Os minutos quase não passam, ele vai chegar em 1 hora.
Alguém bate na porta:
-Mariah, posso entrar?
-Claro, Carla.
-Eu descobri uma coisa. Tem uma boate famosa, onde só entram executivos ou pessoas com um forte status. Falei com alguns vizinhos que moram perto dessa boate, e mostrei a foto do Sergio. Todos eles ficaram com uma cara de espanto, uns falaram que nunca o viram, outros disseram que era melhor eu não me envolver com esse assunto.
-Isso realmente é muito estranho.
-Provavelmente vou me infiltrar nessa boate amanhã, é o único jeito d...
Meu telefone vibra:
-Desculpa Carla, só um minuto.
''Oi sou eu L, o advogado do S não vai vir, mas ele fez questão de comparecer sozinho hoje. Achei que você deveria saber. Bjss''
- ''Obrigada L. bjss''
- Me desculpe pode falar -digo colocando o celular no bolso.
-Então o único jeito é eu me infiltrar nessa boate, e ver o que acontece lá dentro.
-Isso parece bom, muito bom na verdade.
-Então é isso eu já vou indo, tenho que falar com o coronel. -ela se levanta da cadeira, e se retira.
Decido ir até o laboratório do Yuri, preciso falar com ele. Ao chegar bato na porta:
-Yuri?
-Mariah, entre.
-Desculpa te atrapalhar, mas preciso de uma ajudinha.
-As suas ''ajudinhas'' me assustam.
-Relaxa, eu só preciso que você descubra se o sobrinho do Sergio realmente existe.
-Ah, certo, acho que posso fazer isso. Mas se ele realmente existir?
-Peça para a Layla agendar um interrogatório, para a mãe do garoto.
-E o garoto? – ele pergunta com curiosidade
-Depois eu decido o que faço com ele.
-Mariah ele e um garotinho de 09 anos.
-Eu sei Yuri, não vou machucar ele, você sabe disso.
-A um tempo atrás eu saberia disso, mas agora não sei, o que você e capaz de fazer, Mariah. -ele tem um olhar triste.
-Tudo bem, tenho que ir.
Ele acena com a cabeça, e eu me retiro. Então Layla me chama:
-Hey
-Hey, Layla
-Ele já está lá. - ela usa um tom baixo, e continua teclando rapidamente.
-Obrigada.
Me viro para ir na direção da sala:
-Mariah -ela segura minha mão.
-Sim?
-Cuidado, e não demora.
-Pode deixar.
Entro na sala fria e escura de interrogatório.
-Senhorita Montes, quanto tempo. -ele sorri.
Ele está de camisa de botões e cabelos bem penteados.
-Senhor Marques, estou vendo que se preparou bastante.
-Gostou? -ele diz exibindo-se
-Vamos direto ao ponto.
-Claro, mas se me permite a pergunta. Porque o escrivão não está e esses baldes de água são para que?
-Ele está de folga, eu não quis deixar nossa conversa para depois.
-Ah certo, e os baldes?
-Se você colaborar não vai precisar saber para que servem -eu uso um tom firme.
-Tudo bem.
-Sergio Marques, você frequenta boates?
-Não com frequência. - ele reponde rapidamente
-Mas parece que algumas pessoas, veem o senhor toda a semana em uma boate bem popular de Thamburg, o que tem a me falar sobre isso?
-Isso é mentira
Eu me levanto da cadeira, da para sentir ele acompanhando meus passos. Pego o balde de água com gelo e coloco em cima da mesa.
-Vou reformular minha pergunta, o senhor vai frequentemente a boate? -meu tom é frio e firme.
-Não senhorita Montes, eu não frequento essa boate.
Pego o balde com água gelada e jogo em cima dele, alguns respingos caem na minha roupa.
-Acho que descobri para que serve o balde- ele sorri. -Senhorita Montes, mulheres como você me impressionam, nunca desistem ate conseguir o que querem. Mas talvez a Senhorita vá precisar se esforçar mais. – ele usa um tom tremulo, por conta da agua gelada.
-Criatividade não me falta, Marques.
Me dirijo até uma parede, tiro um fio elétrico de uma tomada quebrada da sala.
-O senhor é um homem inteligente, não preciso explicar o que acontece se eu encostar esse fio, no seu corpo molhado.
É a primeira vez que vejo medo no rosto dele.
-Imagino que não vai ser uma sensação agradável. Mas se caso você me matar, nunca vai saber a verdade.
Ele se recompõe rapidamente, e volta a expressão desafiadora.
-Mas senhor Marques, que verdade? O senhor não disse que era um grande engano e que era inocente?
-A senhorita ficou sabendo do acordo com o juiz? -ele diz mudando de assunto. -Você tem apenas 7 dias, a perdão são 6 dias agora, para provar as minhas acusações. Imagino que não possuem nenhuma prova.
Meu celular vibra
''Você precisa sair, toda a equipe está reunida na sua sala.''
-''O coronel também?''
''Sim, fique tranquila acho que querem falar sobre o caso Sergio, mas é melhor você se apresar. Bjsss''
-''Já estou saindo''
Olho para Sergio ainda encharcado de água, mas antes de eu dizer algo:
-Fique tranquila Montes, vou sair pela porta dos fundos. Foi muito boa nossa conversa. Tenha um bom dia.
Observo ele sair dá sala, e saio da sala de interrogatório discretamente. Chegando na minha sala, lá está Yuri, Carla e o coronel.
-Oi, peço desculpas pela demora.
-Olá, Mariah sente-se.
Ele me observa por um momento e diz:
-Por que sua roupa está com pingos d'água?
-Lavei as mãos, acabou molhando um pouco. -falo convicta
-Certo, então, você mais do que ninguém aqui sabe do caso Sergio, e que nós temos 7 dias para conseguir provar a acusação dele. A Carla descobriu uma boate, imagino que ela já te contou o que as pessoas falaram ou melhor o que não falaram, mas também sabemos que temos outros casos para cuidar. Vamos direto ao ponto, Carla tem outra missão muito importante, e não pode abandona-la. Você conhece bem o Sergio. A minha pergunta é...você pode se infiltrar no lugar da Carla? Vou entender se...
-Sim, eu vou
O coronel fica surpreendido com minha decisão.
-Você tem certeza? – ele usa um tom preocupado
-Claro, faz tempo que quero voltar para o campo. Essa é a melhor forma, não?
Quando meu pai morreu, não voltei a trabalhar em campo. Mas agora eu preciso voltar.
-Ótimo- ele diz entusiasmado -Acompanhe o Yuri, ele vai prepara-la com escutas e rastreador. Obrigado Mariah – os olhos dele brilham.
-Se depender de mim, nossos rostos não vão estar em horário nobre, coronel- dou um sorrisinho torto.
-Vamos Mariah, temos muito trabalho -Yuri me chama.
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Atualizado até capítulo 42
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