Cap 6 Alguns Avanços

Carol:_ Não deveria ter... feito aquilo...

André:_ Vem, vamos comer, agora você deve está com fome de verdade.

Ela levanta, vai até o banheiro, lava o rosto, escova os dentes e me segue. Sentamos e começamos a comer. Carol fica de cabeça baixa, não me olha, mas ao menos está comendo... Me atrevo a puxar a conversa.

André:_ Carol..., por que faz isso?

Ela levanta a cabeça, me olha confusa, e depois com um olhar triste, meio depressivo. E desconversa...

Carol:_ Isso o quê?

André:_ Essas coisas: se afastou de seus pais, se põe em situação de risco, frequenta lugares que jamais iria, lugares perigosos com pessoas perigosas. Acha que pode resolver as coisas em troca de sexo... entre outras que você sabe...

Carol baixa a cabeça e fica calada, deve está pensando em uma resposta. Pelo visto, nem ela mesma sabe ao certo o porquê de isso tudo.

Carol:_ Eu... não sei... não mereço o que já tive... nunca enxerguei os outro, só a mim mesma e agora..., acho que só não quero que me enxerguem...

André:_ Já parou pra pensar que você tinha a vida que todos querem?, você só não sabia viver...

Carol:_ O mundo que eu fazia parte, só vê seus privilégios e benefícios próprios.

André:_ E acha que fazendo dessa forma irá mudar alguma coisa?, sinceramente a única coisa que vejo é você se destruindo e acabando com sua família.

Carol:_ Eu sei..., mas...

André:_ Irá continuar com isso? Não pensa em tentar melhorar?

Carol:_ Par quê?..., meus pais pensam que estou louca, que não sei o que estou fazendo... mas sei...

André:_ Então, ta dizendo que quer ser violentada cada vez que for naqueles lugares em busca de sei lá o quê?... bebidas, drogas?

Carol me olha, agora consegui a atenção dela, ela precisa acordar pra vida, Já é uma mulher, foi muito mimada, mas já viu um pouco das dificuldades que algumas pessoas passam, não pode ficar se comportando como uma adolescente nem noção.

Carol:_ Não... não é isso o que quero. Pra falar a verdade, nem eu sei o que tô tentando provar...

André:_ Então, você não sabe o que está fazendo?

Carol:_ Tanto faz..., essa conversa não vai dá em nada...

André:_ Você não respondeu minha pergunta, só mudou o rumo da conversa.

Carol:_ O que quer saber, senhor Delegado?

Ela me pergunta debochada..., reviro os olhos, ela ta conseguindo me irritar, mas sei ser mais persistente e persuasivo. Já tirei informações dos piores bandidos, não vai ser uma patricinha rebelde que irá me enrolar. Levanto da cadeira, aproximo dela e pego em seu queixo para me olhar, falo com uma voz grave e irritada.

André:_ Até quando pretende continuar brincando de louca?

Ela segura minha mão, tentando tirar de seu queixo, mas sou mais forte, os olhos dela se enchem de lágrimas, mas está segurando o choro, ela quer se mostrar forte, eu sabia que ainda tem aquele espírito de superioridade adormecido dentro dela..., Carol levanta para me encarar...

Carol:_ Não pode falar assim comigo!

André:_ Posso e vou, quero que responda. Vai continuar com essa brincadeira de garotinha rebelde ou vai ser a mulher segura que sempre foi e enfrentar seus problemas como a adulta que é?..., FALA...

Carol:_ SEU... SOLTA MEU ROSTO...

Seguro ela a levando até uma parede, a prendendo com meu corpo..., ela tenta me bater com as mãos, seguro as duas entre nossos corpos e as prendo com uma só mão, ela fica quase imóvel, sou maior e sei usar o peso do meu corpo, com a outra mão seguro o rosto dela novamente a fazendo olhar para mim. Ela está ofegante, um pouco cansada de tentar se soltar.

André:_ Quero que diga o que preciso saber.

Carol:_ EU NÃO... ME SOLTA...

André:_ Só quando me responder...

Carol:_ Eu... eu... não sei... o que fazer...

Ela me olha com um olhar brilhante, está quase chorando, e está olhando para minha boca, o que não ta dando muito certo, porque agora estamos muito próximos, sinto seu cheiro..., esse olhar..., fecho os olhos pra tentar raciocinar, mas quando os abro novamente, tô quase queimando ela com um fogo, quero beija-la e estou lutando para não fazer isso. Ela continua me olhando e fala quase em um sussurro...

Carol:_ Me ajuda...

Não aguento mais isso..., acaricio seu rosto e ela fecha os olhos sentindo meu toque abrindo um pouco a boca , o que pra mim é como um convite... e a beijo... desesperadamente... a beijo com uma intensidade, desejei esse beijo há anos..., ela corresponde, precisamos disso para acalmar toda a tensão entre nós... Eu a desejo há tanto tempo e ela... não sei... não sei o que ela sente, mas nesse momento não consigo raciocinar, nem parar de beija-la...

Nosso beijo é quente e minhas mãos agora estão correndo pelo corpo dela, e ela está me tocando da mesma forma, com necessidade. Volto a razão..., perdi o controle, não posso fazer isso com ela..., não ainda, ela pode entender da forma errada e achar que só queria a usar, não posso... afasto-me bruscamente a deixando desorientada por alguns segundos...

André:_ NÃO... Não podemos... se vou te ajudar e se quer mesmo fazer isso, não posso..., me desculpe, não posso fazer isso...

Carol:_ Eu entendo... nenhum homem me quer..., já estou acostumada a ser rejeitada ou usada... Os com caráter, digamos assim, fazem como você..., me rejeitam e aqueles sem escrúpulos, tarados nojentos, me usam em troca de alguma coisa..., não se desculpe...

Ela fala tentando se recompor. Que droga, eu sabia que ela ia entender tudo errado... A quero..., quero muito, mas sinto que ainda não é o momento ela precisa entender que ajuda-la não tem a ver com ela me recompensar com sexo. Preciso resolver isso..., me recomponho e tento falar naturalmente..., vejo que esse beijo também a deixou desconcertada...

André:_ Vai aceitar minha ajuda?

Carol:_ Não sei..., acho que sim...

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