas e bebia, ela quase matou a minha irmãzinha por causa disso. Não os velhos há anos. Não volto para Michigan nem que me paguem, mas se algo acontecer a minha mãe eu tenho que cuidar da criança da qual nem sei o nome.

Chego a meu lugar de desembarque, pego já pelo app, sigo rumo a festa. Assim que entro vejo várias pessoas bêbadas e outras se beijando. Vou para o balcão e já me sento pedindo.

— Um coquetel de vodka por favor. — assim que digo ele sorri e vai fazer.

— Dia ruim Grace? — A voz senta ao meu lado.

— E eu lá tenho dia bom Nick? — digo com um tom desanimado na voz.

— Não vi você por aqui há semanas. — ele diz alegre.

Claro que ele tem tempo para prestar atenção em mim, herdeiro desgraçado. Acho que nunca teve que madrugar para entregar um prazo.

— Estava de babá da minha sobrinha. — digo tomando da minha bebida que acabou de chegar.

— Filha do Aaron não é? — ele bate a chave de carro ou moto em cima da bancada e diz — depois que aquele cara casou eu perdi muitas clientes que vinham aqui só para tentar tirar uma casquinha.

— Louis ainda vem aqui não é? Não minta Nick, sei que você continua aumentando sua fortuna de herdeiro. — digo e ele ri.

— Ainda de Mau humor? — ele diz se aproximando — Que tal eu te acompanhar essa noite querida?

Não seria má ideia se meu telefone não vibrasse como um masturbador. Atendi, a voz parece bem séria.

— Grace Bryce? — É o nome do meu pai.

— Grace Anatel Bryce. — digo — Sim é ela.

— Precisamos que venha para Michigan, você é a responsável parental de Amélie Bryce? — quem é essa. E como ela tem o nome do meu pai?

— Quem seria essa pessoa? — saio para fora e dou de frente com Louis fumando.

— É sua irmã. Sua mãe disse que ela é sua irmã. — então o nome da garotinha é Amélie.

— O que houve? — pergunto com um mau pressentimento.

— Sua mãe está na delegacia e foi indicada por assassinato. — Merda. Ela matou alguém?

— O que? Impossível, Tracy não faria isso. — digo preocupada.

— Lamento mas de não vir buscar sua irmã em menos de 24 horas teremos que manda-la para o juizado de menores. — Minha boca de abre em O.

— Ok. Eu vou. Chego amanhã. — digo já entrando e pegando minha bolsa.

Me despeço de Nick e passo rápido pela porta e já chamo um Uber. A policial me passou todos os trâmites que precisava levar para ela. Nenhum Uber, será que pego um ônibus? — Sinto uma mão masculina no meu ombro e já viro a bolsa na cara dele .

— Ok, você me odeia mas poderia não me agredir. — Louis.

— Não estou com saco para você hoje. Me deixe em paz. — digo tentando mais.

— Quer uma carona? — ele pergunta com uma expressão bem suspeita. — não vou te comer!

— Não disse isso, mas só por causa da ocasiões eu vou aceitar, me leve para casa. — digo e ele me leva até o carro, com toda certeza do ano.

Entro e coloco o telefone na rota e evito qualquer conversa. Mas ele não.

— Achei que te veria sair acompanhada hoje. Não com pressa. — ele diz e me deixa com mais raiva.

— Sinto muito te decepcionar Louis, eu não sou uma puta que só sai para foder. — digo furiosa.

— Não disse isso, só vi você com o Nick. — Esteriótipos de merda.

— Pode me deixar aqui, meu prédio é duas quadras daqui. — digo com muito mais do que raiva.

— Vou te levar lá. Não precisa ficar tão brava, só me xingue se te faz bem. — por que ele está bravo se sou eu que mais entreguei nessa merda.

Chegamos e eu saio do carro, ele abre a janela, tiro 100 dólares da carteira e dou para ele.

— Não vou aceitar isso. — ele diz e ofendido.

— Então de para un pobre na rua. Paguei você pela corrida, é só isso. — mesmo que ele me xingue tenho que evitar ele o máximo que eu posso.

Subi o elevador, assim que cheguei em casa, peguei todas as minhas roupas que vi pela frente, documentos e sai novamente. No caminho para o aeroporto liguei para Louise.

— Grace? O que houve? Tudo bem?

— Me descupe, eu preciso ir até minha cidade natal para resolver algo pessoal, talvez eu não volte até terça. — Digo me sentido horrível.

— Está tudo bem? — ela parece preocupada.

— Minha mãe aprontou e colocou minha irmã na reta. Ela é só um bebê, não quero que ela fique em uma delegacia. — digo mesmo sem conhecer a pequena.

— meu deus! Precisa de algo? Quer que eu vá com você?

Sempre tão boa comigo, não posso pedir mais nada. E disse isso a ela.

Quando cheguei ao aeroporto comprei uma das últimas passagens que já estava saindo e corri como uma louca para não perder o vôo. Assim que entrei no avião sento sem nem olhar a pessoa a meu lado. Coloco a mala pequena no guarda Bag, e fecho os olhos para respirar.

— emergência? — o homem ao meu lado diz.

— Famila. — digo e então presto a atenção.

