Boa Sorte Mariah

Minha expressão de apavoro é perceptível, ele aguarda minha resposta com um rosto sério.

-Do que você está falando?

-Vamos, eu sei que você é uma agente, apenas me confirme.

Eu olho para ele, parece que ele quer estar errado sobre conclusão que acabou de ter.

-Ok -é a única coisa que digo.

-Porra -ele se joga na poltrona e passa as mãos nos cabelos. -Qual é o seu nome? -O tom dele e severo.

-Mariah.

-Então você realmente é uma agente.

-Mais o menos, sou delegada investigativa.

-Meu deus.

-Como você descobriu que eu era delegada?

-Você agiu indiferente com o que aconteceu com você.

-Como assim?

-Ontem a noite quando eu cheguei e o Bryan a fez de refém. Em momento algum você gritou, chorou ou fez algo que uma pessoa prestes a morrer faria. Você estava calma na medida do possível, você pode não ter percebido, mas seu extinto fala mais alto. Eu a vi olhando ao seu redor procurando alguma coisa, eu comecei a discutir com o Bryan de proposito eu sabia que você estava querendo fazer algo. No momento em que você deu um chute no joelho dele, pegou a arma e atirou eu tinha quase certeza que você era uma agente.

-Por que?

-Você sabia o que estava fazendo, você pegou a arma destravou rápido demais para uma pessoa sem experiência, eu também vi você sentir o peso dela para ver se estava carregada e logo em seguida atirou no peito dele. Todos esses passos ninguém que nunca esteve sob pressão ou que não soubesse usar uma arma faria.

-O que fez você concluir a sua suposição que eu era uma delegada?

-Isso.

-Isso o que?

-Suas perguntas, elas são profissionais demais e típico de delegada.

-Ah, claro.

-Não se ofenda, eu já estive com muitos delegados, agentes, policiais e qualquer pessoa da justiça. Mas você Mariah é diferente deles.

-Isso é uma fala típica de criminoso.

-haha, certo, mas eu estou falando sério.

-Ok James e você vai fazer o que comigo agora que sabe quem sou? Porquê eu sei que todos os agentes, delegados e policiais que você já falou não estão mais entre nós.

-Eu não vou te matar, eu estaria fazendo um favor para o Sergio.

-O que você está falando?

Ele olha para o relógio na bancada da mesa e fala:

-Mariah imagino que você precise ir -ele novamente foge do assunto -Pense no que eu te disse sobre fugir.

-Eu não vou fazer isso.

-Mariah, me escuta, assim que você sair da minha casa o Sergio vai saber que você está viva, afinal, eu acredito que você é a responsável pelo caso dele, por isso ele mantou te matar, estou certo?

-Eu posso lidar com ele.

-Eu queria muito que isso fosse verdade. -o olhar dele é distante -Eu sei que para você eu sou só mais um dos capangas, seguranças ou ''cachorrinhos'' como queira chamar, mas acredite em mim, ele vai fazer da sua vida um inferno. Ele está preso é já fez isso com você -ele aponta para as muletas. Quando ele for solto amanhã...

Margot abre a porta abruptamente:

-Senhor Holik, desculpe interromper a conversa, mas...

Antes dela poder terminar de falar, uma garotinha invade o quarto correndo na direção de James.

-Oh sinto muito. Venha aqui Hannah.

-Não tem problema Margot, obrigado.

Margot se retira.

James a pega nos braços, e a garotinha agarra seu pescoço o abraçando como se fosse uma pelúcia. Eu aceno para me despedir. Ele acena com a cabeça, ainda a segurando nos braços, ele gesticula com os lábios ''cuidado''.

Eu me retiro da sala e encontro Margot sentada no sofá da sala enfrente a uma lareira. Eu decido falar com ela um pouco.

-Margot?

-Olá querida, vejo que já se acostumou com as muletas. -ela olha para mim sorrindo e segurando um livro nas mãos.

-Oh. Me desculpe.

-Imagina, sente-se -ela bate na parte vaga do sofá

-Eu só queria agradecer por ontem.

-Você não precisa me agradecer, querida. Eu que tenho que me desculpar por entrar na sala daquele jeito, sabe como são as crianças- ela ri.

-Ela não atrapalhou, eu já estava indo embora.

-Ela e filha do Senhor Holik, o nome dela e Hannah e tem 6 anos.

-Por que você está me falando isso?

-Eu acho que ele ficaria aliviado em saber que você sabe disso -ela fala envergonhada.

-Mas, por que? Afinal, casa é dele.

-Eu sei disso, mas dos seis anos que trabalhei com ele, eu o considero praticamente um filho. E nesse tempo todo que estou aqui, além da Hannah, eu nunca o vi tão preocupado com alguém. Ele se importa com você, querida.

-Sim...Tenho que ir, foi muito bom conversar com a senhora. E muito obrigada por tudo.

Eu me levanto do sofá e pego as muletas para sair.

-Espero que apareça mais vezes, querida.

Eu aceno e caminho até a porta. Agora tenho que pensar em algo para falar para o pessoal da CIT, quando eles me verem com muletas vão estranhar e ainda para melhorar sem celular. Pelo menos eu pedi para a vizinha cuidar do Mike, antes do incidente. De qualquer forma ainda tenho um grande problema para resolver. Boa sorte Mariah.

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