Téo narrando...
Eu não sei nem descrever o nervosismo que estou sentindo, estou tremendo, pai da Júlia com certeza vai odiar essa história, vai me odiar..
Jorge: Eu quero muito mesmo ouvir essa explicação.
Téo: Eu me apaixonei pela Júlia no instante que eu a conheci, eu queria fazer tudo certo, sei que cada coisa tem seu tempo, mas não posso deixar ninguém atrapalhar o nosso relacionamento.
Jorge: está dizendo que eu vou atrapalhar o relacionamento de vocês? E se eu for? O que vai fazer?
Téo: não, o senhor não vai, mas meu pai sim. Meu pai tem negócios com o pai de uma colega da Júlia e desde que a conheci, eles ficam forçando para que eu me case com ela. Você não sabe ainda mais o emprego que a Júlia conseguiu, é na minha empresa e hoje essa garota esteve lá e me viu saindo com a Júlia.
Júlia: Pai, eu amo ele, sei que nunca apareci com ninguém aqui, nem desse jeito, mas por favor, não seja contra isso? Ele é um cara legal, educado e muito atencioso, me arrumou um emprego na empresa do pai dele e tem me levado a faculdade.
Jorge: nunca vou ser contra. Jamais vou te impedir de ser feliz.
Júlia vai ao seu pai e o abraça, sorrindo pra ele, confesso que me sinto bem aliviado.
Jorge: você rapaz, se fizer alguma coisa com ela, nossa conversa vai ser outra.
Téo: sim senhor, tem mais uma coisa.
Júlia: O Téo, dono dessa casa. A Lúcia Timberg é mãe dele.
Jorge: o que?
Téo: a gente não sabia disso, nem eu e nem a Júlia, ela descobriu quando vocês já tinham se mudado. Isso não é nada pra mim, eu realmente não ligo pra isso, mas o não posso dizer o mesmo do meu pai.
Jorge: o senhor Timberg é seu pai?
Júlia: sim, viemos aqui por que vamos contar a ele isso tudo agora e o Téo queria fazer a coisa certa.
Jorge: Júlia, você tem sua vida, pensa bem antes de fazer algo como isso. E se decidir fazer, eu estou aqui com você.
Ana: Sempre estaremos filha.
Júlia: amo vocês!
Vejo que temos o apoio deles e me sinto feliz com isso, apesar de ainda estar tremendo. Júlia realmente tem uma família incrível, tem razão de ela falar e fazer tanto por eles.
Fico sentado no sofá enquanto eles conversam e só consigo pensar em como meu pai vai reagir, eu o conheço, sei do que ele é capaz.
Depois de algum tempo Júlia vem até mim.
Júlia: vamos?
Téo: sim.
Júlia: o que foi? Tá arrependido?
Téo: tá mais pra receio do que pra arrependido. Vamos então.
Seguro sua mão e vamos até a minha casa, abro a portão com a outra e já vejo minha mãe.
Lúcia: Oi filho, Oi Júlia, como está sua mãe? Aconteceu algo?
Téo: mãe, foi sobre a Júlia que falei no almoço.
Minha mãe parou e ficou nós olhando, Júlia sem graça só conseguiu dizer "oi"
Téo: cadê meu pai?
Lúcia: está comendo na cozinha.
Puxo a mão de Júlia e vou até a cozinha, os apresento e então começo.
Téo: Pai, Júlia é minha namorada e é filha do Senhor Jorge e da senhora Ana que trabalham aqui, que se mudaram para a casa dos fundos recentemente. A gente não sabia de nada disso mas isso também não te diz respeito.
Jonas: o que??? Você tá namorando a filha da empregada??? E além disso levou ela pra trabalhar na minha empresa???
Nesse momento percebi que Júlia ficou incomodada, não queria ter o pai que tenho.
Júlia: Téo, acho melhor eu ir.
Jonas: Você trocou a Bianca por uma empregada? Sempre burro não é Téo? Como posso ter tudo um filho como você?
Téo: eu não ligo para o que você fale, afinal voce não é nenhum exemplo.
E você não vai Júlia, essa é minha casa também, assim como a empresa que EU tomo conta enquanto você tá na rua gastando dinheiro se divertindo.
Jonas: A empresa só vai ser sua quando eu morrer, eu não ligo se essa menina tá trabalhando com você ou não, isso não faz diferença pra mim, se quer comer ela, fique a vontade.
Téo: CALA A SUA BOCA
Lúcia: o que é isso Jonas? Ficou louco? O que ele fez de demais? De errado?
Olho para Júlia e a vejo chorar.
Téo: já chega, vem.
A puxo pra fora de casa e a coloco no meu carro, quando vamos sair os pais de Júlia aparecem preocupados.
Jorge: o que aconteceu?
Ana: você tá bem filha?
Téo: olha meu pai é um babaca mas não vou deixar ele fazer isso de novo me desculpa.
Júlia só ficava em silêncio chorando.
Téo: se quiser ir com seus pais eu vou entender, se quiser sair daqui também vamos, mas me desculpa por isso, eu não deveria ter te levado comigo.
Jorge: você é um bom rapaz, eu vou entrar e falar com eles. Leva ela pra esfriar a cabeça.
Ana: quando estiver melhor me liga, e volta pra casa mais cedo tá?
Júlia só faz que sim com a cabeça.
Téo: acho melhor não irem lá hoje, meu pai se acha melhor que todo mundo, com certeza vai falar coisas horríveis pra vocês também. Seja lá o que ele disser de hoje em diante, quero que ignorem, eu amo a filha de vocês e jamais vou fazer algo pra magoar ela.
Ana: não sei como mas eu sei disso. Fiquem bem.
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Atualizado até capítulo 109
Comments
Maria Jose
esse velho safado tido errado ainda quer ter moral
2022-05-22
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