— Acho que vou ficar bem magoado, Grace não de lembra mesmo de mim? — claro que sim.

— Não sou tão má assim. O que está fazendo aqui Jason Outer? — pergunto.

— Negócios de família. — ele diz sorrindo.

O conheço de negócios, quando le perdi em vegas o conheci e ele foi tão gentil que nós tornamos amigo tão rápido que parece que somos há anos. Mas com tudo que aconteceu há anos eu nem notei que estava sem falar com ele. Fazem três anos não é? Sei que é apaixonado, assim como eu, péssimo histórico sobre relacionamentos.

— Soube que sua amada vai se casar. — digo e o vejo sorrir.

— Ela merece, por mais que ele não a mereça tanto assim. — sei o quão difícil é isso.— mas e você? Louis reagiu ou você cansou de se iludir?

— Segunda opção. — digo sem graça.

— Está fugindo senhorita Grace? — ele diz brincando.

— Não e você senhor Jason, está fugindo? — ele só ri e não responde.

Deve ser uma pilha ver todos se dando bem menos você. Deve ser por isso que nós damos tão bem, completamente fodidos.

...❄️🌺...

Desci do avião e já corri para a delegacia, um pouco de espectativa para conhecer minha irmãzinha sofrida. Assim que chego e pergunto por Amélie sou direcionada para uma sala onde a garotinha mirrada está. Assim que a vejo noto que não tem nada haver com a minha mãe, assim como eu, ela se parece com o pai, não sei quem é, mas ele era loiro dos olhos azuis. Assim que chego ela desvia o olhar e a polícial se levantou.

— Grace Bryce?

— sim senhora. — olho para a pequena.— ela está bem?

— Ela não disse nada, não comeu também, a mãe diz que ela tem quatro anos, mas ainda usa frauda e o tamanho dela é...você pode ver não é?

Mais tratos? Aquela mulher bateu em um bebê? Olhei para a neném mais um vez e vejo que Lottie é maior que ela. Prematura? Talvez alguma coisa a ver com as drogas?

Vou até ela, me ajoelho e a vejo me olhar com medo. Então sorri, posso ver que pelo menos os olhos são os mesmos. Azuis não por causa da mesma mãe mas por pais diferentes.

— Ola, eu me chamo Grace, sou seu irmã. — digo e ela não reponde mas não responde.

— Ela não fala nada. Achei que seria devido ao trauma. Ela do desenha e não come. — diz a polícial.

— Pequena, você não sente fome? — Ela afirma com a cabeça. — por que não come então?

Então ela nega com a cabeça, e começa a chorar, a peguei no colo e vejo o quanto é leve, olho para polícial assutada e a mesma também.

— Eu não sei como dizer isso senhora, mas eu nem sabia do nome dela até ontem. — digo e vejo a pequena abraçar meu pescoço.

— soube que você trabalha em Nova York, sua mãe disse que se chamasse você, ela sairia, mas chamei você por causas da criança, sua mãe não pode sair sob fiança. — eu sei.

— Preciso ficar aqui? — pergunto.

— Até que o caso seja concluído. Mas no máximo até segunda feira. — ela diz.

O delgado me explicou que ela confessou então já foi indiciada por isso, segunda feira ela precisa receber a pena dela e ser transferida para penitenciária, meu irmão também está preso por ser cúmplice. Assim que assinei os papéis, um advogado me chamou para que eu lidasse com a guarda da criança. Segunda feira o mesmo juiz da minha mãe poderia já permitir que eu seja responsável pela criança.

Sai da delegacia já era tarde, fui para um hotel e assim que diz o check-in só deixei a mala no quarto, Amélia usa roupas velhas e sujas, precioso comprar coisas assim para ela. Fui até uma loja de roupas e comprei algumas peças, assim que dei banho e troquei-a, mostrou como ela é linda. Pedi comida no quarto e ela só comeu um pouco de caldo nada mais. Sábado, hoje é sábado, quando voltar para Nova York vou levá-la a um hospital. Está magra e sem nenhuma cor.

— Amélie. — ela me olha quieta — depois que resolver alguns problemas, vamos para um lugar muito bonito!

Ela me olhar com dúvida.

— eu moro lá. Lá a Tracy não vai poder te machucar ok? — digo.

Então posso ver uma criança de pouco mais de quatro anos se sentir aliviada.

— está tudo bem, você ir comigo? — pela primeira vez ouço a voz fraca e sem nenhuma sensação de vida.

— Claro que esta. Posso ser uma pessoa maravilhosa para você, crianças devem comer e brincar. — digo e vejo afirma com a cabeça.

Depois que a coloquei para dormir liguei para Louise e Lyana e quando minha amiga soube queria vir aqui, mas eu não quero ela tem uma vida e eu não posso ser um muro no caminho dela. A coisa mais estranha que me aconteceu, foi Aaron me ligar e dizer que iria me mandar um advogado e que iria me ajudar. Disse que Lyana pediu. Odeio dever as coisas a eles. Mas dessa vez aceitei.

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*para quem não leu " O CEO arrogante se apaixonou por mim" Jason é de lá.

como já tinha dito na outra obra, essa também ocorre no mesmo universo que aquela. então sempre vai ter alguns nomes das outras.

obrigada pelo apoio*!

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