A briga foi feia

Nati e Máximo

Natalia.

— Onde você estava, Natalia, ficou louca de sair assim sem falar para ninguém e sem segurança, e de quem é essa moto? — Máximo estava muito irritado.

— Meu amor, você gostou da moto? — Eu falo tentando ignorar a raiva que ele estava sentindo, mas eu estava ficando assustada com ele

— Você tá ficando doida, em sair pelas ruas sem avisar ninguém, sem segurança ou encima dessa moto. Onde você arrumou dinheiro para comprar isso Natalia?

Máximo gritava comigo como nunca fez antes. Eu tento manter a calma, ele estava nervoso, mas estava me deixando muito assustada e chateada com as suas atitudes.

— Eu não quero brigar com você Máximo, então abaixa a vós e vamos conversar direito, tudo bem? — Eu falo e minha voz começa a falhar, sinto que lágrimas estavam invadindo os meus olhos.

— Não, não está tudo bem, você ficou louca, só pode, e tá afim de me deixar também, eu faço de tudo por você sua irresponsável, eu cuido de você para não ficar em perigo e você faz o oposto. — Máximo gritava e isso faz crescer uma onda de ódio dentro de mim.

— Quer saber, eu não pedi para cuidar de mim, eu sei me virar, e me defender, eu quero um namorado e não um pai. — O ódio começa a falar mais alto me fazendo gritar, liberando toda a minha raiva.

— Eu quero saber de onde tirou dinheiro para comprar essa moto?

Máximo vai falando e se aproximando da moto, o ódio dele era tão visível, que chegava a me assustar, eu ainda estava sentada sobre a moto, ele estava surtado, eu sentia medo de Máximo. Eu desço da moto parando de frente com ele, eu fico encarando ele que se aproxima mais de mim e segura meu braço com força.

— Por favor Máximo me solta, está me machucando. — minha voz sai trêmula.

— Pela última vez, como conseguiu a porra da moto? — Ele diz se aproximando, mas os nossos rostos.

— É... Foi... Seu pai. — Eu falo gaguejando.

— Tinha que ser. — Ele diz me soltando e se aproximando da moto.

Máximo sentia ciúmes entre mim e seu pai, nós nunca demos motivos, mas na cabeça dele existiam vários motivos, o que me deixava cada vez mais chateada com essa situação.

Ele se aproxima da moto e com toda raiva ele a derruba me fazendo se assustar, eu não reconhecia ele, Máximo estava transtornado, com muito ódio, eu sentia a respiração dele irregular, e estava com medo, eu nunca vi esse lado sombrio do Máximo.

Ele começa a gritar palavra ofensivas contra mim, a cada palavra eu sentia que meu coração estava sendo despedaçado.

— Você está dormindo com o meu pai? Não tem vergonha na cara. — Máximo diz em alto e bom som para todos que estavam ali.

Gabrielle que tinha chegado a pouco tempo escuta essa acusação, essa era uma acusação muito sem sentido, ela balança a cabeça sinalizando que não era verdade.

— você passou de todos os limites Máximo, pensei que me conhecia, mas estou vendo que eu estava errado com você o tempo todo, eu nunca dei motivos para achar isso, você deveria me respeitar e respeitar o seu pai e a Gabrielle que foram sempre ótimos conosco, eu too cansada de você, desse seu lado ciumento super protetor. — eu falo entre gritos e choros.

Eu me senti tão humilhada como agora, eu não acredito que Máximo conseguiu dizer isso.

— Eu acho melhor nos afastar e ver se o que sentimos é verdadeiro.

Eu falo e olho nos olhos dele e seco as lágrimas que insistia em escorrer. Eu saio correndo em sentido ao imenso portão que separa a propriedade da rua.

Quando vejo Nati sair eu percebi que tinha exagerado, ela nunca iria fazer isso, o pior foi ver meu pai se aproximar de mim e com um sorriso irônico dizer.

— Esta sabendo legal conquista uma dama, ela te ama e nunca iria te trair seu idiota.

Eu começo a perceber que eu peguei pesado com Natália, ela não deveria ter escutado tudo isso, a ver chorando me fez acreditar que sou um idiota.

Eu entro na casa e Anthony tinha pedido para um dos seus homens ir atrás dela, ele me olha e balança a cabeça em sinal de negação.

— Você pode falar como quiser comigo que eu irei te entender, agora fazer uma acusação dessa com aquela menina, você não pensa, que atitude mais imbecil foi essa, agora me fala para onde ela vai? Pois que eu saiba ela não tem ninguém aqui, se acontecer algo com ela eu vou te culpar por tudo.

Meu pai fala e sai da sala me fazendo se remoer de remorso, eu já estava me sentindo culpado por tudo, agora tinha isso, espero que ela volte para casa antes que possa anoitecer.

O dia foi passando e não tive nem uma notícia da Nati, já era quase 21 horas e nada de notícias, eu me arrependo de cada palavra que saiu da minha boca.

Vejo meu pai e Gabrielle se aproximando da sala onde eu estava sentado segurando um copo de whisky.

— Não vai adiantar em nada você ficar aí bebendo Máximo. — Meu pai diz, ele tinha razão, mas conhecendo a Natália ela não ia querer me ver.

— Eu sei que não vai adiantar, mas ela não quer me ver, vocês têm alguma notícia dela? — Eu pergunto aflito.

— Eu conversei com ela. — Gabrielle diz. — Ela disse que não vai voltar para essa casa e não quer te ver por um tempo, ela pediu para você não ir atrás dela, respeitar os momentos bons que vocês tiveram.

— Eu não sei o que fazer. — eu falo olhando para Gabrielle.

— Seria bom começar me pedindo desculpas, e com a Natália, deixa que os dias vão ajudar ela a pensar com calma.

— Eu... Devo desculpa para vocês dois principalmente para você pai, eu errei, estava cego de ciúmes, eu estava vendo o que eu queria, não a realidade me desculpa.

Eu falo, meu pai se levanta e vem em minha direção sentando ao meu lado e coloca sua mão em meu joelho.

— Eu posso ter errado muito com você meu filho, mas nunca iria fazer isso com você e nem com a Gabrielle, vocês dois e a Martina são tudo para mim, eu tenho um carinho grande por Natalia não confunda com outra coisa.

Meu pai me puxa para um abraço, eu retribuo, sinto que nós estamos nos entendendo.

Maximo.

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